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  1. Michel Marques

    Não sou favorável a esse tipo de coisa em livros para adultos, porque, bem, isso é tratá-los como crianças. É diferente da polêmica com o Monteiro Lobato. Nesse caso, acho que editá-lo (ou adotar outros autores) é indicado.

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    1. Michel Marques

      Não é verdade que Monteiro Lobato era igual a todo mundo da época. Ele tinha um profundo ódio aos pretos, que não é apenas fruto do racismo estrutural. Em cartas, lamentou que não houvesse no Brasil a KKK, grupo que propõe o extermínio dos pretos. Seus avós ou bisavós defendiam isso? Os meus não.

    2. Ivo Ferreira

      Monteiro Lobato era igual a todas as pessoas daquela época. Os termos preconceituosos, a desvalorização das pessoas menos cultas, a desvalorização de pessoas somente pelo fato de terem nascido mais ao norte, ou ao sul. O mundo era assim. Alterar os textos não vai mudar o comportamento de uma época. Melhor deixar como está e utiliza- lo como exemplo do que podemos evoluir.

  2. LUCIANA LAUSER TIMM

    Os autores acabam revelando os preconceitos seus e de sua geração de uma forma e outra, já reparei isso em vários livros. Machismo, elitismo, racismo, tudo pode aparecer ... racismo menos nos livros contemporâneos, mas machismo sutil tem diversos mesmo hoje em dia. São coisas onipresentes que nem sempre ficam apenas nos personagens, mas também de uma forma sutil na narração e construções. Mas isso é tão óbvio ...

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  3. Jove Bernardes

    É de uma arrogância obscena que alguém se dê o direito de decidir o que eu posso ler.

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    1. Gustavo Barakat

      Exato.

  4. José Cardoso

    Há uma tradição respeitável sobre a censura artística. Platão tem longos trechos recomendando a censura a passagens de Homero.

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    1. Gustavo Barakat

      * bora

    2. Gustavo Barakat

      Ah, tá explicado! Como Platão disse, boa censurar.

    3. Jove Bernardes

      Há notícias de Platão excluindo as passagens que recomendou censurar? Gênios também cometem tolices. Tradição respeitável, ora pois sim.

  5. Daniel Ferreira da Ponte

    Parece até piada.

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  6. Cristina Paraguassu

    Penso se fizessem isto com pinturas antigas seriam chamados de vândalos. Logo logo farão o mesmo com Homero, Cervantes, Shakespeare e a Bíblia. A extrema direita já queimou Harry Potter e outros livros acusados de bruxaria. Os extremos se parecem muito, só mudam as falas, o motivo alegado é "melhorar o mundo", mas fracassam.

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  7. RAFAEL SOARES BARROSO

    Isso é de uma burrice...

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  8. Jose Oscar Marques

    As edições antigas não censuradas dos livros da Agatha Christie vão ficar valorizadas. Comprei num sebo esta semana um livro dela cujo título Folha não me deixou publicar num comentário anterior.

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    1. Jose Oscar Marques

      E por que vão ser expurgados e reeditados então?

    2. Fernando Alves

      Nenhum livro dela figura em ranking de vendas mais, nem no top mil da Amazon dos EUA, por exemplo. Os livros não vão ser reeditados para serem vendidos na década de quarenta ou de cinquenta do século XX.

    3. Jose Oscar Marques

      Fernando Alves, não posso dizer nada sobre o Brasil, mas creio que essa matéria não se refere a livros em português. Os livros de Agatha Christie já atingiram a marca de 2 bilhões de exemplares vendidos e continuam entre os maiores best-sellers na áres de crime e mistério no Reino Unido e Estados Unidos. É para esse mercado que as edições expurgadas são preparadas. E, se estão reeditando é porque esperam vender.

    4. Fernando Alves

      Esse livro você acha nos saldões de livraria. Um dos citados na coluna está há dez reais no balcão de queima de estoque da livraria no shopping próximo à minha casa. E ninguém compra.

    5. Marcos Benassi

      Naaaao, Zé Oscar, o pobrema foram os algarismos arábicos! A folha cuida deveras da cognição de seus leitores: não é um desafio e tanto escrever algarismos romanos? De resto, ela não enche o saco, não. Aposto até que, no escurinho da redação, eles falam Nnneegão, nigger e coisas piores. É tudo moralismo feique.

  9. JAQUES SZTAJNBOK

    Os Livros assim mutilados, ou se preferirem, “sensibilizados” deveriam vir com um aviso de que não são a versão escrita ou traduzida da original. É um direito do consumidor leitor saber o wue esta comprando.

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    1. Alexandre Pereira

      Boa.

  10. Jose Oscar Marques

    As edições não censuradas vão valorizar. Esta semana comprei num sebo o livro da Ágatha Christie “Ten Little Niggers”, edição de 1967, Fontana Books. Título alterado já há muitos anos, é claro.

