Antonio Prata > Mal passado Voltar
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Tá, tudo bem, mas chopp tem que ter, obrigatoriamente, 2 dedos de colarinho. Essa invenção de chopp carequinha eu não engulo. E pode me chamar de opressor porque nesse caso eu sou mesmo.
É essa ditadura não fica só na comida. Há muito tempo para contrariar a turma, fazer raiva mesmo, eu peço a cerveja original. Um dia o cara me falou que a heineken era muito mais cara, então nas baladas ele pedia uma cerveja de garrafa verde para deixar na mesa e impressionar, e depois ele bebia a que dava para pagar. Eu falei, nossa não sabia que estava fora da moda bebendo original. Agora, carne mal passada é coisa do passado, quando tÃnhamos os caninos afiados e éramos todos muito peludos.
Perfeito. A vida é muito curta pra patrulhamentos gastronômicos.
Obrigada pela saborosa crônica
Essa foi uma crônica saborosa. Cumprimentos ao cozinheiro!
Texto delicioso, Prata! Ao ponto!!
Muito obrigado. Sempre sofri essa discriminação. Gosto sem sangue e odeio cebola e alho. Não vejo porque terceirizar meu paladar. De bom gosto é o que cada um gosta
Muito bom, Antônio! Eu, que só como sola de sapato, agradeço pela atenção.
Entram na mesma lista: vinho, só o seco; vinho, só se for tampada com rolha; vinho, só em taças de cristal; vinho, abra de uma a meia hora antes para ele respirar; vinho, sirva uma pequena quantidade na taça, balance-a, cheire-a, jogue contra a luz; ponha na boca um golinho, faça bochecho etc e tal... e estrague o belo prazer de tomar uma garrafa de vinho com seus amigos discorrendo duas horas sobre as delÃcias do terroir em que ele foi produzido e suas notas... enfim...
Camarada Pratowski, você é um comunista bem passável, carÃssimo: veja só sua intransigente defesa da liberdade. Com uma compostura e tanto, muito diferente da compostagem bozolÃtica. Gostei. Eu, que só depois de adulto sube o que era carne mal passada, não me ofendo com a sola de sapato, não. Agradeço mêmo o exempl da mesóclise: parece-me uma afecção na lomba, e nunca sei quando cometo uma. Idem pra ênclise: não é doença postural, bunda arrebitada? Já a próclise, é a malÃgrina das três: é câncer
Ênclise, amado! O mordomo de filme de terror que habita esse corpinho escorregou. Grande abraço!
Ia comentar isso agora, mas já vi que alguém já observou! rsrs Nem só as mesóclise são deixadas de lado, algumas ênclises já atingiram o mesmo nÃvel de desuso que as pobres mesóclises.
Ôôô Marcia, jura? Acabei de agradecer ao Pratinha pelo exemplo da mesóclise, e cê mindiz assim na lata que é ênclise? Será que foi por esse transcendental motivo que a Herda da sençura reteve o meu comentário pra averiguações? Céus, e eu que nem sei consultar uma gramática? Acho que vou perguntar pro chatGPT... Hahahahah!
O melhor da eleição do Lula é ler Antonio pós bolsonaro. Vivas a democracia e a liberdade do mal passado!!!!!
Hahahahah! Ótema essa, prezada Vera. Libertos do mal passado, tendo passado mais bocados, mandemos nesse mar de Prata! Hahahah!
Sou uma proscrita...estou em choque...rs Só consumo carne bem passada.
Feliz porque sobrou bastante sola de sapato para mim - mas picanha bem passada é um erro!
Nunca fui fã de carne vermelha. Minha neurologista me recomenda após os meus exames de sangue constatarem falta de proteÃna e vitamina B12. Estou lendo "A PolÃtica Sexual da Carne (Uma teoria feminista-vegetariana), indicação de uma aluna, e este livro tem me deixado ainda mais avesso ao consumo de carne.
Ué! Em “Aceitemo-los”, não há mesóclise, mas ênclise, grande Prata!
Quando vejo uma carne vermelha de crua, fico pensando nas bactérias que ali residem.
