Se fosse uma ópera bufa, seria algo assustador. Mas é a realidade da justiça brasileira. Viva o Cabral e nós que se dane.

Estou lendo um amontoado de besteiras escritas por pessoas que não tem nenhum conhecimento dos fatos e muito menos do Direito. O que o Des. Carlos Abrão fez, o STF faz igualzinho todos os dias e ninguém sai prejudicado e nem jamais foi instaurado um PAD por esse motivo. Vão estudar e se informar.

... com este arquivamento o réu ganhará um pacote de viagens para o nordeste, para região de praias de Salvador, da associação de magistrados como regalo! O regalo como uma recompensa para sua via crucis durante o desagradável processo!... As custas do ficando para o Estado, é claro!!!...

... coisa boa é ser portador de ' Certificado de Inimputabilidade ISO-666:0000'!!!... e se for do tipo invisível, melhor, bem melhor!!!...

Porque meu comentário foi "enviado para análise" ? Sou um dos Advogados do Desembargador Carlos Abrão e fui testemunha do calvário que sofreu ao aguentar quase 2 anos de processo. E a imprensa contra. E o Presidente do Tribunal contra. Aí um desinformado qualquer escreve besteira pois revela-se ignorante sobre o tema. E a Folha quer me calar ?

E a votação pela improcedência foi por UNANIMIDADE !

Diferentemente do que alguns missivistas afirmaram, ocorreu exatamente o contrário: que corporativismo seria esse, que colegas Desembargadores acusam um reputado Desembargador por uma pequena tecnicalidade? Como um dos Advogados que defenderam o Des. Carlos Henrique Abrão, e que acompanhou todos os passos desse processo - que jamais deveria ter visto a luz do dia - posso afirmar que foi feita Justiça, e que o Órgão Especial, diante das robustas provas apresentadas deu por improcedente esse PAD.

Há muito tempo o Brasil sifu.

Não entendi. Foi uma decisão contra todos os demais julgadores, que viram provas suficientes para mandar prosseguir o processo. Mas falou mais alto o corporativismo. Esse arquivamento é que atingiu o Tribunal, e muito!

Estonteante essa sequência de derrotas com esse final corporativista tentando liberar um dos seus. O texto não diz, mas com certeza há espaço para nova contestação. É chocante e triste ver a infinidade de níveis de recursos à disposição dos maus. Não é à toa que esse País não vai para frente.

Resumo da ópera : os togados fazem o que querem, quando querem , para quem bem quiserem , são viciados no jogo jurídico, vivem alheios às demandas da população, tem o ego maior que a Constituição e nós pagamos a conta

Resumindo, mais um caso de fogueira das vaidades de membros da magistocracia que só custou dinheiro do contribuinte e desvio do foco de quem deveria prezar pela agilidade do judiciário - já que os excelentíssimos ganham fortunas para isso.