João Pereira Coutinho > Uma sociedade decente pode exigir a infelicidade da sua maioria Voltar

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  1. Alberto Melis Bianconi

    O problema de definir os termos aqui pode ser insuperável. Decente para um bolsonarista? Para um evangélico (me parece longe de ser a mesma coisa)? Para a permissividade moderna ou para o puritanismo do século XXI? E quanto a infelicidade, basta uma contrariedade qualquer? Um mimimi fantasioso para se passar por vítima ou o intolerável expresso, p.e., numa onda de suicídios. Ou seja, falando francamente, seria essa uma questão para se levar a sério?

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  2. FRANCISCO Eduardo de CARVALHO VIOLA

    Os malabarismos da direita pra justificar a desumanidade .

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  3. Luiz Candido Borges

    Coutinho filosofando... Concordemos com suas posições ou não, é inegável que ele as defende com embasamento e categoria. O oposto dos seus artigos políticos, sempre desastrosos, comprovando o quão tênue é a linha que separa o conservadorismo do reacionarismo: basta haver alguma preocupação social que não seja produto da generosidade dos senhores de sempre. No Brasil, tal generosidade nunca ocorre...

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  4. José Fernando Marques

    Um pouco mais a sério: "uma sociedade decente pode exigir a infelicidade de sua maioria", certamente, quando essa maioria não pratica ou professa valores decentes. O que implica acreditar em valores universais, ao menos em alguns deles. O melhor é temperar o universalismo (necessário) com o consequencialismo (inevitável!) para tentar levar uma vida ética. Há situações em que o valor universal, à Kant, torna-se mera rigidez e então é legítimo, por exemplo. mentir para a namorada.

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    1. Luiz Candido Borges

      A primeira frase do comentário já seria suficiente. Cito um exemplo próximo e presente: o bozismo! Depois de quatro anos de práticas inomináveis, este ainda conta com enorme apoio. Certamente esta larga faixa da sociedade não pratica ou professa valores decentes, ainda que aleguem religiosidade e patriotismo.

  5. ADONAY ANTHONY EVANS

    João Pereira Coutinho. Português e conservador. Sim, existe vida inteligente, ainda que rara, no Planeta Conservador.

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  6. José Fernando Marques

    Sim, reforçando o que diz outro leitor, seria bom considerar que somos em primeiro lugar um feixe de instintos e eles, os instintos, têm a sua própria ética. Quanto à ética da virtude, parece ser um bom caminho, mas devemos ter dois cuidados: primeiro, o de não levar muito longe a crença na singularidade radical dos indivíduos, na qual se apoia a crença na liberdade como valor absoluto - convicções professadas, salvo engano, por Coutinho. O segundo cuidado é o de ver o filme citado...

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  7. Cristiano Jesus

    Falta clareza na metodologia desse estudo e Coutinho parece seguir no mesmo tom, qual seja, de analisar o comportamento a partir das teorias éticas. A chance do observador projeta-las nas pessoas é suficiente para comprometer o resultado. As pessoas são multifacetadas. Como brasileiro que viveu 45 anos no Brasil, digo que o país é uma criança que vive sua fase medieval, apesar de já ter nascido na era moderna. Sua ética é ad-hoc; a educação não promove a práxis dessas teorias, tampouco a socied.

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    1. Celia Moura

      Tua ratio valde alta...

    2. ADONAY ANTHONY EVANS

      Que produndo, Cristiano Jesus.

  8. Vito Algirdas Sukys

    O inconsciente de Freud , em parte, do inconsciente de Von Hartmann, são teorias da natureza humana, um campo no qual a dificuldade de experimentar resiste à tentação de especulação não verificada. Os Freudianos, os defensores de Jung, Adler parecem se comportar como seitas religiosas apesar de terem muitas coisas em comum. As verdades de Freud não são absolutas, elas provavelmente não resistirão à passagem do tempo. Uma ciência da ética pode ser revista. A teoria de Freud parece ser datada

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  9. Vito Algirdas Sukys

    Mill reconhece que noções de justiça são os principais obstáculos para a aceitação de visões utilitaristas. Mill distinguiu entre classes de prazer mas não conseguiu dar uma hierarquia ou escala em que um prazer menor supera outro maior. Quando vou atravessar a rua, o carro e o motorista não dependem do meu conhecimento a priori de Kant. Então uma quarta opção seria uma ciência da ética que nem Kant, nem Aristóteles e nem Mill contemplaram. Você aí tem alguma ideia de como ela seria?

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  10. Vito Algirdas Sukys

    Diferentes teorias éticas. Qual a sua preferida?Kant diz que não devemos mentir, mas quando indagado por quê não, ele não tem resposta a não ser a reiteração dogmática da sua posição. Sidgwick diz que Aristóteles apenas indica os paradeiros da virtude. Diferentes pessoas veem a felicidade ou eudemonia. Para Aristóteles a ética é parte da política mas se a ética é a invenção do certo errado as pessoas serão levadas a diferentes práticas. Para alguns as visões utilitaristas são mitos.

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  11. maria helena maccagnini

    Adorei!!!! Logicamente saio da coluna com a cabeça ainda mais reflexiva do que entrei. Limitações minhas. O seu texto é maravilhoso. Muito obrigada

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  12. RICARDO BATISTA

    Ajude esse país, senhor Anderson Torres : seja utilitarista e bote a boca no trombone. E esse filme é muito bom mesmo. São cinco os esportes que mais combinam com o cinema : em primeiro lugar boxe, em segundo boxe, em terceiro boxe, em quarto boxe e em quinto boxe. Depois pode vir algum outro.

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    1. Celia Moura

      Então "Carruagens de fogo" levou 4 Oscar à toa?

  13. paulo werner

    Esse aí tá precisando de umas boas horas de leitura.

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    1. Maria Lopes

      Vc tem alguma sugestão? Não seja modesto.

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