Uai, Hamilton, mas não se diz que nós próprios somos, sei lá, 3O% bactérias? Não tema, com Smith não há problema. E o gorgonzola, prezado, como faz? Ou dá pra não pensar nos fungos? Céus, os pés suados! Hahah!
Vinho é suco de uva fermentado por …. Ora veja, bactérias. Pão é a massa fermentada por …, E queijos? Se vc ficar pensando nisso, não come nada e perde muita coisa boa! Vai lá, se joga num churrascao daquele bem raiz, picanha mal passada, vinagrete, pãozinho, etc.
Tem muito lugar que, se você pede mal passada, vem ao ponto. Se pede ao ponto, vem bem passada. E se pede bem passada vem carbonizada.
Não seria o caso de, democraticame, recusar?
Na boa, não há conversa possÃvel com alguém de crocs. Sou contra tortura, mas em alguns casos...
Hahahaha..gargalhei!
Aceitemo-los nao é mesóclise.
Oh, sábios colegas, agradeço o reforço sapiente, senão eu confundiria as coisas. Se bem que às 3dabyarde eu já esqueci, pela nonagésima décima quarta vez...
Também notei isso, Igor. E acho que o primeiro "ao ponto de" deveria ser "a ponto de" Enfim gostei da crônica, ainda que não seja fanático por churrasco.
Verdade, é uma ênclise, mas a gente só sabe porque estudou pra dar aulas. (rs)
Mais uma das vantagens do Bolsojoia não ser mais presidente é podermos voltar a ler crônicas sobre amenidades e desimportâncias cotidianas na Folha.
Faltou dizer que o lÃquido avermelhado da carne mal passada não é sangue. Não tem essa de "boi berrando"! No churrasco, alguns tipos de carne nem podem ser mal passadas. Agora, uma picanha com aquela camada de gordura e aquele "sanguinho" é dos deuses...
Ri muito. :)
Antonio, Aprendi no irresistÃvel restaurante da sua avó que mais vale uma carne de panela do que um bife sola de sapato.
"Ferrari é o melhor carro já produzido pela humanidade". "Sou churrasqueiro." A segunda afirmação explica a primeira.
Pois é. Mais adequado ele falar que gosta da Ferrari assim como gosta de fazer churrasco.
Certamente nunca entrou e tampouco pilotou uma Ferrari, quanto ao ponto da carneÂ…
Mais uma coluna direto ao ponto. E concordo com o que vc diz sobre hamburger. Estava me sentindo solitária na opinião.
Sim, há uma overdose de opção pelo mal passado. Uma onda. Que engole atores de vários espectros simbólicos. Que sei que vai passar. (Quase) tudo tem salvação; exceto, me parece, a estranha força (de lugares sociais dÃspares e antagônicos, infelizmente) que veda a consciência. E condiciona as ambições.
Foi perfeito, na carne.
3 minutos, carnes mais finas (assado de tira fino e fraldinha).4 minutos, bifes largos de carnes mais magras (bifes de bombom da alcatra e baby beef).5 minutos, bifes largos de carnes com mais gordura (bifes de picanha, chorizo, ancho, bife de tira).6 minutos, bifes largos de carnes com osso (prime rib, t-bone, chuleta, prime steak). 15 a 20 minutos, peças inteiras de carne na área da churrasqueira (picanha, maminha, baby beef, contrafilé). Insuperável, mesmo? A uruguaia "colita de quadril"!
Brasileiro é sem noção em carne. Você precisa pedir mal passada para ela vir ao ponto. Se pedir ao ponto, virá uma sola de sapato.
O ponto certo é aquele que cada um gosta, ponto final. Se o cozinheiro(a) é ruim e te entrega uma sola de sapato ai , são outros 500.
O articulista poderia considerar melhorar os churrasqueiros que o atendem e ir a restaurantes melhores. O ponto bom é o ponto desejado por quem come, não por quem faz. A avó deve ser prestigiada apesar do erro por que avó é avó apesar de ter uma porcaria de restaurante. Um outro estágio evolutivo a considerar é apreciar a carne em toda sua extensão e saber saborea-la desde levemente exposta à chama até a esturricada. Mas isso é como sexo tântrico: são poucos a entender e desfrutar!
