Lygia Maria > Corpos em disputa Voltar
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Os identitários são tão mesquinhos e desprovidos de empatia com os demais grupos que chegam a ser ridÃculos. Quer um exemplo, vamos lá: as identitárias feministas exigiam pouco tempo atrás que a presidente Dilma Rousseff fosse tratada como presidentA, afinal, segundo elas, presidentE serve só para os homens. Pois bem, agora os identitários trans exigem exatamente o contrário, que tudo deve terminar em "E", nada desse negócio de palavras terminadas em "A" nem "O" porque o gênero é fluido. Pode?
Porque não criar a categoria Trans?
CorretÃssima as colocações. Mas apontar o óbvio é algumacoisafóbico hj em dia.
Uma outra abordagem é acabar com a separação por sexo nos esportes. Vença o melhor e mais rápido, não importa se homem ou mulher.
O vôlei, citado como exemplo para o argumento, é um esporte em que a média de altura dos atletas da seleção do masculino é de dois metros. Se qualquer um deles tivesse a estatura média do homem brasileiro, chegaria na seleção? E no basquete então? Querer "justiça biológica" no esporte é piada. Existem estudos sérios para saber quanto tempo de terapia hormonal é necessária para equalizar os atletas em relação à testosterona, e existe o preconceito de gente de extrema direita, como a Lygia.
Ô, Fernando, não diga uma coisa dessas... Quer dizer que se um cavalão de 1,85 metro resolver ser mulher lá pelos 18 anos de idade vai poder disputar a prova de natação no meio da mulherada só porque fez terapia hormonal? É isso o que você está defendendo?
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Fernando, os pesquisadores Emma Hilton e Tommy Lundberg fizeram um estudo para analisar justamente o peso da supressão da testosterona em atletas trans. Conclusão: biologicamente os homens levam uma vantagem de 30% sobre as mulheres. O tratamento para diminuir os nÃveis de testosterona ao longo de doze meses, que é o prazo fixado pelo COI (Comitê OlÃmpico Internacional), diminui essa vantagem para 25%. Ou seja, o homem que vira mulher continua forte do mesmo jeito. Informe-se melhor, Fernando.
RidÃcula e exagerada? RidÃculo e exagerado é chamar uma constatação de ofensa ou generalização. Basta ler as últimas dez colunas da autora para saber em qual espectro polÃtico ela se encontra. Se isso virou ofensa, sinto muito.
Num mundo normal, o argumento utilizado para responder à autora, válido, seria suficiente. Mas num mundo polarizado, parece que o comentário tem que incluir uma ofensa, uma categorização, uma generalização (nesse caso, ridÃcula e exagerada) para diminuir o pensamento da articulista - e também para marcar território. Triste.
É isso aà mesmo, Lygia.
Quando leio (à s vezes o tÃtulo me chama a atenção) a coluna desta articulista, me surpreende a falta de ideias profundas, a brevidade que ela trata de coisas complexas e o uso de coisas óbvias como justificativa. Fico surpreso pela posição pouco elevada estampada num grande jornal. Sem sacanagem, parece redação do ENEM. Mas no que tange ao mérito do artigo, ela está certa, até porque é algo um tanto óbvio. Em breve teremos a discussão em todos os esportes.
É, prezada, a questão deve ser discutida comuito cuidado. Uma possibilidade é essa que você expressa: o recorte da admissão no esporte pelo viés da pré-puberdade; outro, a criação de categorias especÃficas. Um terceiro, a admissão de que o dopping é incontrolável e que seja prática aceita no esporte de altÃssimo nÃvel. Nessa esfera, já não se relaciona absolutamente com saúde, muito pelo contrário; os esforços de dopagem são imensos, de enorme sofisticação e de cada vez mais difÃcil identificaçã
Tem dias que eu amo esta coluna. Tem dias que eu odeio esta coluna. Tem dias que eu apenas leio e desejo que esta escritora continue no jornal. Para bem ou mal, precisamos da Lygia por aqui. E ainda não vi Tar, inconformado.
Apesar de a senhora ter feito um dos maiores spoilers que se tem noticia no seu artigo passado, neste eu concordo plenamente com sua tese.
É só criar competições exclusivas para transgêneros
Concordo com a autora.
Para estes ideólogos identitários, até a Ciência tem que se dobrar a eles.
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