A mente humana não pode ser analisada fora do contexto social em que vivemos. Egoísmo, isolamento social, falta de empatia e diversas outras patologias estão fazendo com que a sociedade cada vez mais depende de de aceitação adoeça. Cometemos barbaridades para preenchimento de um vazio. Uma verdadeira selva de malucos que convivem soltos e pior alguns com poder nos últimos anos potencializaram as atitudes destes doentes.

O que é descrito parece ser simplesmente um crime de sequestro. O que não quer dizer que toda internação involuntária deva ser proibida. A cabeça é um órgão entre outros e pode dar defeito.

Pior é que pros bolsominions isso aí é fake news, Lula é ladrão e ponto. Vai faltar hospício pra essa gente.

Por isso que houve uma vigorosa campanha antimanicomial. Os "hospitais psiquiátricos" historicamente foram campos de concentração prá Hitler e Stalin (não esqueçamos o georgiano) nenhum botar defeito. Minha avó foi desagregada e desintegrada num destes centros de tortura.

Eita, negócio horrendo esse, sêo Muniz. Essa, contudo, se baseia numa sucessão pequenas crenças, à boca pequena: velhos, ficam gahgáhs; filhas, são naturais cuidadoras; se a pessoa está internada, é porque alguma coisa tem - por isso a transferência de clínica, suponho, interpõe-se um "proxy" pra facilitar manter o trambique. O maluco é que, a massa Bozolóide, manipulou-se publicamente, com base em "grandes crenças": ameaça comunista, o Estado e um mal, armas são liberdade etc. Bagúio profissa.

A peça Brasil em três atos: o primeiro foi tentar fechar uma grande rede de TV; depois, em plena pandemia afirmava que ela não existia; na saúde, substituiu médicos por um militar sabujo; recrutou profissionais hereges para entranhar na plebe um fármaco inócuo que o próprio receitava sem receio de matar; muitos morreram e ao ser inquirido alegou não ser coveiro. Segundo ato: subiu num palanque e bradou ser imbroxável. Terceiro Ato: fugiu!

Estranha coincidência essa série de fatos criminosos dos últimos tempos, cometidos por "cidadãos de bem" portadores de armas e admiradores do inominável... será que algum dia a nomenclatura sobre esse tipo asqueroso de gente vai ter uma nominação mais adequada???

A consequência de atuar como “pavio” de “teia incivil” poderá ser enredar-se como sói acontecer com moscas em teias de aranha e peixes em redes de pescador. Parece não haver fronteira ou distinção entre alienistas e alienados em meio a cardumes, enxames e sinapses alucinatórias.

Muniz Sodré, um intelectual público produtivo, como já não se vê mais.

Caro prof.Muniz seu artigo prima pela elegância ao falar de fatos hediondos onde a mediocridade se apresenta em td seu esplendor,saudades do dr.Bacamarte.

Verdade, espantoso observar pessoas que até pareciam razoáveis entrando de cabeça nessa seita. E se Machado fosse britânico, O Alienista seria tão conhecido mundialmente quanto Frankestein, O Retrato De Dorian Gray ou Robson Crusoé.

Muniz Sodré tem sido o único motivo de prazer de leitura nesta Folha. Obrigado, mestre, por mais um texto excelente.