Eu sinto a ditadura contraria, a da carne muito passada. Se vc não fala nada, muitas vezes entregam no prato um pedazo de sola de sapato. E ainda vc falando, muitas outras vezes também. Por certo, a tendencia mundial na gastronomÃa é a elaborar os pratos de carne bovina, peixes e verduras com baixos pontos de cozimento, pois alem de melhorar a textura e o sabor, os alimentos perdem menos nutrientes. Mas cada um com seus gostos...
Sim Luciana. O problema muitas vezes é falta de conhecimento por parte da pessoa que esta na cozinha. Mal passada não quer dizer crua. A carne mais saborosa é quando esta 'queimadinha' por fora e vermelha por dentro. Para isso é preciso ter o fogo bem forte, porque se o fogo é fraco não consegue deixar a carne dourada por fora sem ficar muito seca e dura por dentro. Quando a carne fica dourada por fora, fica selada, e mantem a humidade da carne no interior
Parece que o garçom tem medo de entregar carne sangrando. Vc tem que pedir mal passado para a carne vir ao ponto...
Particularmente, gosto de carne bovina mal passada. Mas fui a um restaurante de uma famosa chef e ao pedir um prato que continha peito de pato, fui alertada que o ponto da carne seria mal passado. Pedi bem passado e a resposta foi: infelizmente, senhora, não servimos bem passado. É uma exigência da chef. Levantei-me e nunca mais voltei a esse restaurante.
Cada um como da maneira que achar melhor. Eu gosto mal passado e nos churrascos em famÃlia na roça (zona rural ou seja lá como se fala na sua região) cada um pega a carne no ponto que quer e é isso, já nos botecos ou churrascarias é só fazer o pedido e especificar.
Gosto nao se discute. Lamentasse.
Depois dessa, tornou-se até irrelevante apontar que o grande Prata chamou de mesóclise o que na verdade era uma ênclise. hehehe
Mário Sérgio, atenção ao idioma. O correto em sua frase seria "não discutesse".
Dificilmente eu frequentaria o pousada da avó do colunista , uma vez que não aprecio carne mal passada , sangrando , seja bife , hambúrguer ou coisa que o valha. Tive um amigo que gostava de salsicha crua e as comia aos borbotões na minha frente ,que sempre fazia cara feia , até acho que era provocação mas o cara gostava e gosto não se discute. Carne pra mim , tem que ser no ponto pra bem passada , sem sangue. Aliás , carne bovina está voltando a ser consumida , parabéns pra quem fez o L.
Tendi José , obrigado pela dica mas come-las sem tirar aquele corante , eu não recomendo mas tem quem goste, faze o que ?
Ô Carlos, não existe essa de salsicha crua. Salsicha já vem pré-cozida, é só esquentar e comer. Mas se quiser comer fria é a mesma coisa, tendeu?
Maravilhoso!!! Me identifiquei com o opressor, vou mudar minha postura.
Ah, como é lindo: entramos na Era Pratozóica, um Tempo de Paz e Convivência Harmônica! Que alÃvio, cara Chiara... Hahahahah!
Somos dois, Chiara.
Que bom quevaimudar! Eu me identifiquei com o oprimido.
O espirito do Marcos Nogueira baixou no Antônio Prata. Odeio também a imposição da moda,Antônio. Não consigo achar uma calça jeans 'normal'.
Ôôô, Marcelo, verdade. Mas o Pratinha tem tanta Pratimônia na escrita, é Praticamente uma moça de famÃlia - cuméquié mêmo? Ah, "recatado e do lar". O Marcão Nogueira é um búfalo, pô... Hahahah!
Sim, sim, é isso mesmo. Fico imaginando o democrata Chico Buarque dividindo a breja em uma mesa de bar com o/a cantor(a) Liniker, também democrata, discutindo se a letra das músicas deve ou não ser em linguagem neutra.
Caro Prata, me senti contemplada nesta crônica. Quanto mais sutil a opressão, mais cruel ! Também já me senti uma proscrita, sem contar as vezes que meu pedido não foi atendido pelo garçom hipster, que insistiu em me servir a carne ainda viva. E nunca mais me teve como cliente.
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