Priscilla Bacalhau > Luta por escola pública de qualidade é dever de todos Voltar
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Apesar de concordar plenamente com o diagnóstico e a proposta da colunista, apenas discordo do desejo de pais em oferecerem condições para os seus filhos. Desgraçadamente, atualmente muitos acreditam que deve prevalecer a pedagogia da violência, a medicalização dos problemas escolares e a culpabilização da famÃlia por todas as mazelas escolares, esquecendo-se do papel das outras instituições da sociedade civil e polÃtica, como os meios de comunicação de massa.
Um dos grandes desafios da escola pública é que ela tem que dar conta do rebotalho: aquelas crianças que não apenas tem dificuldades de aprendizado como atrapalham as outras durante as aulas e puxam a média para baixo. Não apenas aqui, li esse diagnóstico em um livro sobre a educação nos EUA. Não é surpresa que coreanos e japoneses estejam no topo do Pisa. Não é brilhantismo, é disciplina.
Isso é tão óbvio que nem precisaria ser dito mas o autocentrismo da classe mérdia a torna cega à realidade de que ela não é rica e nem pertence à classe dominante. Aliás, a sua esthupidez não a deixa ver os benefÃcios que tiraria disso.
Digo, segundo grau...
Orasil, que rigor, compadre: "segundo grau" tá passado já faz uns tempos, tá não? (em tempo: também fui vÃtima dele, tô meio velhote) Da próxima, nem se dê ao trabalho, meu caro, a não ser em caso de "insumo médio" ou "ensino lerdo"... Hahahahah!
Nasci e fiz até o seguindo grau no Paraná, isto nos anos cinquenta e o ensino era público e de muito boa qualidade. No interior os professores estavam no Top da sociedade! Escola privada era chamada de PP, pagou passou!
E eu no RJ dos inÃcio dos '60, minha escola (pública) era considerada modelo. No segundo grau (clássico!) estudávamos latim clássico e reconstituÃdo; grego clássico e moderno; inglês e francês; espanhol castelhano e madrilenho; história e geografia; datilografia e taquigrafia (!), além de uma matéria profissionalizante a escolher - no meu caso, carpintaria. A escola era a Pedro Ãlvares Cabral, na zona sul do Rio de Janeiro. Ensino atual? Rá.
Olha, carÃssimo, meu pai aprendeu Latim na escola pública... Tinha aula com juiz e promotor - ser professor dava mesmo bom status social - e, salvo engano, com um dos médicos da pequena cidade de Minas onde nasceu e cresceu. Era coisa fina.
Vivi muitos anos na Europa. Lá esta questão é inversa. O nÃvel das escolas públicas é alto. Os que vão para escolas particulares são aqueles que não conseguem acompanhar as exigência da escola pública.
ai esta provado que bacalhauo tem cabeça.
Hahahahah, teve graca, Eny. Tem cabeça mesmo, ao contrário da lenda. E outros artigos comprovam: também tronco e membros, e os raciocÃnios sustentam-se sobre dois pés. Foi uma bem-vinda "aquisição".
Priscilla, prezadÃssima, queria explorar uma quina da sua reflexão: os outros19% da galerinha em escolas privadas não tão tendo uma educação garantidamente superior, não. Destas, uma metadinua não deve estar tão longe do nÃvel das melhores públicas. Pros pais destes, o esforço de bancá-los na escola privada não terá o efeito que imaginam - evidente, pode ter impacto nos relacionamentos interpessoais, que também dão fruto depois. São discussões que importam, e que agora podem ter vez.
Muito bem lembrado, a maior parte das escolas privadas são de baixa qualidade, basta ver o desempenho dos alunos no Pisa. A cegueira impede certa classe média de perceber que uma pressão por melhoria da qualidade da escola pública também a beneficiaria diretamente.
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