Ronaldo Lemos > A intimidade artificial virou o mal do século Voltar
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Acho que também vale ver o outro lado. O quanto as pessoas se mantém interessantes? Quantas pessoas carentes de atenção não tornam as relações pessoais maçantes, repetindo sempre as mesmas bobagens que não interessam a ninguém e cobrando atenção dos outros? Eu mesmo acabei com várias relações por causa disso, pois as pessoas só falavam as mesmas coisas, todos os dias, e eram incapazes de falar sobre qualquer coisa que não fossem suas próprias rotinas. O celular é consequência.
Já estou enviando sua crônica para as gentes de todas as gerações. Maravilhosa . Ainda acho que vai surgir um negócio para desconectar e espaços netless
Eu ontem tive uma grata surpresa ao ler uma sessão aqui da folha na qual nunca havia botado os olhos: "nosso estranho amor". Uma graça, uma historieta afetiva divergente da média, uma simpatia. Se eu entendi bem, um ótimo quarteto jornalÃstico se reveza, trazendo causos. Vou ficar de olho agora.
Então leia o que foi escrito, um dos melhores projetos da FSP
Xiiiiiii, carÃssimo, essa é só a metade visÃvel da história; tem a outra, discreta, que diz respeito aquilo que se passa dentro dos sujeitos. Receber e dar atenção, se relaciona com a presença e o vÃnculo com o outro: para além da atenção, tem o conteúdo que se dá, relacionado a@ camarada se observar, ter noção dos processos pessoais, de suas pulsões, seus próprios conflitos etc. A qualidade daquilo que se pode oferecer à contraparte, né bolinho não, também deve estar numa decadência de dar dó.
A sua intervenção é um excelente complemento ao texto do autor. Obrigado por sua contribuição.
excelente !
Não é nem de longe a experiência que se está tendo em todos os locais. Sem querer ser ou parecer querer ser contraditório, a sociedade, inclusive a americana, está tendo uma enorme possibilidade de ser ver. Isto é extremamente importante. O que incomoda é que as pessoas se veem nas outras, que fazem videos e postam: vÃdeos que são vistos por familiares, que passam a ter base para questionar a própria relação em casa. O ver-se e filma-se é um meio. Ou seja: se não se quer, basta não fazer uso.
Muito importante está reportagem. Vou pesquisar sobre essa psicóloga. Foi um alerta pra mim e para os ambientes que frequento.
O filósofo Bauman disse algo parecido. O uso do celular e das redes sociais estão tornando nossos relacionamentos menos vÃvidos.
Terminei dois relacionamentos assim. Em ambos, eu me preocupava com os problemas dos dois, levava toda a relação sobre os meus ombros. Mas os outros viviam para banalidades no smartphone, incapazes de falar sobre quaisquer assuntos sérios e necessários da vida e do cotidiano. Com o passar dos anos, aceitei que tentar se relacionar com pessoas viciadas em redes sociais e ou em games é sufocante e destrutivo, pois são obcecadas por estÃmulos e fantasias. Todas as responsabilidades restam para nós.
Coisa difÃcil é se livrar do celular pois é o acessório tudo-em-um. Quem hoje em dia consegue ficar sem o dito cujo, sendo que serve tanto pra lazer quanto trabalho? As fronteiras se misturam.
A vida imita a arte - no caso, a arte distópica.
Está aà um problema muito sério porém pouco comentado. Nós estamos começando a sentir as consequências da criação da unidade indivÃduo-celular.
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