Lygia Maria > Que feminismo queremos? Voltar
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Boas colocações, como sempre
nunca sabemos ao certo se a regente de fato fez o que alegam que ela fez...parei de ler aqui. ou a Senhora não assistiu ao filme integralmente ou sei-lá-o-quê quer argumentar. tem todo o direito. ainda bem que se trata de uma obra de ficção...
Vivemos num tempo tão difÃcil de dialogar que mesmo uma coluna como esta imagino tenha sido desafiador escrever.
O feminismo que eu quero é igualdade de gênero no trabalho, na sociedade, zero violência doméstica. Mas que ainda tenha homens que consigam ter ereção, lidem com da autonomia da mulher feminista, e principalmente deixem velhos dilemas nos séculos passado.
provavelmente morreremos sem ver isso acontecer.
O feminismo que queremos é o que conseguiu e segue conseguindo avanços para as mulheres desde o direito ao voto.
Nas relações eróticas há de fato jogos de poder e cada relação estabelece suas escolhas. No entanto tais jogos de poder precisam ser absolutamente consensuais, do contrário aquilo que em tese apimenta a relação erótica se torna opressão, violência e subaternidade indesejada e massacrante.
É uma reflexão interessante, principalmente quando percebemos que, até o momento em que escrevo, o único comentário de mulheres aqui foi para atacar, silenciar. Aliado a isso, a maioria de comentários de homens respondendo sobre "que tipo de feminismo" eles querem... Muito a refletir mesmo....
O feminismo que queremos é aquele em que nosso corpo possa ser respeitado, que o não seja não sempre e que parem de nós matar... Simples, Doutora!
Leia o texto, reflita, depois comente... sugestão.
Lygia, prezada, meteu a mão num enorme e denso balaio, hein? Fico tentado a discutir sobre uma chefa brilhante e destruidora que tive, mas como o espaço é pequeno, aposto em coisa mais operacional: dia desses, nesta folha, uma reportagem duvidosa esculhambou um produtor de café. À parte a possibilidade dele ter mesmo usado mão-de-obra ilegal, era tanto buraco no texto e na ação do MPT que me espantei. Os colegas que comentaram, crucificaram. Um outro e eu, duvidamos. Estarreci.
Creio que precisamos de espaços de fala com equidade. Urge a necessidade de nos entendermos enquanto espécie. Temos que aprender a respeitar as falas, principalmente as que contrariam a nossa forma de compreensão do mundo. Dentro de limites, lógico.
Como a personagem do filme, a senhora deveria ser cancelada por ter contado o final.
Não é real não. Também pensei que era, mas li uma reportagem que esclareceu isso
Vc tá ligado que é uma história real né...?
Cara Lygia, curti muito sua coluna e vou tentar ver o filme, assim q der. "Que feminismo queremos?" Tentarei (com um medinho de ter meu pescoço decepado): Olha, o feminismo q gostaria é aquele de homens e mulheres conscientes de seu papel na sociedade (abomino a palavra poder nas relações afetivas, não cabe) e de q somos importantes uns para os outros, respeitando direitos uns dos outros e buscando juntos sempre a equidade de gênero. Mas também cientes de q não existe culpado(a).
Estamos há séculos abrigados no guarda-chuva do capitalismo q é sim o DNA do machismo, racismo e demais ismos e preconceitos. Temos a sociedade inteira q ao longo de décadas foi subjetivada pela cultura, cinema e grande mÃdia q impregnou as mentes com imaginários viciantes e distorcidos de beleza (estéticos, sexos, sucessos, modelos), padrões q retroalimentam demandas do capitalismo. Portanto, temos de nos entender e saber q nem todo outro e nem a maioria, é o inimigo. Talvez a minoria.
Poi Zé, meu caro, creio que é essencial compreender profundamente nossa adesão, gozosa ou não, ao espÃrito cultural que nos conforma: somos, sempre, portadores do modelo mental da época. Que, evidentemente, tem variações entre grupos, assim como entre pessoas - mais ou menos esclarecid@s, mais ou menos relutantes em relação à autocrÃtica, variadamente ativos em sua luta em favor da compreensão e mudança. É, creio, o sentido profundo de utopia, que pode manter-nos em busca de civilidade.
Já que não podemos nos livrar do verdadeiro inimigo, que é o capitalismo, a quem infelizmente estamos todos irremediavelmente submetidos. Ele sim, detém o poder, e não permite nos livrar. Então, que venha um Feminismo que entenda que ainda... "somos quem podemos ser". Mas vamos melhorando, sem que ninguém precise marcar, estigmatizar, lacrar ou cancelar ninguém.
Lygia, eu ia ver o filme hoje. Você contou tudo no primeiro parágrafo!
Percebi isso também. Muito chato isso. Faltou avisar...faltou respeito pelo leitor.
O filme problematiza duas questões bastante interessantes: 1. O caráter do autor é relevante para a avaliação da obra? 2. A máxima de que o poder corrompe independe do gênero?
Sua primeira questão, prezado, anda muito na berlinda, particularmente com os russos, ultimamente, e com relação aos Bozofrênicos, no último quadriênio. Nenhuma dessas duas que aponto dizem respeito, diretamente, ao "caráter", é verdade, mas ao menos tangenciam-no, na dimensão civilizacional. Mas não é questão nova: lembremo-nos do Nelson Rodrigues e seu reacionarismo, contrastado com sua obra genial. Ou o compositor Elomar Figueira de Melo, Portento, Bozolóide convicto: admiro sem restrições.
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