Vera Iaconelli > Uma facada no coração da escola Voltar
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Belo texto. SensÃvel e apropriado para esse momento trágico. Aliás mais um no ambiente escolar. As polÃticas publicas no estado de SP para as áreas da educação e segurança nos últimos 30 anos foram devastadoras. Infelizmente, muitos de nós contribuÃram ao manter o tucanato no poder. Gestaram o PCC, desmantelaram o ensino público, desvalorizaram a carreira de professor, retiraram a autoridade das escolas. FamÃlias deixaram de exercer seu papel. O cerne da questão vai além do adolescente homicida.
Impecável análise Vera. Uma vez mais sendo precisa em apontar onde estão as causas desse horror que vem se repetindo. E que certamente não serão resolvidas com policiais postados nas portas e pátios das escolas. E, sobretudo, sem apelo ao luto é fundamental, pela inestimável morte e Elizabeth mas também pela perda de esperança que episódios como esse nutrem.
Excelente matéria! Humanização nas relações é o que falta na sociedade contemporânea e, consequentemente, no espaço escolar...
Penso no que o adolescente quis matar nele mesmo quando desferiu os golpes contra outras pessoas: talvez o usufruto de um ambiente que possibilita suportar uns aos outros, de conviver entre diferentes visões e condições de estar no mundo. Os docentes têm concepções pedagógicas diferentes, os alunos levam questões do seu cotidiano para a sala de aula, existem divergências nesse ambiente. Uma visão supremacista ou muito bitolada tem poucas chances de proliferar num ambiente plural como é a escola.
E a contradição disso tudo é que a escola existe também exatamente para socializar as crianças, para que elas aprendam a viver razoavelmente bem em sociedade.
Ótimo texto!
Eita, Vera, carÃssima, que texto delicado e bonito. A escola, particularmente a pública, é uma sobrevivente - como, aliás, o SUS. A privada, tem dado uns exemplos péssimos, como fez uma de elite, recentemente, ao excomungar uma professora por um bom documentário apresentado em sala. Escola é espaço de resistência, como comprovam as universidades federais, demonizadas pela Bozonéscia durante um quadriênio: continuaram a trabalhar e a nos entregar sua reflexão. Força, professor@s.
Marcos, como sempre, concordo contigo. As escolas públicas não sei como ainda existem e as privadas são ilhas da fantasia.
Obrigado, Sr. Marcos! O "nosso" Roberto Freire, era uma mistura maravilhosa e saudável de Bakunin e Wilhelm Reich. Passei dos limites, né?
Tem toda razão, caro Gildázio. E, apenas lembrando, o Roberto Freire aqui referido é o anárquico e brilhante psicanalista, não o homônimo ex-comuna que se amancebou com perspectivas menos socialistas. Faz uma diferença do baralho.
Sr. Marcos, segundo Roberto Freire, "Sem te são, não há solução".
Obrigado! Mas além de "Força", é preciso Coragem, muito Amor e Resiliência. Quando fui jovem, já faz tempos, tinha tudo isso, e muito mais.
Perfeito, Vera!!
Belo texto! Precisamos preservar a escola , o ambiente escolar é transformador.
Ao longo deste dia tenho lido e considerado com absoluto respeito todos os comentários e colunas escritos neste canal. Mas, no meu entendimento, resguardado tudo o que é pertinente a escola e ao histórico dela, estamos diante de um CRIME. De alguém que assumiu DECLARADAMENTE o desejo de MATAR. E estamos diante de um sistema judiciário incapaz de dar resposta a altura para este fato. Que a escola está falhando, como professora, sei disso. Mas não se trata de escola. Trata-se de CRIME.
Claro que é crime, mas refletir sobre o porquê do local do crime ser uma escola é a questão. Ele poderia matar em qualquer lugar. Pode ter o sistema judiciário que tiver que você não impedirá esse tipo de crime. Porque eles cometem o crime dispostos a morrer. Eu penso nesse tipo de ato como resposta à incapacidade de lidar com diferenças. A escola, muito antes de ser um local para disseminação de conhecimento, é um espaço de socialização. Que não funcionou, nesse e em tantos outros casos.
Cara prof .Vera Iaconelli texto precioso,lúcido e realista,se não salvarmos a escola não haverá pais,sobrará só um território governado pela barbárie.
Prezada Vera, como educadora aposentada que continua trabalhando, subscrevo inteiramente seu precioso texto...parabéns!! Inês Maria.
Estou no Magistério há 41 anos, completados em 1°/3/23, e, infelizmente, estou dessistindo. Aposentado pelo estado de Minas, desde setembro de 2015, e com tempo de contribuição no INSS, ultrapassando 32 anos, sem contar tempo do estado que precisa averbar, pretendia ficar na ativa por mais um tempo. Mas os professores bolsonaristas e o medo da violência por parte de alunos e/ou familiares, têm me assustado.
Mais que Herda, hein, meu caro? Aqui em sp, antes da Era Bozofrênica, em minha última incursão cientÃfica, trabalhei com diversas escolas em um certo projeto. Fiquei bestificado (mais bbbeesta do que meu normal) com a quantidade de professores Tucanos: Orra, o tucanato acabou com a carreira no Estado, faltava dar um Fal em professorado nas ruas, e tinha gente que adorava. Imagino que a Bozofrenia tenha piorado a situação...
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