Seu posicionamento está correto. A análise de Brenner me parece superficial e equivocada. O socialismo surgiu como uma variante do Iluminismo Radical a partir de Spinoza, judeu, mas radical por que anti clerical

O fenômeno de tantos judeus haverem se tornado socialistas, muitos deles líderes e pensadores, decorre a meu ver das condições de vida de suas comunidades no Leste Europeu, pobres, excluídos, sob férrea subordinação ao Estado, aos rabinos, aos pares e aos pais. Para o jovem judeu se tornar socialista era uma libertação de tudo isso.

O partido no Poder da Alemanha após a I Guerra, era o Social Democrata, comandado pelo socialista Kautsky, o que fragiliza a tese de Brenner. O bolchevismo de Moscou através do Comintern elegeu como principal inimigo a esquerda socialista, não os nazistas. Os comunistas do Kpd, se aliaram aos nazistas para combater os social-democratas..- Em 30 Ossip Piatnitsky., tesoureiro do Comintern, escreveu o artigo É Preciso arrancar as Massas aos Social-Democratas.-

Vós eles têm, os ouvidos é que se fecham ou fingem não ouvir seus gritos e súplicas, lamúrias e lamento diários...

Luis Carlos, e eu acrescento que o Holocausto não incluiu apenas alemães e outros judeus europeus, mas tambem alemães e outros europeus que se opuseram ao nazismo, homossexuais, doentes mentais, epilepticos, pessoas com defeitos fisicos, o povo Roma ou Romani ( ciganos), etc. E pouco se fala sobre esses milhões de vitimas do nazismo ou sobre os milhões de vítimas da escravidão e sobre os nativos das Americas, vítimas da brutal colonização pelos cristãos europeus.

Que comentário horrível, que falta de empatia e de sensibilidade. Toda violência, toda degradação, todo sofrimento deve ser abominado e você não precisa rejeitar ou criticar o holocausto para validar o sofrimento e a barbárie absurdos da escravidão dos negros. Você só escreve o que escreveu porque não são seus parentes que foram assassinados pelos nazistas, como os meus. Se quer se respeitado, respeite os outros; trate o próximo como gostaria de ser tratado.

Devíamos lembrar do que fizemos as eternum

Uma coisa não invalida a outra. Os fatos mostram que o anti-semitismo está cada vez mais vivo e que os neofascistas continuam em plena atividade. Lembrar e denunciar é necessário, sim.

Mas os milhões de seres humanos cujas vidas importavam, cujos sonhos importavam, foram mortos conscientemente por outros seres humanos. Isso haverá de pesar sempre nas mentes de todos os que acreditam na vida social livre de racistas, escravocratas, homofóbicos, misóginos, excrescências cujas existências devemos abominar… Esquecer????

Primeiro, Hélio é judeu. Segundo: 1/3 da população do planeta é de cristãos. Cristo veio à Terra como judeu. Daí a afinidade com eles. Não dá pra fugir do assunto, amigo. Você sabe o que é noção de pertencimento ou sentimento de pertença?

Meu amigo, há colunas e artigos aqui na Folha falando sobre diversos assuntos, para todos os gostos e preferências. O antissemitismo e o neonazismo não dá sinais de que vai acabar. Por que omitir ou calar justamente a memória do holocausto? Já dizia Edmund Burke: "Um povo que não conhece sua História está fadado a repetí-la."

Parece a Regina Duarte falando.

Luis Carlos, se você não gosta do que o colunista escreve, pare de ler. Enquanto a folha ter ele como jornalista, ele tem o direito de escrever o que quiser nesta coluna de opinião.

Esse fato pavoroso aconteceu há apenas 100 anos. É necessário lembrar as coisas importantes, especialmente para os jovens.

Não cabe a mim dizer quem deve ou não virar a página. Por outro lado concordo que os judeus não foram os únicos massacrados da história. Quando quero citar genocídio penso imediatamente na conquista da América e o extermínio de nossas populações originárias aliado à escravidão africana. Coisa secular pra Hitler ou Stalin nenhum por defeito.

Você também pode virar a página e ler, sei lá, a Tati Bernardi.

Jura que você acha que devemos virar a página? Mas como iremos fazer quando a próxima barbárie bater à porta? Eu me sinto mais segura com a gente seguindo pensando sobre as grandes tragédias que a nossa espécie inventou para si.

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