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  1. Leila de oliveira

    O sistema tem necessidade permamente por escravos. Não tenham filhos!

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  2. Marcos Benassi

    Hahahahah, ô perguntinha capciosa, hein? Não, aqui não cabe, não. E nem é porque sejamos tão doidinhos, no senso habitual: nossas condições empregatícias e logísticas são incomumente flexíveis e a divisão sexual do trabalho tá revirada desde o início, com vaivéns constantes. Esse negócio de lidar com a "miragem de nós mesmos", em sentido amplo, é que dá muito trabalho - ainda precisamos de muito esforço. No dia em que inventarem pírula pra isso, tô na fila. Hahahah!

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  3. Nilton Silva

    E eu aqui pensando que ter filhos fosse decisão só do casal. Como eu sou inocente.

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  4. Rodrigo Andrade

    Filhos? No Brasil de Lula, Bolsonaro, Nikolas, Hoffman, Zambelli e Boulos? Nem a pau, muito obrigado.

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    1. marcos fernando dauner

      nem todos mereciam ter nascido ... nem os citados, nem quem os critica e/ou quem vota neles .

  5. Rodrigo Rocha

    Pois é, criamos um sistema produtivo incompatível com o sistema reprodutivo da nossa espécie. E, em vez de repensar a estrutura econômica, estamos jogando os bebês fora junto com a água da bacia. Triste realidade!

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  6. CESAR MONTEZUMA CARVALHO

    Acho que ter pelo menos um filho muda nossa visão de ver o mundo, nos ensina a ser menos egoístas e egocêntricos, nos torna pessoas melhores de alguma forma. Mas diante desse mundo maluco, principalmente o Brasil, não critico quem não queira ter.

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    1. DANIELA Krause

      muda, com certeza. Não sei se para melhor. E também não é motivo para se ter um, existem outras formas.

  7. Leonardo Monteiro

    Desculpe-me, mas prefiro insistir no erro de que ter ou não filhos é assunto exclusivamente de foro íntimo. Por que tê-los por outro motivo? Para depois perceber que não era aquilo que se queria? Certo feminismo irá colocar a culpa pela infelicidade no patriarcado, na Virgem Maria, nos filmes da Disney etc. Não há um congênere no lado masculino, mas é comum simplesmente o homem abandonar a família. E o mundo continuará sendo o mundo, cheio ou vazio

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    1. DANIELA Krause

      é assunto de foro íntimo, mas as políticas existentes em relação às crianças podem fazer os casais mudarem de ideia. Para os dois lados.

  8. RICARDO TEIXEIRA MARINHO COSTA

    Ainda que com recursos econômicos limitados ,tivemos dois - que vão muito bem , obrigado - e teríamos ao menos mais dois , se nossa idade nos permitisse . Não experimentamos , até agora , em média vinte anos depois do nascimento do primogênito , qualquer dificuldade em sermos país . Pode ter sido sorte , ainda que seja , alguns amigos já nos pediram para escrevermos um livro sobre o que fizemos e fazemos .

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    1. DANIELA Krause

      ela quis dizer margarina, suponho. Eu não acredito em maternidade/paternidade sem conflito, a não ser que não haja real envolvimento. Mas o que eu penso ou deixo de pensar não tem muita importância nesse caso. Mas a satisfação em "ter uma família perfeita" é o sentido da vida de muitos. Pena que o custo é alto para os envolvidos.

    2. marcos fernando dauner

      Não entendi a falta de educação da mocinha abaixo . Nós também tivemos, com a graça de Deus, dois filhos , a quem amamos muito .

    3. Bianca Santos

      Qual é a marca da margarida?

  9. Leila de oliveira

    O mundo atual não dialoga com a maternidade. Simples assim. Uma vida sem filhos é uma vida de liberdade. Se possível, não tenham filhos.

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    1. marcos fernando dauner

      liberdade para ser egoísta ?

  10. marcos fernando dauner

    Quem tece esse tipo de comentários sobre maternidade e paternidade, realmente não merecia ter nascido ! Aliás, sequer merecia ter sido concebido , quanto mais nascido vivo !

