Infeliz Machado. Primeiro o retrataram branco. Como podia tão celebrado talento habitar pele escura. Branco, óbvio, só branco prá escrever assim. Agora, com a onda revisionista, o retratam negro. Prova de que o africano podia manejar com habilidade a arte da literatura do branco, e seus espíritos. Machado não era preto, nem branco na cor. Era mulato, filho de mãe negra e pai português. E talvez dessa combinação de Europa, África e Brasil tenha brotado seu gênio. Por que Deus existe. Ou deveria.

A fratura começou com a escravidão e nunca mais se teve unidade social. Aqui prevalece a nefanda cultura do "um mana e o outro obedece" .Um pais mergulhado na cultura do faz de conta, e que só autêntico na miséria material e espiritual trazida pela Casa Grande e a grande senzala em que nos tornamos. Presa fácil dos populistas de todos os matizes enquistados nos três poderes e suas instituições.

Uia, o Machadão pegou praia!!!!