Ilustríssima > Aceito a expressão, mas racismo não é estrutural no Brasil, diz Muniz Sodré Voltar
Comente este texto
Leia Mais
1 2 Próximas
Muito interessante a entrevista. O Escravismo Colonial, de Jacob Gorender, é uma boa análise do modo de produção escravista, visto como entrave à expansão do capitalismo a partir da revolução industrial. Curioso para ler o livro.
Experimentem ler o livro antes de se revoltar.
Então só porque o Ministro LuÃs Roberto Barroso diz que as estruturas não funcionam, deve-se considerar um dogma? Fecha-se a questão. É triste ver que em vez de intelectuais negros se unirem no debate de ideias a favor do negro procuram demolir a obra de um colega, que benefÃcio nenhum trará para a comunidade negra. Até porque o conceito de estrutura de Silvio Almeida não se fundamenta de forma tão vaga e casual, e sim na tradição marxista. Vamos somar no debate.
Só porque foi Almeida que escreveu não quer dizer que tá certo. E colocando Marx no meio? Meu Deus!!
Veja só a sua reação. Ela é a expressão exata do que Sodré afirma, quando chama a atenção para a forma social, e não para uma estática estrutura.
O q não se faz nessa vida (
Por mais que se queira combater, o racismo dificilmente será erradicado. O exemplo deveria vir dos paÃses chamados desenvolvidos, mas as atitudes condenáveis de torcedores do futebol na Espanha e em toda a Europa, nos faz perder a credibilidade no ser humano!
1.3 Excelente entrevista. O uso popular e midiático do termo racismo estrutural não o torna real (como é vendido) ou significa que há bases cientÃficas para ele. Os dados da PNAD, PNADC, testes de Oaxaca-Blinder, dentre outros testes, de decomposição de salários, por exemplo, não acusam que a cor/raça seja o principal fator de discrepância de remuneração, variando muito de acordo com o coorte (de 2% a 30%).
2.3 O mesmo ocorre com uma mirÃade de termos de utilizados por ativistas/militantes, como racismo nutricional, racismo ambiental, supremacia branca, dentre outra pérola do pensamento identitário. A pergunta do jornalista ao entrevistado dá o tom de como teses pseudocientÃficas adentraram a mÃdia: “O sistema tributário brasileiro, que pesa mais sobre os pobres, em sua maioria pretos e pardos, não tem um componente racial implÃcito?”
A pergunta do jornalista é infeliz porque ela atende a uma lógica falaciosa. Se o sistema tributário brasileiro pesa mais sobre os pobres e se os pobres são na maioria pretos e pardos, logo o sistema tributário brasileiro é racista. Nãããããããooooo.
3.3O cancelamento do A. Risério coloca a FSP em outro nÃvel de adesão à s teses pseudocientÃficas por parte ativistas/militantes disfarçados de jornalistas. Por fim,há grande sinergia deste texto com o artigo de M. Lacerda, de 19/01/22,em que“Teses baseadas na existência de estruturas de dominação difusas têm o problema de desconsiderar lógicas complexas do campo intelectual,cultural ou acadêmico,em que disputas por benefÃcios econômicos e simbólicos são ferozes.” Racismo estrutural é um falácia.
O Brasil foi colonizado pelas ricas famÃlias europeias que tinham escravos todos pretos como objetos de compra e venda. Esta é a estrutura que permeiam os mais de 500 anos de colonização. Nunca houve a descoberta do Brasil. Aqui já existiam milhões de nativos indÃgenas que desfrutavam da riqueza e viviam sossegados até a chegada dos exploradores europeus.
E foi nesse momento que você acordou?kkkk
Segundo essa lógica, ser "disfarçado" não combina com "estrutural".
O que o professor não diz é que o Brasil foi criado a partir da exclusão de parte significativa de sua população. Desde o inÃcio, os desterrados vagavam pelo paÃs sem direitos e, em muitos casos, presos a formas de trabalho que lhes tiravam a liberdade. Foi nesse sistema que os escravizados ingressaram após a abolição, tornando-se a cara da desigualdade brasileira e, por consequência, vÃtimas do preconceito social. Hoje, negros são a maioria nesse processo, mas não são os únicos.
nos termos do autor, a posição em que os negros foram introduzidos na sociedade foi estruturalmente imposta, e da mesma forma preservada no processo da abolição. por outro lado, até pouquinho atrás não tÃnhamos qualquer programa estrutural de reparação. se a montagem das castas foi estrutural, o resultado decorre de processo estrutural, e tem pilar idem.
