Marcelo Viana > Para que serve o problema do passeio do cavalo no xadrez? Voltar

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  1. Marco Antonio Esteves

    O Xadrez é tão estratégico, matemático, lógico e exercita o raciocínio antecipando jogadas e seus efeitos, que deveria fazer integrar as cadeiras escolares, como atividades extracurriculares, a exemplo da música.

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    1. Juliano Danilo

      Enxadrista e doutor em administração falando aqui: a evidência científica existente atualmente não demonstra qualquer vantagem significativa em aprendizado de matemática entre aqueles que fizeram e os que não fizeram xadrez, mesmo controlando para anos de estudo do jogo, gênero e outros controles importantes. Triste, mas...

  2. José Cardoso

    O movimento do cavalo tem algo de rotacional, ao contrário de todas as outras peças, que se movem linearmente. Isso fica claro no caso de um tabuleiro 3 x 3, onde o passeio é fechado mas não é completo, deixando a casa central vazia, 'circulando' por toda a periferia.

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  3. Darci de Oliveira

    Recentemente, um cavalinho repleto de joias passeando de avião originou também um problema para um certo casal que nem a matemática mais avançada consegue resolver...

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    1. Darci de Oliveira

      Apesar do exagero do elogio, muito obrigado Sra. Maria Antonia .

    2. Maria Antonia Di Felippo

      Comentário genial.

  4. edilson borges

    a aplicação mais evidente da bagaça, é treinar pesquisadores matemáticos. objetos de pesquisa não precisam eles mesmo servir prá muita coisa, o maior produto da pesquisa acadêmica é o pesquisador treinado que vai ficar porraí ajudando o povo a fazer melhor as coisas. treinado vai ajudar a empresa a desenvolver produtos tecnológicos, vai treinar mais macacos prá fazer mais pesquisa e produtos, vai entrar num ciclo virtuoso.

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  5. Paloma Fonseca

    Isso me faz pensar no enquadramento da realidade pela investigação científica. Os tabuleiros são a expressão desse enquadramento, considerando que a ciência oferece um procedimento, um protocolo de como conduzir uma pesquisa, o que fazer com seus achados, como interpretá-los, enfim, chega a conclusões ou soluções para um problema. Diante da absoluta falta de sentido da existência, os cientistas oferecem um enquadramento da realidade que torne tudo mais suportável.

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    1. Juliano Danilo

      Até que não se tenha língua/solução melhor, só nos resta a gramática/explicação científica.

    2. Vito Algirdas Sukys

      Estimada Paloma, sua dúvida é também a minha. A matemática explica, em teoria, a aleatoriedade, mas o acaso lhe escapa. A sequência de Fibonacci explica o arranjo das sementes do girassol, mas a Royal Society diz só um em cinco girassóis segue a sequência. O físico de Berkeley Leonard Mlodinov no livro o Andar do Bêbado mostra como o acaso determina nossas vidas. O modelo determinístico de Fibonacci não é suficiente.

    3. Paloma Fonseca

      Isso me faz pensar também na aleatoriedade ou acaso, o que sai pela tangente, o que não é facilmente objeto de enquadramento. E o mais fascinante é que a própria matemática se ocupa dos fenômenos aleatórios, ou seja, nada escapa, tudo pode ser enquadrado pela matemática, pelo que observo. É uma forma de dar sentido para o que não tem sentido. Ou devo entender que os matemáticos e cientistas pressupõem que exista uma ordem preexistente ou sentido preexistente no mundo ou no universo?

  6. Marcos Benassi

    Hahahah, seu Marcelo, ficou todo mundo instigado com a aplicações práticas! Vossa marcê antevia que ia ter boquejamento?

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  7. José Tarcísio Aguilar

    Ótimo e instigante, obrigado.

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    1. JAILSON DE BEZERRA

      É por isso que gosto da Folha. Vários assuntos são abordados. Esse problema, particularmente, me chama atenção porque adoro Matemática e Física, embora seja um jogador mediano de xadrez. Mas o que importa é a diversão.

  8. Carla C Oliveira

    Quais problemas práticos?

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  9. haroldo cavalcanti

    Professor, começou fascinante, dando um gostinho de seguir lendo, num crescendo, pra descobrir pra que diacho serve afinal. De repente eu vejo que as três estrelas que caracterizam o fim de uma coluna na Folha apareceram e penso "É agora!" e ... nada :( , tem um veja bem pode ser uma solução pra rede neuronais, coisa tão intangivel qto o problema do passeio do cavalo.

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  10. Marcos Benassi

    Eita, seu Marcelo, só faltou enunciar quais os problemas práticos que podem ter soluções com base nessas redes neurais. De todo modo, um treco fica cada vez mais claro: um matemático tem que ser, obrigatoriamente, um curioso. "Um curioso" pode ser qualquer coisa, e muitas outras profissões não demandam curiosidade, mesmo que envolvam matemática - não me lembro de conhecer algum contador curioso, embora os metódicos sejam regra. Mas Matemata conformado, num dá pé.

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  11. Vito Algirdas Sukys

    Georges Perec era um amador em matemática que tinha amigos matemáticos. No seu romance há enigmas e quebra-cabeças como no Ulisses de Joyce. A série de Fibonacci 0,1,1,2,3,5,8,13,21 o encantava pois explicava a criação de coelhos, a proporção ideal de uma concha ou a disposição mais coerente das sementes do girassol. Nossas vidas não vivem de regras mas numa realidade regulada pelo acaso.

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    1. Maria Antonia Di Felippo

      Vito obrigada por me ensinar a sequência de Fibonacci. Um abraço.

    2. Vito Algirdas Sukys

      Caríssimo Marcos, quanto às sementes do girassol, eu como filho de apicultor, sempre planto flores no meu quintal. Nas flores de girassol as sementes se agrupam em espirais horárias e espirais anti-horárias. Se você contar o número delas dará 34 e na outra 55, que são números da sequência de Fibonacci. Porém estudos modernos indicam que uma em cinco segue Fibonacci devido ao acaso da natureza, ou seja a matemática sozinha não pode explicar a aleatoriedade; a Royal Society investiga o acaso.

    3. Marcos Benassi

      Interessantíssima! Acho que não fiz matemática ou engenharia porque não tive professor que botasse pilha. Matemática e física explicam o mundo, quer coisa mais interessante que isso? Fui estudar psicologia, que só explica as exceções: as gentes. Aliás, malemá. Mais ainda vou ao chatGPT, pra perguntar das sementes do girassol e matar a curiosidade de ver se ele vai dar explicação que preste. Grato, Vito!

    4. Vito Algirdas Sukys

      Caro Marcos, no livro Liber Abacci, Fibonacci propõe o problema dos coelhos. No mês zero só há um coelho macho e uma fêmea. Só no segundo mês o casal gera um casal misto e assim sucessivamente. Supondo que nenhum coelho morre. Pronto, temos a sequência de Fibonacci, com os números citados. Cada número na sequência é a soma dos dois anteriores. A matemática aplicada é interessante.

    5. Marcos Benassi

      É, meu caro, eu - que sou uma bbbeesta, mas curioso - bati o olho na sequência e levei uns minutinhos a entendê-la. Plim!, fez-se a luz sobre a proporção da concha, mas não os coelhos e as sementes do girassol. Vou pedir ao chatGPT que me explique, vejamos como ele se sai - mato três curiosidades com uma só perguntada!

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