Suzana Herculano-Houzel > Identitarismo é o novo darwinismo social Voltar
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Sensacional!
É um nome exótico que inspirou o termo tóxico empoderamento. Prefiro a visão do Marx resgatada pelo Giannotti: EquilÃbrio. Ou seja, a parte só evolui se o todo evolui. Não há como empoderar uns sem enfraquecer outros e entrar nessa dinâmica recidiva.
Espetáculo esse artigo! Obrigada!!
Woke purÃssimo! Não consigo imaginar o menos apto sobrevivendo, e o mais apto perecendo. Estatisticamente falando. Por que os dinossauros foram extintos, e os mamÃferos sobreviveram? É claro, e louvável, que o ideal humano seja abolir essa cruel lei da natureza. Subsitiuir a seleção natural pela seleção humana. Mas isso é só um ideal. Que um outro asteróide pode dar cabo.
Vamos lá! Evolução já era moda antes de Darwin, o que ele esclareceu foi o mecanismo! E a menção tá quase certa mas o que acontece é que o mais adaptado às condições que sejam, tem mais filhos antes de morrer, e assim deixa a geração seguinte mais rica de genes os quais ele tem no momento, sacou? Se o cara que se acha o máximo nem filho tem, e critica quem tem 4, o mecanismo, olhando de trás pra frente, terá dito que "o mais apto" foi o que teve 4 descendentes. Só essa correção!
Contra o machismo, a natureza deu para mulher, assim como à todas as fêmeas do mundo animal, o absoluto controle emocional do casal, mas o homem só produz os muitos efeitos maléficos do machismo, quando aquela não usa com sabedoria e inteligência, aquele seu poder de controle.
Acho que a autora não entendeu o conceito do identitarismo. Ninguém quer que um grupo esteja acima dos outros, mas que seja entendido como igual aos outros. O movimento surgiu justamente porque certos grupos eram tratados como inferiores aos outros (nos EUA, foram criadas leis que impediam os negros até de se sentar nos ônibus; homossexualidade já foi considerada até doença...).
O problema se estabelece quando importamos conceitos de uma sociedade para outra, a Fundação Ford patrocinou acadêmicos brasileiros para introduzirem aqui modelos implantados lá, não tivemos a segregação institucionalizada, hoje a temos por vias tortas. Leitura das "Artimanhas da Razão Imperialista" ajuda no entendimento dessa questão!
para esses indenitários, se não somos todos iguais, mas grupos baseados em certas caracterÃsticas, as dos grupos deles são melhores. homens teriam uma tendência natural a se impor e dominar, brancos seriam mais inteligentes e capazes de progresso tecnológico e social, a cultura judaico-cristã seria mais pura e moral que outras, e por aà vai. identidade focada em caracterÃsticas inatas pode servir pra justificar muita coisa. tem servido muito pra nova-direita nos últimos anos
nesse caminho, ao tirar o foco do indivÃduo e focar em agrupamentos de nas caracterÃsticas (raça, gênero, sexualidade, religiosidade), a esquerda busca o reconhecimento das discriminações e a superação delas por meio de politicas publicas e leis. já a direita usa esse mesmo conceito pra reforçar um darwinismo social. uma ideia de que, se o individuo importa menos que o grupo e grupos são essencialmente diferentes, nessa guerra entre grupos, o mais forte vai se impor.
acho que entendeu sim, inclusive em seu efeito duplo. "porque ela pode se referir tanto a uma polÃtica identitária, que singulariza identidades especÃficas, quanto ao movimento identitário, que leva a ideia ao extremo supremacista". ela só escolheu desenvolver considerações sobre as implicações dessa associação de identidade com a formação de grupos que se veem como essencialmente diferentes de outros grupos e os efeitos perversos disso.
O Identitarismo parece defender a sobrevivência do 'menos apto', por meio de cotas por exemplo. Nesse sentido é o oposto do darwinismo social.
Ô gente, só pra constar, tá? Darwin não criou a Teoria da Evolução, e nem poderia. A incipiente obra de Mendel, seu contemporâneo, não cobria o conhecimento necessário para a elaboração da teoria. Aliás, em sua obra seminal, ele não usa uma única vez a palavra "evolução" em qualquer das suas formas.
Darwin, feliz ou infelizmente, gerou uma teoria universal, ajustável a qualquer situação. No entanto, definir o que é o termo mais apto, depende do contexto (como ele também demonstrou), basta ver a selva das redes sociais para perceber que andamos em cÃrculos, voltando ao tribalismo (supremacia pode se usado para todos os lados, assim como terraplanismo). Usar darwinismo de forma selecionada leva à confusão da autora e acaba denegrindo o termo e a imagem de um brilhante cientista.
