Incrível ver preconceito sobre algo que será uma fatalidade de quem continuar vivo: envelhecer. O envelhecer no Brasil se faz sinônimo de emburrecer, tornar-se inútil e um peso. Quando jovem ouvia que não "sabia das coisas" porque era jovem, hoje ouço, de alguns limitados, que não entendo porque sou velha. Vejo muitos jovens qye me admiram porque sou idosa, mas "não ajo como velha" ?!?!? Porém, a velhofobia no país é patente e cruel. Seremos muitos em breve: hora de mudar os conceitos já!

Cara Mirian, aqui nos trópicos desde 2013 se acentuou o canto das sereias nas redes sociais. Juventude eterna, remédios milagrosos, barras de ouro, tudo te oferecem. Eu, como Ulisses, já me ordenei que me mantenha amarrado pelos pés e mãos, ereto ao mastro. Sabemos que o canto das sereias sempre nos leva ao naufrágio e à morte. Uma parte da sociedade ainda parece muito enfeitiçada pelo canto das sereias.

A discriminação contra o idoso tem origem sócio-econômica. Pessoas ricas são pouco discriminadas.

Interessante que têm inúmeros locais com o o "pet friendly", será que algum dia teremos o "elderly/senior/mature friendly". O despreparo (muitas vezes arrogância/prepotência) no trato com idosos é assustador, isso até em hospitais, clínicas, consultórios, centros de análises de todo tipo

A mulher tem 40 anos! Isso é ser velho agora? O problema não é ser velho. O problema é ser velho, arrogante, narcisista, parar de aprender e de ouvir os outros, especialmete os mais jovens que às vezes entendem o mundo à volta melhor que o idoso que há muito tempo desistiu de continuar aprendendo por preguiça ou por falta de faculdades mentais mas que se recusa a reconhecer a realidade. Quem não tem um ou vários desses na sua família que atire a primeira cartela de bingo.

A meu ver, estes comportamentos, como o das três garotas de Bauru, têm a ver com a generalização de atitudes fascistas, como o ódio aos pobres. Recentemente, um homem invadiu uma missa do padre Julio Lancelotti e o agrediu gratuitamente. Temos de ir fundo na análise destas manifestações das fascistinhas de Bauru. Não se trata apenas de etarismo pois, como já foi observado, a vítima tem pouco mais de quarenta anos e a discriminação contra ela vai muito além de etarismo.

Então a Mirian está no Café da Manhã de hoje?… Recomendo a todos os leitores o podcast com essa diva do colunismo.

Miriam, a questão toda é que, no caso do incidente horroroso de Bauru, a mulher atacada nem é velha! Há mulheres mais velhas do que ela no Brasil tendo filhos, parindo, empreendendo. O fato chamou a atenção porque as jovens se expressaram de forma muito obtusa, provinciana, desatualizada. Duvido que não haja outras pessoas mais velhas estudando na mesma universidade: sempre houve, não é inédito. O Brasil não é mais um país jovem. As moças que criticaram a colega é que estão fora de seu tempo.

Tenho total respeito pelos idosos , amo muito eles ,e vou fazer de tudo para sempre ajudar. Ele s as nossas reliquias.

Alguém já tomou providencias contra esta três que segregaram uma colega na faculdade? Ou estão só passando pano? O que disse a Faculdade até agora? Vai continuar com elas matriculadas??? Gosto de coisa prática.

O que houve na faculdade e não vai ser o último tudo isto é culpa de pais frouxos e acomodados em não saber criar e dar boas maneiras aos filhos e deixam aos cuidados do celular durante o desenvolvimento, tornado a geração conectada em zumbis,imbecis e futuramente serão uns inúteis.

Entre ser um velho sábio ou ser um jovem estúpido,qual seria a melhor opção par a humanidade. KKKK

Excelente!

Essa piazada não sabe o que foi a década de oitenta e seu regime de mega inflação . Também não sabem o que foi a dita-dura dos anos setenta . ainda têm muito a aprender .

Basta colocar aquele placa de "velho" que a gente consegue no Detran . Eu uso há quatro anos e não me preocupa com a piazada que não larga o celular . .

Precisamos ser contra de verdade a qualquer tipo de violência em geral, mas principalmente contra os idosos, que naturalmente ficam mais frágeis em todos os aspectos, e emocional é um deles. A colunista fala do vídeo que viralizou, numa juventude movida a likes, isso só potencializa os maus tratos, porque o povo é contra mas vê as atrocidades recebidas. Por mais curiosa que venha a ficar com os vídeos virais, eu não abro, me recuso a colaborar com a escalada de qq violência.

Sobre o caso de discriminação da aluna mais velha, não é crime. É falta de educação.

O melhor ensinamento faz parte de todas as religiões: "trate os outros como você quer ser tratado". Infelizmente tem muita gente 'religiosa' da boca para fora, ou dentro de sua própria bolha.

Talvez seja mais producente preparar o jovem de hoje para a própria velhice do que tentar mudar seu comportamento de jovem frente a quem chegou antes. Pois é da natureza que os mais novos neguem os mais velhos. Os jovens representam a antítese da tese vigente. Provavelmente se for feito algum trabalho de preparo para a velhice, ela passe a ser compreendida em toda a sua dimensão, e esse conflito que vemos atualmente seja mitigado. Mas não acredito que venha a ser extinto. Tenho 60 anos.

Todo tipo de violência acontece, mas eu já vi "brincadeiras" da minha irmã mais velha sobre minha mãe de 94 anos que me incomodou muito e se eu a reprimisse, ela diria que foi só brincadeira: ela disse " a mãe tá fora da casinha", "a mãe tá teimosa", " eu não quero ficar velha", etc. Mirian, o que fazer nesses casos?

Texto muito bom. Os problemas da velhice, da qual me aproximo (já sou considerado idoso, mas ainda trabalho), são variados. Talvez o que mais tenha me chamado a atenção, no texto, foi a nossa responsabilidade sobre nosso futuro. Não é tarefa fácil, em especial em nosso país, termos alguma segurança financeira na velhice, se nem a temos em idade produtiva. Mas tem um detalhe importante. Se alguém trata mal, ou inadequadamente, seus filhos, não espere ser bem tratado(a) por eles na velhice.

A violência ocorre em lares miseráveis. Falta educação de base.

Ouve sim uma escalada da velhofobia neste século. Assim como há infantilização de jovens adultos.

Muito difícil também é viver a velhofobia no casamento. Principalmente se houver diferença idade significativa. Amor supera bastante Porém o preconceito tb dentro casa e grande e com deboche

Todos sem exceção se sobreviverem aos percalços da vida chegarão lá. E sofrerão os mesmos preconceitos. Portanto faz muito sentido combater esse tipo de preconceito pelo bem de suas vidas no futuro.

O preconceito contra o idoso sempre existiu ,a diferença é que somente agora estä sendo escancarado .O jovem precisa se preparar para a velhice que não é fácil ,mas tem os seus momentos felizes .