Enfim, é bom que academicamente os conceitos sejam discutidos, trabalhados, confrontados, aperfeiçoados. O problema é quando esse tipo de discussão filosófica chega à opinião publica e com que efeito. Dizer que termo melhor seria "racismo institucional" e não "racismo estrutural" (coisa que eu inclusive discordo) leva a isso: o titulo da reportagem da Folha é "Sodré diz que não existe racismo estrutural", solto assim, da a impressão que esta na linha de Sérgio Camargo...
Sérgio Ricardo tem lições nesse sentido. Ele colecionou uma série de rupturas ao longo da carreira para poder seguir firme pelo caminho da aproximação. Travou verdadeiros combates dentro dos movimentos burgueses de que fez parte, da Bossa Nova ao Cinema Novo, ao ponto de se transferir definitivamente para o morro do Vidigal. Não parava no discurso ou na bandeira. Suas atitudes foram conscientemente trabalhadas a favor da aproximação entre pretos e brancos como ele. SergioRicardo ponto com.
Será bem vindo o livro do Professor Emérito Muniz. Li o Racismo Estrutural, de Silvio de Almeida, que traz uma importante e cuidadosa discussão sobre o racismo no Brasil. A questão trazida por Muniz Sodré vem acrescentar dados fundamentais para aprofundar essa reflexão. Profundo conhecedor da cultura afro-brasileira, praticante das religiões e práticas, suas contribuições só vêm acrescentar mais dados para a reavaliação da história contada durante todos esses anos no paÃs.
Olhe para o social, vai encontrar a base para todas as discriminações do paÃs, intra e interraciais. O preconceito social é abrangente, transversal a todas as condições e ideologias. É de menor interesse à s narrativas, especialmente pelo desconforto que causa ao se constatar sua generalização pelos mais diversos grupos.
Realmente, a Lei Ãurea aboliu a escravidão negra. Mas a escravização de seres humanos nunca deixou de existir no Brasil. E claro, o racismo, o que para os escravocratas de todas as cores não passa de um detalhe sem importância para essa escravidão que não olha a epiderme dos escravos e como antes, sem as justificativas raciais, o que interessa é explorar ao máximo algum pedaço de carne que dê lucros. E só. E escravocratas são gente de bem, são pais de famÃlia e frequentam templos religiosos...
Brilhante!
Alegria! Alegria! Há sinais claros de inteligência e reflexão neste paÃs!
Não André, é perceber que a imbecilidade estrutural está cedendo.
Você leu a reportagem? Entendeu os conceitos de racismo estrutural e racismo institucional? Não entendi a expressão de alegria... Racismo, seja ele qual for, não é motivo pra alegria, não. O que vc procura? Legitimar seu negacionismo em relação ao racismo? Seria bem interessante se respondesse estes questionamentos.
O tal de ‘lugar da fala’ é outra falácia que precisa ser desmistificada. Criam-se conceitos (?) ou jargões que são acriticamente reproduzidos e havidos como totens.
Por que você acha que o lugar de fala é um jargão e não um conceito legÃtimo? Você acredita que o negro ou a mulher negra não é capaz de discorrer sobre sua própria existência? Você já sofreu racismo?
Muniz está confuso. Estrutura orgânica do Estado não funciona. Racismo estrutural funciona. O primeiro é objetivo, é feito pra funcionar pra alguns; o segundo é subjetivo, histórico, funciona pra todos os negros.
Muniz Sodré ilumina nossas reflexões com seu discurso didático e mais do que lúcido, necessario. Percebemos sua preocupação em dar conceitos e explicá-los, em dar uma direção discursiva e guiar quem quiser se aventurar em suas reflexões. Tenho orgulho de poder dizer que esse intelectual de altÃssimo nÃvel é brasileiro como eu. Ler esse cientista social é mais do que necessário para demonstrar quantas vezes for preciso que "o branco" jamais foi prejudicado no Brasil por questões raciais.