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  11. Marcos Benassi

    Hahahahah, erratas beatas! Ricardíssimo, o pior é que os maua bofes, os instintos assassinos, as ações deploráveis de morte, traição, rasteiras, tudo contínua: não pode falar do dente branco em contraste com a pele preta, da beleza do torso e do pretume, nada disso. Na próxima rodada de expurgos literários, meu caro, os vilões serão marcianos, pra que ninguém ofenda humano algum. Quando chegarmos a Marte, antes que alguém fique Pluto, diremos que os marvado vêm de Plutão! Hahahah!

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    1. Alexandre Pereira

      Bem colocado.

  12. Geraldo Junior

    É melhor não falar, não ver e não se aproximar de qualquer grupo identitário ou racial, ficou extremamente perigoso, em especial para os brancos, heteros e de direita.

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    1. joão moreira

      Brancos, heteros e de esquerda também!

  13. Barbara Maidel

    Ótima coluna. Que bom ver alguém de esquerda criticando formas de autoritarismo que a atual esquerda promove: perseguição e violência contra humoristas não alinhados à cartilha; leitores sensíveis que nada mais são do que gente fraca das ideias, infantil e justiceira; perseguição ao Rushdie por 'ter ofendido' muçulmanos. E é incrível como basta uma moda surgir pra tanta gente embarcar nela, mesmo o pessoal que se diz instruído e crítico. Espírito de rebanho tende a ser uma porcaria.

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  14. William Rachid

    A criação de um personagem envolve contextualizar o ambiente em que vive. O autor tem a liberdade de caracterizá-lo como quiser para tornar a ficção ou romance mais interessante. Daí vem a genialidade do escritor. O texto chama bem a atenção onde diferencia o autor dos personagens.

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  15. Nelson de Paula

    Censura e mentira moram perto uma da outra.

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    1. Gustavo Barakat

      Talvez mais que perto: no mesmo endereço.

  16. M Lana

    Como disse a Banda Eva: é o fim da odisseia terrestre; para a humanidade.

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    1. Gustavo Barakat

      Para sermos juntos, a música a que você se refere é do italiano Umberto Tozzi e a versão em português foi um tremendo hit nos anos 1980, cantada pela banda Rádio Táxi (muito antes da Banda Eva).

  17. José Eduardo de Oliveira

    livros sem falhas morais não são livros humanos. se pelo menos as pessoas que forem ler se tornassem melhores. só lerei edições antes de 2023 que estão livres de uma das piores falhas morais, a hipocrisia. não esqueçam de corrigir as falhas morais da Biblia, Alcorão e as suas. deveriam incendiar todo o Sade? Joyce? Zéfiro...o seu Assis?

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  18. Marcelo Moraes Victor

    Pobre literatura. Seria melhor queimá-los

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  19. Alexandre Pereira

    A que ponto chegamos, usar a solideriedade para atacar a civilização, a própria humanidade. Duas guerras mundiais por isso? Mutilar livros com sanção oficial é mais discreto que promover Bücherverbrennung às claras!! FAHRENHEIT 451 por quem deveria zelar pela arte. Covardes! Quem diria que o quarto reich chegaria com aplausos e aprovação internacional.

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    1. Alexandre Pereira

      Leia com um pouco mais de atenção. Palavras em inglês e alemão confundem um pouco. Infelizmente, podem estar além do primário, demandando conhecimentos do segundo grau. Faça um esforço. Cê consegue. Se precisar, procure ajuda.

    2. Fernando Alves

      Entendi, e é a maior besteira já escrita na seção de comentários da Folha.

    3. Alexandre Pereira

      Não entendeu Fernando? Leia devagar, você consegue. É português.

    4. Fernando Alves

      Difícil ler tanta bobagem quanto nesse comentário.

  20. Fernando Alves

    Muitos desses casos me cheira mais a tentativa de trazer a atenção para obras que as pessoas de hoje nem ligam mais do que uma preocupação genuína com conteúdo.

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    1. Fernando Alves

      Muitos serão jogados no lixo, reciclados, e ninguém vai ligar.

    2. Marcelo Moraes Victor

      Melhor queimá-los

  21. Tadeu Humberto Scarparo Cunha

    Ótimo texto de RAP,a palavra chave é pobre de espírito, onde se define esse ideia ridícula de reescrever livros ancestrais.

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  22. Francisco Blazquez

    Desta vez, a indignação de RAP aflora mais no texto que o humor. Compreensível.

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    1. Joana Ferreira

      "errata de sacristia"? é muito bom

  23. Ana Martinez

    Fiscais e censores da literatura têm atacado firmemente também na literatura infantil. Pobres das nossas crianças, que podem assistir a todo tipo de lixo no tik-tok, mas devem ser protegidas dos livros…

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    1. Alexandre Pereira

      Perfeito!

  24. Joana Ferreira

    dei uma gargalhada que até me assustei :D

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