Ricardo, interessante sua colocação, pois realmente se expande (não no sentido gasoso), se aumentar a capacidade foi o sentido que quis insinuar, mas isso nada tem a ver com mecânica quântica, a menos que também adicione Heisenberg parodiando nossas incertezas. Seria isso?
Citar a célebre frase de Darwin sobre adaptação em um contexto social é igual acreditar em fisica quântica aplicado a psicologia e a "mente que se expande". Deturpação de teorias cientÃficas.
Concordo com a autora. Identitarismo é o conceito de raça em outra roupagem, outro termo na moda. A pessoa essencializa o grupo ao qual ela pertence e o projeta como uma realizão histórica, atribuindo a ele uma série de valores (sempre positivos) em oposição ao outro (o dos violões malvados). Sectarismo puro...
Precisava ir no Google e estudar um pouco de história. Basta ver que movimentos surgiram a partir do darwinismo social (inclusive a eugenia, que não é a mesma coisa), e principalmente, as ações propostas e implementadas por eles. Depois, comparar com as ações propostas e implementadas pelos identitaristas. Depois disso, eu sugeriria a FSP a dar a oportunidade da Suzana escrever outra coluna, desta vez embasada de conhecimento e corrigir o erro absurdo.
Acho que a dra. que tanto aprecio ler, tropecou em área que conhece.
É tanta e tamanha a erudição da colunista e dos comentaristas que só me resta dizer o que Darwin não disse: até o câncer evolui.
O darwinista social está lá, de boas, tomando seu campari. Daà chegam esses cientistas e estragam tudo.
A evolução é uma celebração da diversidade, onde nenhuma espécie reina acima das outras mesmo que haja uma espécie que acredite ser a superior ou a escolhida.
Se Suzana não conhece o debate polÃtico em torno do tema, convém entrar em detalhes. Na Europa, de fato, os movimentos identitários são geralmente os movimentos supremacistas brancos, anti-imigrantes, altamente fascistas. Nos EUA e no Brasil, o termo é geralmente usado pela direita para desmerecer o movimento negro, e toda a luta contra o racismo. Enfim, querem voltar aos termos confortáveis da falácia de uma linda democracia racial, dizendo que racismo estrutural seria invenção da esquerda.
Não tem a ver apenas com o movimento negro, que é legÃtimo e justo. Há outros identitários também. A questão é como se comportam e o que defendem e fazem para atingir seus objetivos, muitos deles claramente fascistas. A esquerda não é a coisa boazinha do universo.
Sobrou pro Darwin. A teoria da evolução, desenvolvida por ele, é biologia. Não tem nada de sociologia. Darwinismo social não vem de Darwin. A expressão darwinismo social surgiu do mal entendimento da teoria da evolução.
Assim como a fisica quantica quer explicar depressão. Que tristeza essas deturpações da ciência!
não foi isso que ela disse no texto?
Adorei o texto!
O identitarismo é a erva daninha no jardim da polÃtica: à extrema-direita, por acreditar na supremacia racial; na extrema-esquerda, por acreditar na supremacia moral da vÃtima. Os dois extremos se tocam no que têm de autoritário, obtuso e segregacionista.
Para uma socióloga ela é uma excelente bióloga.
Se Charles Darwin não tivesse superado suas grandes limitações fÃsicas, se lançado com profunda dedicação aos estudos e viajado pelo mundo, a articulista teria perdido a expressão que agora usa, para servir de fundamento para chamar de diversidade a mediocridade reinante. Viva o mundinho de zumbis identitários.
"A evolução é uma celebração da diversidade, onde nenhuma espécie reina acima das outras." Ao longo de décadas a cultura de massas e a grande mÃdia construiu estereótipos no imaginário de todos e todas, e agora querem desconstruÃ-los com discursos (como em passe de mágica) q só alimentam antagonismos e revanchismos q definitivamente não contribuem para tal "evolução". Vejo certos grupos "identitários" e a grande mÃdia como performáticos. Reina o maniqueÃsmo psicótico. EquilÃbrio? Q Isso? Existe?
O que esperar de uma espécie que se autointitula "sapiens" como se homogênea fosse, ignorando o fato de o diminuto conhecimento acumulado em pouco mais de 5 mil anos se deve a um punhado de mentes gritantemente destoantes da maioria dos indivÃduos que supostamente a constitui? A despeito do esforço em contrário da inteligente neurocientista, somos a prova cabal da sobrevivência dos mais medÃocres entre os mais tolos...
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