Existe estrutura e leis que prejudicam o branco dando cotas e privilégios aos negros. Silvio de Almeida, Djamila Ribeiro e outros espertos, ganham dinheiro impulsionado e vibrando o rascismo, que enxergam até na cor do asfalto!
Ulrich, não concordo com a opinião do Ênio; porém, quanto à gramática, ele fez a concordância correta. O verbo de sujeito posposto admite a concordância com o núcleo mais próximo. A concordância no plural, com os dois núcleos do sujeito, também, claro, seria correta. Ulrich, precisas estudar.
Preferia ser cego - para não ter de ler uma coisa dessas. Refiro-me à falta de concordância do verbo "existe" com seus dois sujeitos (estrutura e leis). Precisamos de cotas para esse tipo de deficiência
Meu amigo, o branco é prejudicado comparado ao negro? Leia a matéria novamente e Conte mais sobre isso.
Concordo com o Moisés, racismo se combate com aproximação, o oposto de segregação, por isso sou ferrenho defensor de cotas em todos os âmbitos. Faltou esclarecer porque acha a que aproximação combate o racismo se afirma que ela o exacerba pela proximidade entre os diferentes. Até concordo que num primeiro momento isso possa ocorrer em ambientes em que o predomÃnio branco é absoluto mas não pode permanecer sob pena de inviabilizar a convivência e a experiência demonstra que isso não acontece.
Parabéns pelo esforço de definir conceitos. Existem conceitos quando analisáveis, descortináveis. Conceitos inefáveis, intangÃveis, não falsificáveis são do domÃnio da fé. Um racismo assola o Brasil que podemos chamar sistêmico, estrutural, disseminado, espraiado, espalhado, cultural, etc. É preciso analisá-lo e defini-lo. Muniz usou uma definição de estrutura, outros a definem diferentemente. É preciso, claro, uma concordância entre o real e as definições. Muniz o faz de maneira criteriosa.
Parabéns pelo o esforço de definir conceitos. Existem conceitos quando analisáveis, descortináveis. Conceitos inefáveis, intangÃveis, não falsificáveis são do domÃnio da fé. Um racismo assola o Brasil que podemos chamar sistêmico, estrutural, disseminado, espraiado, espalhado, cultural, etc. É preciso analisá-lo e defini-lo. Muniz usou uma definição de estrutura, outros a definem diferentemente. É preciso, claro, uma concordância entre o real e as definições. Muniz o faz de maneira criteriosa.
Por que algumas pessoas parecem achar que para se fazer o debate seria preciso desqualificar alguém ou as suas ideias, quando na verdade o debate se dá em termos de argumentos contrapostos ?
Professor Muniz Sodré, intelectual renomado e professor de excelência sucumbe sua contribuição ao conhecimento e à luta anintiracista da mesma forma que FHC fez em anos passados abdicando de um pensamento revolucionário e partindo para a pactuacao com as elites transferindo para os negros o papel conciliador e subserviente tão ao gosto do poder e do capital. Quando diz que o confronto de narrativas não combate o racismo mas a atitude "pagamento por aproximação" propõe o mais de sempre.
"se fosse estrutural, já teria sido derrotado". mas que bela asneira.
´cê certamente sabe explicar melhor o que pretendia dizer, não?
Penso que ser isento é uma premissa de suma importância para quem utiliza-se de um meio de comunicação tão importante como a FSP. Meias verdades ou enviesadas precisam de um contraponto. Pelo que compreendi do sociólogo, hoje podemos escolher se somos pretos, brancos, pardos. Para ele, Nilo Peçanha não optou pela oligarquia, pela Maçonaria, pelo militarismo, por ser 1/2 branco. Microfascismos e preconceitos estão em todos nós. História, filosofia, psicologia e sociologia revisitarão seus termos.
Um meio de comunicação tão importante como a fsp deveria ser isento. E não eh.
Tanto é estrutural que vc sequer conseguiu entender.
