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MARIA STELA C MORATO
Belíssima entrevista.
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Marcelo Magalhães
Em todos os ciclos econômicos, a mão de obra escrava foi quem traduziu a madeira, o ouro, a borracha, o café todos em espécie. E essa potência transformou o país no maior traficante de escravos do planeta. É estrutural, na medida em que um golpe de estado de 2016 devolve a população negra à fome e miséria, recuperando assim o poder de acumulação da classe financeirizada. Se o modelo é reproduzível, há elementos estruturais.
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Marcelo Magalhães
Exato Ney Fernando, obrigado pela sua intervenção. Estatisticamente o pleno emprego deve ficar em torno de 4% de desempregados. O Brasil atingiu a 29% da população abaixo da linha da pobreza no governo anterior, mas tinha sido excluído desse clube na gestão do PT, com certeza com resíduo atribuido a turnover fisiológico. O que afirmei é que o golpe ressuscitou a escravidão, como modelo histórico de sucesso econômico liberal. Portanto estrutural.
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Ney Fernando
Salvo engano de minha parte, antes de 2016 a população negra também não estava livre da fome e da miséria. "O seu comentário não pode ser publicado automaticamente. Há palavras no seu texto indicando que uma moderação prévia será necessária. Caso queira publicar seu texto assim mesmo, clique em Enviar."
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Ulrich Dressel
Estranhei o título - a tese de Muniz Sodré. Mas ouvindo-o na entrevista, posso dizer que o que ele descreve é o que eu imagino quando do uso do termo "racismo estrutural". Ou seja, continuamos juntos. É um assunto antes teórico que prático. Parabéns pela matéria.
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RODINEY DA SILVA E SILVA JR
Um intelectual negro que exalta a sua religião (candomblé) e a cultura negra (?). Isso me lembra um intelectual branco que exalta a sua religião (cristianismo) e a cultura branca (?).
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LUIZ FERNANDO SCHMIDT
Mas, que eu saiba, o Candomblé e a cultura negra nunca quiseram subjugar o Cristianismo e a cultura branca. Faz diferença?
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Valter Junior
Acho que os estruturalistas discordam.
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Antonio Neto
Se eu pudesse, gostaria de cumprimentar Muniz Sodré pela lucidez, inteligência e conhecimento. Eles resultam em clareza e simplicidade na análise de uma matéria recheada de incógnitas. Parabéns à Folha pela qualidade da entrevista. Acho que foi a melhor abordagem já vista sobre racismo no Brasil. A visão científica é precisa e preciosa. Certamente comprarei o livro. Sou um tipo de leitor voraz que corre atrás dos raros talentos que sabem o que se sabe. E também o que não se sabe.
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Marcos Benassi
É talento em extinção, esse, admirável mesmo...
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José Cardoso
Essa coisa do medo associado ao candomblé é muitas vezes surpreendente. Ouvi uma vez um chefe de manutenção mecânica, branco, reclamar que não foi avisado antecipadamente de que alguém que ele tinha tratado mal 'batia tambor'. Supostamente se ele soubesse teria pegado mais leve...
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Denilto Carlos de Carvalho
Não é necessário ser institucional para ser estrutural.
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Landson Abercrombie
O debate é rico e deve ser estimulado. Principalmente nas salas de aula.
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Luiz Pinheiro da Guia
Essa estrutura ainda existe. Mas velada.
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Enir Antonio Carradore
Tive a grata oportunidade de interagir com o professor Muniz Sodré, embora à distância, como pesquisador da Cátedra Otávio Frias do IEA/USP, durante meses nos anos 2021/2022. Passei a admirar a sua luminosidade intelectual, a ler seus livros e artigos publicados na Folha (há um comentário meu em cada um deles). Agora descobri, a par do conteúdo do novo livro, que é faixa-preta de caratê; eu sei de quanta disciplina e dedicação precisei para obter minha faixa-preta em 2001. OSS!
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Marcos Benassi
Hahahah, devagarzinho é que a gente vai conhecendo os colegas de Ágora! Eita, privilégio dos bons, hein, meu caro? Invejei...
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Adriana Santos
Se é institucional, na prática não termina sendo estrutural também? A Lei Áurea não acabou com a estrutura escravista no Brasil. Essa estrutura se mantém vivíssima em todas as instâncias de poder.
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Pablo Lima
Boa pergunta! Sodré não define instituição... qual seria a diferença com a estrutura?
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Décio Estevão Do Nascimento
Muita rica e científica a visão e a proposta de Muniz Sodré sobre o racismo no Brasil. Interessante o contraponto que faz em relação à ideia do "racismo estrutural", sugerindo a noção de "forma social escravista", assim como a diferença entre "sociedade" e "forma social". Só lendo a reportagem aprendi muito, vou agora beber mais diretamente no seu livro. Bravo.
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LUIZ ALBERTO LEAL
O entrevistado desenhou bem o r4ci$mo estrutural.
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claudio menezes
Que pensamento claro, inteligente e propositivo! O Muniz Sodré é talvez o nosso melhor pensador atual, que sabe pensar o Brasil como ninguém
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Cleomar Ribeiro
... O que se vê por aqui é: ... hoje é escravo, amanhã se torne dono de escravo!!!... este com desejo de melhorar sua vida se torna um operador de donos de escravos, se passa a ater escravo e nunca deixando de ser escravo, dois em um corpo só!... a propaganda é gigante na atmosfera, todos estão bailando e cantando esta canção por aqui!... Do we have slaves???- Indeed, we do!!!...
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Marcos Benassi
Hahahahah, boa, teve graça. Escravidão e ditadura é sempre aquilo que acontece no país dos outros.
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André Silva de Oliveira
Pelo que entendi, o conceito de instituições do entrevistado, se é que ele o enuncia no livro, não coincide com o que é utilizado pela ciência política e economia, o que acaba um gerando discussão metodológica com certa repercussão relevante. Mas não posso criticá-lo sem antes ler o livro.
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Marcos Benassi
Orra, que entrevista excelente! O sêo Muniz é uma potência, mas nunca o havia visto: agora, aquela imagem magrinha, ágil, com a informação de que é judoca, bateram perfeitamente com a percepção de um pensamento de luta, de intelectual público. Foi muito bom, mas é muito denso: preciso deixar de lado a preguiça e LER Muniz Sodré, não só excertos do pensamento aqui na folha. Que alguma divindade afro me inspire e me dê forças!
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RICARDO TEIXEIRA MARINHO COSTA
Talvez não seja estrutural , mas é estruturado .
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Vanderlei Nogueira
Única política brasileira - Política racial de migração em massa para reformas trabalhistas, políticas e principalmente étnicas, represália à migração Europeia do Século 19 e 20, retirar o branco europeu das empresas...
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Jaime Souza
Observe que ninguém se diz racista, mas muitos tem plataforma de campanha como deputados, vereadores e até presidentes se afirmando abertamente homofóbicos. É tão grave a situação que os próprios negros e mulheres nos demonizam e excluem em todos os ambientes possíveis - já presenciei de tudo, inclusive trabalhando no judiciário e em comissão do TCU.
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Leandro Righi de Sousa
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