Blogs Morte Sem Tabu > 'Estou em paz, fiquem também', diz mulher que morreu, em carta Voltar
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Independendo de religião, quem tiver passando por perda de alguém querido, ler a oração de santo agostinho sobre a morte, talvez encontre compreensão para a partida da pessoa amada. A carta da ju, reforça a urgência de aprendermos a viver o presente, com ou sem doenças, pois como dizia uma tia avó minha, "pra morrer, basta tá vivo".
Hoje faz 8 dias que minha mãe virou uma estrelinha, vitima do Alzheimer, estou ainda meio anestesiada, meio sem conseguir chorar o que achava que choraria, justamente pelo sentimento de culpa que sempre temos quando perdemos algo ou alguém, talvez a resiliência venha da perda de memória, das crises de gritos e inquietudes ou até mesmo da oração de santo agostinho, que acho uma verdadeira aula sobre a morte. Não consigo achar que perdi minha velha, talvez por achar que parou de sofrer.
Ah, a morte. É o que Deus nos deixou de mais justo. Vem para todos, sem exceção. Ricos não podem comprar um segundo sequer de vida dos pobres, se pudessem estariam por aÃ, eternamente, a exigirem para si os direitos dos outros. Também vejo na morte a hora em que todos prestamos contas de nossos atos. Ponto final para pessoas ordinárias pararem com suas atitudes que só fazem mau a seus semelhantes. E, momento das pessoas maravilhosas descansarem na Paz, que construÃram no decorrer de suas vidas.
Obrigada à jornalista que nos deu a oportunidade de conhecer essa linda e preciosa história que se faz material de reflexão profunda! Gratidão Juliana por ter compreendido e vivido o verdadeiro sentido da vida, da luta e da morte. Juliana vive!
Pujante!
Obrigado pelo texto
Não conhecia a Juliana, mas deixei escapar uma lágrima lendo sua carta e agora terei um pouco da sua alegria dentro de mim. Obrigado, Ju! Já nos tornamos amigos e meu próximo chopp será em sua memória.
Penso também na mudança que houve na concepção do cemitério: não é mais aquele lugar lúgubre de lápides e mausoléus, verdadeiros museus a céu aberto, dados a visitação para conhecer a arquitetura, a escultura e um pouco da vida da pessoa ali enterrada. Hoje em dia são concebidos como parques, com vegetação abundante, arvoredos e gramados, com uma atmosfera mais leve, propÃcia a celebramos a vida da pessoa, como a Juliana nos instiga a fazer.
Penso nas pessoas acometidas por doenças graves na velhice, que acabam sofrendo e perdendo em qualidade de vida, como aconteceu com meu pai, com comorbidades: ele expressou, algumas vezes, querer partir do que permanecer em uma condição que o inabilitava para uma série de afazeres e prazeres. E fiquei conformada com sua partida justamente por a morte ter interrompido o sofrimento dele neste mundo. Doenças graves não são bonitinhas.
A impressão que tenho é que a Juliana escreveu essa carta para que as pessoas queridas não se sentissem culpadas por algo, afinal o luto é um tipo de abatimento no qual a gente fica ruminando sobre o que poderia ter sido feito e não foi feito, o que poderia ter sido dito e não foi dito à pessoa que partiu, imaginando que a vida fosse uma condição de plenitude, onde tudo se encaixasse perfeitamente e tivesse sua hora certa pra acontecer (só que a vida não é certinha).
Excelente! Desmistificar a morte é um desafio necessário para nossa sociedade tão descrente da finitude da vida!
Quanta dignidade!
Gostaria de ter conhecido Juliana. Grande lição nos deixou. Morreu em paz, morreu bem.
A colunista tratou do assunto de forma digna e realista, principalmente qdo diz q pode filosofar sobre morte pois tem o privilégio de não ter q se preocupar com o q sua filha vai comer no almoço. Muito caráter e decência pra falar isso. Além disso mostrou a carta de uma pessoa iluminada q usa o termo "empatia" em seus dias finais ,cheia de amor, dignidade e acima de tudo , consolando seus familiares e amigos. Gde exemplo de alguém imortal nos corações de quem teve a honra de conviver com ela.
Ferdinand de Sausurre sabia mesmo o que era uma palavra. ImpossÃvel não lembrar dele. Não fosse tão doloroso seria uma crônica.
Essa carta é uma bela homenagem a vida. Que Juliana esteja em paz.
Demonstração mais pura de amor à vida e às pessoas que dela fizeram parte!
Belo registro de despedida e de elegia à vida. Uma Juliana estoicamente autêntica. Brilhou em vida e deixou rastros para seguirmos.
Emocionante e certamente o retrato de vida de muita gente que passa ou passou pelos mesmos 'perrengues'Â… Aos familiares e amigos, nossos sentimentos.
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