Bom, o tema é atual e demanda muita discussão séria e embasada. O entrevistado reproduz inúmeros preconceitos. Menciona sete vezes o terreiro Ilê Axé Opô Afonja, como um mantra para angariar adeptos. Diz que o "racismo ocidental vem da IC, e padres são carrascos". Quando menciona Nilo Peçanha, diz que "a mãe era meio clarinha", "polÃtico brilhante e abolicionista", e esqueceu de dizer que era um apoiador das oligarquias cafeeiras e dos militares. E Monteiro Lobato "grande modelo de eugenia".
Claro que a definição precisa dos termos conta; mas, ao ler a entrevista, e sem ter lido Silvio Almeida, fico com a suspeita que os dois se referem à mesma coisa quando um fala "estrutural" e o outro, "institucional"...
Sim, e como ele mesmo reconhece, o conceito de racismo estrutural não é cientÃfico, é polÃtico e é disso que se trata.
Eu sou professor municipal e não conhecia as postulações desse professor, toda vez que tenho que estudar com os meus alunos sobre racismo, ou mesmo quando o tema aparece na aula, eu procuro lançar luz sobre o eugenismo, ultimamente, para falar também sobre o momento de seu ressurgimento por aqui, das teorias nazifascistas.
Não precisa de ciência pra essa constatação. Basta olhar nas empresas, nos cinemas, no público que frequenta teatros e lugares caros e chique. O Brasil é um paÃs de casta.
Maria, você é branca. Quem olha para a cor da pele de uma branca?
Sou branca e frequento teatros e alguns lugares caros. Algum determinismo social que me privilegia em detrimento de não brancos? Não, nasci classe média/média baixa no subúrbio do Rio. Meu "privilégio" foi uma famÃlia que sempre me incentivou muuuito a estudar, estudar e estudar. Minha aprovação nos exames de admissão (acesso para o ensino médio), vestibular e concurso público deve-se unicamente a isso, ninguém viu a cor da minha pele. Aliás, nem se perguntava isso nos formulários de inscrição.
E as leis anti cultura negra, pós-abolição? E as proibições de posse de terra? Tudo bem institucionalizado e assim estrutural. E um texto inteiro sobre racismo sem comentar as diversas leis de drogas? E o racismo do movimento negro, candomblé, umbanda, que apoiaram a proibição da maconha na década de 30? Tem alguma coisa que não encaixou nesse discurso do Sodré. De resto, excelente como sempre
Foi meu professor na Esdi; brilhante!
Na minha opinião, a parte mais importante da entrevista é quando o Muniz diz que temos de encontrar nosso próprio modo de combater o racismo ao invés de importar conceitos prontos dos EUA, que possui outra realidade. Senão, acaba sendo apenas uma forma de mascarar o problema brasileiro, fingindo um combate, onde uns poucos se beneficiam e a maioria continua sofrendo.
Racismo nos eeuu. O negro tem uma carabina apontada para sua testa. Racismo no Brasil. O negro tem uma carabina apontada para a sua nuca.
Hahahahah, essa foi uma comparação bastante didática, gostei, ilustra bem.
Muniz otimo como sempre. Alem do seu tempo
Será que tudo isso é despeito por SÃlvio de Almeida ter sido escolhido? Muniz Sodré era tão importante... Agora servindo aos propósitos do jornalismo da elite do atraso
SIm, o seu parente Silvio Almeida é o centro do universo. Tudo é sobre ele...
esse conceito de estrutura de muniz me parece mais funcionalista que estruturalista.
Excelente!!! Quero ler o livro… brilhante como sempre, professor Muniz Sodré. OüOüOüOü
Embora não concorde com questões pontuais do discurso do entrevistado, reconheço sua linguagem lúcida e raciocÃnio superelaborado.
Aceito a expressão, mas racismo não é estrutural no Brasil, diz Muniz Sodré. A este faltam conhecimentos mais profundos ou está blindado a serviços de terceiros tipos 5 colunas copo deleite rasterizado?
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ilustríssima > Aceito a expressão, mas racismo não é estrutural no Brasil, diz Muniz Sodré Voltar
Comente este texto