Imbhecil é quem acha que o aeroporto tem que sair de lá porque riquinhos inventaram de morar lá. Em uma cidade planejada de qualquer país decente, isso nunca aconteceria.

Quem chegou primeiro pode fazer o que quiser até mesmo prejudicar a saude das pessoas? Que comentário imbhecil.

O sujeito é tão lesado que tem um parque gigantesco, dos maiores da América Latina no mesmo bairro do aeroporto, mas a sugestão é construir um parque. A sugestão correta era demolir todos os prédios construídos na rota e mandar os riquinhos irem morar nos Jardins, Higienópolis ou Anália Franco.

Congonhas é uma excrescência, não mais se justifica um aeroporto encravado no meio da maior megalópole da América do Sul e agora ainda Sera concedido a iniciativa privada por pelo menos 30 anos, ou seja, ao invés de ser desativado a cidade ganhou um presente de grego. Deveria ser transformado num parque, coisa da qual a cidade é extremamente carente.

Acontece que com as alterações feitas na pista de Congonhas recentemente, os aviões mudaram a rota e regiões que historicamente ficavam fora do olho do furacão, agora são dizimadas sonoramente por decolagens que chegam a 35 segundos de intervalo!!!

Não se trata de estupidez. Quando o aeroporto se instalou por lá as aeronaves eram ainda mais prejudiciais à saúde das pessoas, já que poluíam mais o ambiente e o som. Se os compradores de imóveis foram morar por lá assumiram o risco de ter o vizinho barulhento.

Esse tipo de argumento não faz o menor sentido. Quer dizer que se chegou primeiro pode prejudicar a saude física e psíquica das pessoas para todo o sempre? Quem tem primazia, os seres humanos ou os "seres aeroportuários" ? A megalópole cerca totalmente o aeroporto, o que fazer, mudar as pessoas ou o aeroporto? Ora, meu caro, quanta esthupidez!

A Folha, ao invés de apenas apontar o aparecimento de prédios no skyline da região, deveria também apurar e relatar as mudanças que vem ocorrendo desde a recente ampliação da pista do aeroporto e a alteração histórica da rota de aviões, que passaram a ter no olho de seu furacão sonoro, áreas em que a vida dos moradores jamais era assolada pelo ensurdecer e estressante furor dos seus motores.

O aeroporto chegou? Veio como, desbravando o sertão, a pé, a cavalo ou de metrô? Não seja ridículo! As pessoas tem primazia sobre um mero aeroporto obsoleto encravado no meio de uma megalópole. O que sugere, que se mudem as centenas de milhares de pessoas que vivem nas cercanias? Toda metrópole civilizada do mundo tem aeroportos a quilômetros de distância, até SP o tem. Que seja transformado num parte, coisa de que a cidade tanto carece.