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    1. Leila de oliveira

      Adotar crianças abandonadas o senhor não quer, né?

  11. Elvis Pfutzenreuter

    Uma revista alemã (Scala) que também publicava em português previu há uns 30 anos que o próximo cisma cultural seria entre os com-filho e os sem-filho. Hoje em dia há muito finger-pointing entre homens e mulheres mas o problema está no contexto imediatamente maior. Eu tive um filho só, fiz vasectomia tão logo quanto possível após o nascimento dele, e para ele aconselho que não case nem tenha filhos, porque as cobranças e expectativas não compensam.

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    1. marcos fernando dauner

      que pensamento triste ! algum motivo específico para isso ? alguma doença grave ? Eu tive problema de subfertilidade, tivemos muita dificuldade para ter filhos, mas, Deus nos permitiu ter dois , uma moça e um rapaz , ambos com saúde . .

  12. PAULA FARIA

    Deficit demográfico? O mundo tem muito mais gente do que deveria ter. Não desejo psicose puerperal nem para o pior inimigo.

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  13. RICARDO BATISTA

    Que texto valioso! Parabéns, todo mundo deveria ler. Abordou aspectos sociólogos e também econômicos. Se antes havia o temor de gente de mais, agora é o de gente de menos. Provavelmente mais países irão aderir à ideia do baby bonus.

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  14. Chiara Gonçalves

    Vejo com ótimos olhos o déficit demográfico num mundo de 8 bilhões, que se multiplicou exponencialmente no último século. O sistema econômico que encontre saída pra lidar com isso, a humanidade vai ter que reformular esse modo de produção insustentável.

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    1. BIANCA SIMAO

      Nosso modo de vida gerou uma espécie de esquema de pirâmide humana. Já estamos nos 8 bilhões e ainda é pouco. Precisamos colocar mais e mais gente no mundo pra sustentar quem já está aqui. Um mundo inseguro e assustador, diga-se de passagem.

  15. Rosália Ferreira

    Definitivamente, não, não cabe filho nenhum aqui.

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    1. DANIELA Krause

      mas a romantização da maternidade - não, não foi o meu caso de forma alguma - só faz algumas pessoas perceberem que não cabia quando já tiveram. Eu sempre tive como pagar o que foi necessário, mas reconheço hoje que mesmo assim, pode ser inviável. Muitas mulheres que vão para a informalidade depois de serem mães o fazem simplesmente porque não conseguem dar conta de manter um emprego formal e cuidar dos filhos. O custo é muito alto, e não é o custo financeiro.

  16. Rodrigo Ribeiro

    Vera, gostaria muito de te agradecer pelo texto. Acho que se não conseguirmos discutir estes assuntos a partir dos efeitos do neoliberalismo e encararmos as questões com maturidade e espírito crítico, a sociedade poderá entrar numa espiral destrutiva. A sua análise, para além do individual, mostra o quanto é importante a solidariedade e a visão coletiva de mundo. Muito legal.

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  17. Eduardo Santa Catarina

    Bingo, Vera. O novo ser humano que passou a habitar aqui em casa foi um divisor de águas entre a projeção que nós tínhamos de nós mesmos e a realidade em si. Foi difícil, mas também profundamente libertador. Paradoxal e ambíguo, como quase todos os sentimentos que envolvem a maternidade e a paternidade.

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  18. Alberto A Neto

    Relatório do Clube de Roma em 70: 4 bilhões de terráqueos e o planeta explodiria em 2050. Seremos 10 bilhões em 2030 e seguimos "a todo o vapor ao colapso", na dicção de Robert Kurtz. Em lugar da promessa de um "american way of life" idealizado para todos - após a II Grande Guerra com os "anos dourados" de 1948 a 1972 -, o que foi entregue? A "brasilianização" do mundo com extremismos de desigualdades e a precarização do quadro laboral e político-econômico. Não há mais lugar social a "bebês"!

