Belo texto!

Prezado Professor Pimentel: devemos dizer ... difusão de calor no gelo (condução de calor, regida pela lei de Fourier)... em vez de difusão de temperatura, como colocado em seu texto, o que é fisicamente inconsistente.

Complementar Mozart Cabral lembrando que o gelo está livre na água, o que faz o limite entre o gelo e a água uma faixa e não uma linha, fazendo uma curva gradual de " derretimento". A "faixa" limítrofe pode ser explicada pela Teoria Fuzzy.

Como as moléculas de água dos cubos de gelo nas arestas e vértices têm maior energia cinética devido a sua menor área e maior densidade, pois elas se chocam com mais frequência nessas regiões - mais calor e temperatura mais alta consequentemente - do que as das faces do cubo de maior área e menor concentração - menor temperatura - elas se deformam mais rapidamente porque se chocam mais vezes com as moléculas da água líquida, logo se aquecendo e arredondando-se mais rapidamente.

Que belíssima provocação. Obrigado Professor. Em tempos de determinismo cibernético vou continuar a estudar Frege que tinha livres até as fronteiras da lógica, e quem nos trouxe até a aurora da inteligência artificial

A explicação para este fenômeno, aparentemente apenas geométrico, se dá pela Segunda Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia. Nas trocas de calor, as arestas e vértices dos cubos de gelos absorvem o calor - energia cinética das moléculas de água líquida com temperatura maior - mais rapidamente do que as faces por terem menor superfície de contato com o líquido se deformando em maior velocidade.

Falou, falou e não explicou. As superficies (ou interfaces) de um corpo ou sistema são regiões com maior energia/unidade de área do que o interior do sistema. Dando oportunidade, que no caso gelo - água é a mobilidade das moléculas da água - o sistema busca minimizar sua energia por unidade de volume. E o faz procurando adotar a forma que tem a menor relação área/volume, que é a esfera.