O machismo brasileiro é institucional. Esperam-se atitudes masculinas e femininas. Delimitam-se responsabilidades diversas aos gêneros, responsabilidades estas das quais não se abre mão, independente delas serem a causa de conflitos e vitórias dos mais fortes. Aqui não é preciso reforma das relações e sim revolução. Não é os caras serem mais bonzinhos que vai resolver, é a independência. Quem depende reclama de seu dominador. Se não dependesse, não reclamaria, sumiria para outras plagas.

o machismo nunca vai acabar, Vera Iaconelli. isso na minha geração de final dos anos 90. e está pior na subsequente, dos de 2000 pra cima. Vejo muita coisa errada.

Ah, caríssima, não tenho o que acrescentar, só a subscrever - e enfatizar a trabalheira que dá e os riscos que se corre ao aderir a estas proposições (do ponto de vista masculino, digo). Contribuo pela tangente: curioso o que ocorre quando é a mulher a tomar posturas de agressão, autoritarismo e abuso. Quando sobre outras mulheres, tem mais chance de serem vistas com horror, do que quando sobre homens - neste caso, presenciei passadas de pano, como que justificadas pelo machismo histórico.

Um texto muito bom, que aborda o problema de uma forma inteligente, inclusive na representação dos movimentos "reacionários". Parabéns.

Texto esclarecedor. Mas será que o povão made in Brasil sabe ler e compreender um texto como o da psicanalista Vera? Será que o povão e os 'sabidinhos' da Folha vivem -e gozam- do seu enceguecimento histérico sobre este assunto? Que fazer? Eu não sei e desisti.

Texto lindo é e necessário