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  19. marcos fernando dauner

    o mundo endoidou . e crianças de cinco anos , digo, robôs, quinze horas por dia com um celular ou tablet na mão

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  20. Fabio Reis

    Excelente texto ! Parabéns ! Fui completamente representado: pai de 4 filhos e viúvo antes dos 30 anos.

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  21. Claudio Carvalho

    Enquanto o acento enviesado estiver nos homens "que saem para comprar um cigarro", as "mães solo guerreiras" vão ter muito o que penar. Estamos jogando a criança com a água suja da bacia (representada pelos homens enquanto pais!). "Parentalidade" cai como uma luva em uma mão que adora criticar o neoliberalismo enquanto com a outra replica seus pressupostos nefastos. Agora não se tem desejo de filho, é "projeto parental" ou cálculo de bolsa de futuros ("é caro", "demanda investimento"...).

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  22. bibiana camargo

    Não podemos dizer que há um declínio demográfico no Brasil. Está lotado de crianças abandonadas. Famílias de baixa renda cheios de filhos. Podemos dizer que as classes sociais mais elevadas estao diminuindo a natalidade. Há de ter uma discussão social sobre isso.

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    1. vera iaconelli

      Ainda não, mas caminhamos para isso como os demais países.

  23. bibiana camargo

    Ter filho é caríssimo e demanda tempo, atrapalha a vida profissional da mulher. Enquanto não houver políticas de apoio q mulher profissional, as classes mais levadas irão continuar no declínio de natalidade.

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    1. marcos fernando dauner

      Ter cachorro também é muito caro . Nós tivemos dois filhos - agora adultos - e agora temos uma poderosa cadela shi-tzu - a despesa é enorme .

  24. José Cardoso

    Uma solução do passado, para que as mulheres não fossem prejudicadas em sua carreira, era a babá de tempo integral. Como isso se torna cada vez mais caro, a solução de mercado seria a creche desde bem cedo, onde a produtividade é maior, já que um adulto pode cuidar de várias crianças. Só que esta (pelos menos as decentes) também é caríssima por enquanto.

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    1. DANIELA Krause

      não dá para colocar 40 crianças em uma sala de creche. Bebês até um ano, no máximo 12 com 3 atendentes, e olhe lá. Tem q dar mamadeira, comida, trocar fralda, o tempo todo tem algo para fazer. Claro, isso para ser bem cuidado. E mesmo os maiores, tem q ter 2 atendentes o tempo todo. Porque se uma vai atender uma criança que cai, tem que ter outra para ver o que os demais estão fazendo.

    2. José Cardoso

      Não é fácil. Uma creche que funcione numa casa pagando 5 mil de aluguel, com 2 funcionários ganhando 2.5 mil cada um, e com 10 crianças, custa mil reais por criança, sem falar em outras despesas. Com 40 crianças, cai para 250 reais, mas eles darão conta?

    3. DANIELA Krause

      Nos primeiros meses da minha filha, eu ficava tão mas tão cansada, que achava que a maternidade tinha me emburrecido. Não me concentrava em nada, porque não dormia direito. Tinha todos os sintomas de depressão, que, como um milagre, passavam quando eu conseguia dormir o suficiente no final de semana. Não é viável, eu tenho vontade de vomitar quando leio que "o q importa é o tempo de qualidade". Que qualidade o tempo da mãe (ou do pai) se tem quando o trabalho nos suga dessa forma?

    4. DANIELA Krause

      Mesmo com creches de turno integral para todos que precisem, as contas não fecham. Minha filha foi com 6 meses para a creche, das 7h30 às 17h30, pois eu trabalhava das 8h às 17h. Quem leva no médico, quem fica com a criança quando ela adoece? Depois na escola "de verdade", quem fica nas férias escolares até eles poderem ficar sozinhos? O nosso modo de vida é incompatível com cuidar das crianças. Mudar de emprego não estava nos planos - e nunca esteve.

    5. Mimi Silva

      Babá é solução de país pobre onde a classe média consegue se safar pagando uma miséria. Bastou uma pequena melhora de renda no Brasil pra ficar claro que não vamos a lugar algum sem políticas públicas adequadas.

    6. vera iaconelli

      E a solução para o filho da babá?