João Pereira Coutinho > Uma sociedade decente pode exigir a infelicidade da sua maioria Voltar
Comente este texto
Leia Mais
O problema de definir os termos aqui pode ser insuperável. Decente para um bolsonarista? Para um evangélico (me parece longe de ser a mesma coisa)? Para a permissividade moderna ou para o puritanismo do século XXI? E quanto a infelicidade, basta uma contrariedade qualquer? Um mimimi fantasioso para se passar por vÃtima ou o intolerável expresso, p.e., numa onda de suicÃdios. Ou seja, falando francamente, seria essa uma questão para se levar a sério?
Os malabarismos da direita pra justificar a desumanidade .
Coutinho filosofando... Concordemos com suas posições ou não, é inegável que ele as defende com embasamento e categoria. O oposto dos seus artigos polÃticos, sempre desastrosos, comprovando o quão tênue é a linha que separa o conservadorismo do reacionarismo: basta haver alguma preocupação social que não seja produto da generosidade dos senhores de sempre. No Brasil, tal generosidade nunca ocorre...
Um pouco mais a sério: "uma sociedade decente pode exigir a infelicidade de sua maioria", certamente, quando essa maioria não pratica ou professa valores decentes. O que implica acreditar em valores universais, ao menos em alguns deles. O melhor é temperar o universalismo (necessário) com o consequencialismo (inevitável!) para tentar levar uma vida ética. Há situações em que o valor universal, à Kant, torna-se mera rigidez e então é legÃtimo, por exemplo. mentir para a namorada.
A primeira frase do comentário já seria suficiente. Cito um exemplo próximo e presente: o bozismo! Depois de quatro anos de práticas inomináveis, este ainda conta com enorme apoio. Certamente esta larga faixa da sociedade não pratica ou professa valores decentes, ainda que aleguem religiosidade e patriotismo.
João Pereira Coutinho. Português e conservador. Sim, existe vida inteligente, ainda que rara, no Planeta Conservador.
Sim, reforçando o que diz outro leitor, seria bom considerar que somos em primeiro lugar um feixe de instintos e eles, os instintos, têm a sua própria ética. Quanto à ética da virtude, parece ser um bom caminho, mas devemos ter dois cuidados: primeiro, o de não levar muito longe a crença na singularidade radical dos indivÃduos, na qual se apoia a crença na liberdade como valor absoluto - convicções professadas, salvo engano, por Coutinho. O segundo cuidado é o de ver o filme citado...
Falta clareza na metodologia desse estudo e Coutinho parece seguir no mesmo tom, qual seja, de analisar o comportamento a partir das teorias éticas. A chance do observador projeta-las nas pessoas é suficiente para comprometer o resultado. As pessoas são multifacetadas. Como brasileiro que viveu 45 anos no Brasil, digo que o paÃs é uma criança que vive sua fase medieval, apesar de já ter nascido na era moderna. Sua ética é ad-hoc; a educação não promove a práxis dessas teorias, tampouco a socied.
Tua ratio valde alta...
Que produndo, Cristiano Jesus.
O inconsciente de Freud , em parte, do inconsciente de Von Hartmann, são teorias da natureza humana, um campo no qual a dificuldade de experimentar resiste à tentação de especulação não verificada. Os Freudianos, os defensores de Jung, Adler parecem se comportar como seitas religiosas apesar de terem muitas coisas em comum. As verdades de Freud não são absolutas, elas provavelmente não resistirão à passagem do tempo. Uma ciência da ética pode ser revista. A teoria de Freud parece ser datada
Mill reconhece que noções de justiça são os principais obstáculos para a aceitação de visões utilitaristas. Mill distinguiu entre classes de prazer mas não conseguiu dar uma hierarquia ou escala em que um prazer menor supera outro maior. Quando vou atravessar a rua, o carro e o motorista não dependem do meu conhecimento a priori de Kant. Então uma quarta opção seria uma ciência da ética que nem Kant, nem Aristóteles e nem Mill contemplaram. Você aà tem alguma ideia de como ela seria?
Diferentes teorias éticas. Qual a sua preferida?Kant diz que não devemos mentir, mas quando indagado por quê não, ele não tem resposta a não ser a reiteração dogmática da sua posição. Sidgwick diz que Aristóteles apenas indica os paradeiros da virtude. Diferentes pessoas veem a felicidade ou eudemonia. Para Aristóteles a ética é parte da polÃtica mas se a ética é a invenção do certo errado as pessoas serão levadas a diferentes práticas. Para alguns as visões utilitaristas são mitos.
Adorei!!!! Logicamente saio da coluna com a cabeça ainda mais reflexiva do que entrei. Limitações minhas. O seu texto é maravilhoso. Muito obrigada
Ajude esse paÃs, senhor Anderson Torres : seja utilitarista e bote a boca no trombone. E esse filme é muito bom mesmo. São cinco os esportes que mais combinam com o cinema : em primeiro lugar boxe, em segundo boxe, em terceiro boxe, em quarto boxe e em quinto boxe. Depois pode vir algum outro.
Então "Carruagens de fogo" levou 4 Oscar à toa?
Esse aà tá precisando de umas boas horas de leitura.
Vc tem alguma sugestão? Não seja modesto.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
João Pereira Coutinho > Uma sociedade decente pode exigir a infelicidade da sua maioria Voltar
Comente este texto