Hélio Schwartsman > Jornalismo e objetividade Voltar
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Sugiro a todos que assistam ao documentário "O Mercado de NotÃcias", de Jorge Furtado. Muito interessante, instrutivo e divertido. Destaque para o caso do "Picasso no INSS", barrigada protagonizada por esta Folha que levou mais de dez anos para reconhecer o erro.
Ôôô, grato da dica, Almir.
Um dos problemas da objetividade é que ela pode ser tediosa, o que não vende jornal. Por exemplo, cobrir as discussões e votações no congresso todos os dias sobre os mais variados temas. E listar os resultados das votações, com a posição de cada partido e parlamentar. Isso é importante e objetivo, mas um barraco entre eles é mais sensacional. O que por sua vez reforça o estereótipo negativo sobre a instituição.
Interessante discussão que também me ocorreu ao ver as reportagens nas mÃdias televisivas e escritas sobre a violência (!?) no RGN. Todas as mÃdias descrevem a violência, a espuma, sem avançar em discutir ou relatar as possÃveis causas. As mÃdias se comportam como se a violência fosse “geração espontânea” e fazer estúpida a Pessoa
Dá mais dinheiro relatar o que o seu público quer ouvir do que a verdade, FoxNews, MSNBC, JP, ... já descobriram isto faz tempo.
Se o jornalismo conseguir relatar os fatos com menos opiniões ou mostrar os fatos e depois opininar estaria bom.
Boto a maior fé nessa perspectiva, meu caro; nisso, aproxima-se da postura cientÃfica ideal: um olhar que busca identificar as possÃveis influências em um fenômeno, que se obriga a considerar vários graus de plausibilidade. Pode até não encontrar nada em um momento, e isso É uma resposta - temporária, sempre. Assim como alguma outra, eventualmente contrária a pressupostos iniciais. O conceito de um trabalho utópico, por definição, é bom. E humilde, necessariamente. Né fácil, não.
Que tal usar o termo correto: honestidade intelectual!!!
Em muitos casos, certamente é o correto mesmo, caro Paulo. Em outros, o nome é erro - sem desonestidade alguma.
Não há no jornalismo um algoritmo mecânico, inequÃvoco capaz de produzir, invariavelmente, um único resultado. Talvez a objetividade não necessite de um algoritmo mas não precisamos dizer que as escolhas dos jornalistas são radicalmente subjetivas. Podemos manter o ideal de objetividade, este não requer um algoritmo, para evitar que o jornalismo caia na subjetividade.
Em muitos aspectos as redes sociais tornaram mais valioso o bom jornalismo, e não menos. Não sei como, mas muita gente adoraria viver sob o jugo de um déspota nada esclarecido. Tomara que uma hora as pessoas se sintam saturadas dessas redes de mentiras e desinformação.
Óia, caro Ricardo, bota "muitos aspectos" nisso: eu já num migüento de tanto ver sectarismo. Não boto no mesmo balaio os reacionários e progressistas - os primeiros, em volume muito maior - mas há de ambos. E me incomoda o gozo com que a bobajada auto-confirmatória é deglutida pelaÃ, embora ache compreensÃvel - ninguém gosta de ser contrariado, evidente. Mas ao virar regra, dá pobrema.
Ótima reportagem! Precisamos de mais jornalismo imparcial, que tragam os fatos, que não fiquem passando pano para Lula, Bolsonaro ou qualquer outro polÃtico. A folha de S.Paulo tem surpreendido, acreditávamos que iriam passar pano a todo momento no governo Lula, mas não. Continuem assim, sem cederem a possÃveis tentativas de "remuneração proposta pelo governo" a exemplo da Globo q virou uma espécie de estatal para fazer markinting, porque a reputação e a qualidade entram para a história.
A Folha de São Paulo se rendeu ao bolsonarismo faz tempo !
Oh my god, really? Kill me now
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