Como consumidor de vinho nacional afirmo que o boicote não dever ser feito ao vinho gaúcho, mas direcionado às vinícolas em questão. Existe uma miríade de pequenas vinícolas familiares esperando oportunidade no grande mercado. Sou gaúcho e da Serra e entendo a lacração. Ela é irresistível face às posturas toscas que moradores da região tem tomado. Mas até mesmo boicotes necessitam de cuidados. O que sabemos sobre as condições de trabalho em vinícolas chilenas e argentinas?

Boicotar inhame realmente não vale… vinho brasileiro é ruim pra burro! Já vivemos só dos fabricados pelos hermanos chilenos e argentinos. Estes, enaltecidos por serem limpinhos até pelo vereador “Sieg..” São Paulo não bate bumbo pra maluco.. Ah, aliás, a proxima vez que o Sul quiser se separar acho que tem que deixar, mas antes tem que mandar a conta da Recuperação Fiscal, porque não estamos aqui pra sustentar gente que fica o dia todo deitado com canudo de chimarrão na boca…

Leitura enviesada dos fatos. A punição aos donos das vinícolas virá pela via mais dolorosa - o bolso. Que eu saiba, aqui no MA roupas não são produzidas. A bem da verdade, exportamos trabalhadores que são submetidos a trabalhos análogos a escravidão. SEM ANISTIA.

Um leitor ontem lembrou que mais uma vez podemos estar prejudicando uma empresa (fornecedores, empregados, impostos etc) em vez de punir seriamente os responsáveis. Achei interessante. Dito isso, a coluna é muito boa e Marcos não teme a polêmica. A discussão é boa.

Boicotar os produtos produzidos por mão de obra escrava soa como punição moral, ética. Duvido que os donos estão com consciência pesada, ou com a sensação de ter feito errado : não estão nem aí; e como diria um certo ex-presidente e daí? Preocupados ficarão quando começar diminuir seus lucros, suas receitas ( estão lixando para com os pobres trabalhadores).

E parabéns pela 'Cozinha Bruta'. Com receitas então...

A verdade é que já é preciso questionar o tal 'orgulho' de ser brasileiro, se é que isto algum dia existiu. Nascido, porém pouco criado em Bento Gonçalves, já que Brasil afora me aventurei, é de lascar. Dá até vergonha, mas, vá lá. É urgente, no mínimo, um projeto sério e permanente para reduzir as baitas e indignas desigualdades, seja com que prazo for...

Fato é que no capitalismo em que vivemos somente quando pega no bolso é que as coisas começam a ter uma resposta. Primeiro as empresas negaram, depois terceirizaram, depois relativizaram. Mas somente após os boicotes e devoluções dos produtos é que se “arrependeram” e se “envergonharam”. Espero que vire um costume brasileiro boicotar quem pratica crimes, injustiças, descriminação, xenofobia, etc.

Poxa vida, o cara critica o boicote e ainda bota a culpa na "classe media". Imagino que o colunista ganha vida cortando cana, mora num cortiço e escreve sobre comida na Folha pra descolar um hora extra com sua alma limpa de todas as contradições sociais. Um brinde ao imaculado.

Marcão, hoje tu pisou na bola. Critica o boicote e não apresenta qualquer alternativa para mudar esses absurdos. Decepção.

Torço para os brasileiros entendam que o Brasil é um fazendão com casa grande cordial, sinhôs e sinhás disfarçando a barbárie. Civilizados são os indígenas!

Discordo. Boicote é uma das poucas alternativas ao alcance imediato da população. Não precisa de representantes eleitos que só representam a si mesmos e atinge em cheio os bolsos dos capitalistas. Se este caso tem tanta repercussão deve- se à própria imprensa e, sobretudo, às redes sociais. O povo não é bobo, como quer fazer crer o colunista.

PS - É importante conceituar "elite urbana brasileira".

A gauchada está colhendo o que plantou e votou. Jair o exilado de Orlando, teve 75%’dos votos da Serra gaúcha, o que mostrar que os vinhateiros (obrigado por lembrar da palavra) gostas de um fascismo. Se o fuzuê em cima da gauchada se repetir nos outros rincões neo-escravocratas, até o boicote da vinhaca terá sido útil. E claro que a crônica do Marcão esta sensacional.

Qual o objetivo do colunista? Ser contra a maré pra pagar de inteligente e alcançar clique? Fica difícil entender. É contra o boicote, mas é a favor do quê exatamente? Boicotar uma empresa que utiliza de trabalho escravo é o mínimo que se pode fazer. É pouco, mas é o mínimo reagir quando se tem conhecimento de algo degradante. O texto metido usa a polêmica e o tom superior só pra ser vazio: critica quem faz qualquer coisa e, como alternativa, não apresenta nada.

O autor diagnostica a situação de modo superficial e escreve como se fosse o dono da verdade. A tese que defende ("Alívio cômodo de consciências pesadas") se respalda em quais dados factuais ou conhecimentos prévios? Ele é cientista social? Psicanalista?

Boicote é apenas uma forma de punição, da opinião pública, a sociedade civil organizada, imprensa devem fiscalizar se o MP e a justiça estão cumprindo com o dever de investigação e julgamento dos crimes. Não só nesse casos, mas em todos os casos que pessoas jurídicas e físicas transgridem as leis. Não importa se é mão de obra terceirizada, o contratante não pode ficar alheio das condições que esses trabalhadores são tratados, muito cômodo seria lavar as mãos e fingir que não vê.