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Dora de Oliveira e Silva
Então, acho que você fez muito bem em se mostrar como é. Em seus artigos você demonstra admiração pela forma como seus entrevistados/amigos (velhinhas e velhinhos) vivem a velhice. Sua entrevista, ao "natural", demonstrou que você é capaz de ser como eles, como qualquer um de nós. E isso os valoriza e te valoriza porque faz de você alguém mais coerente real. Parabéns!
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Mirian Goldenberg
Verdade, Dora. A diferença é que consigo enxergar a beleza da velhice dos meus amigos nonagenários
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Dora de Oliveira e Silva
E não devia ser assim. Não devíamos ter vergonha da aparência de nossos corpos, pele, dentes, cabelos envelhecidos. Mas como a sociedade ama as imagens da infância e da juventude, nós velhas e velhos, somos relegados à invisibilidade e não nos sentimos dignos de despertar amor. E buscamos por mágica (pós, cremes, tinturas e cirurgias) anular os sinais com os quais o tempo nos presenteou. Em vão!
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Mirian Goldenberg
Muito triste
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Dora de Oliveira e Silva
Não vi o programa mas gostaria de ter visto porque adorei esse texto, no qual você assume seu etarismo. Assumir a idade é difícil para todos nós. Mas para as mulheres as exigências sociais em relação a aparência, que sempre foram muitas, se tornam mais draconianas: pintar o cabelo, usar maquiagem, domar os cabelos, não usar decote nem mangas curtas. Tudo para não lembrar as representações medievais das bruxa ou da própria morte. Para as mulheres envelhecer é visto como sinal de fracasso.
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Mirian Goldenberg
Infelizmente Dora
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Ruth Brustolin
Eu assisti o programa e pensei exatamente o contrário: que você estava ótima assim, sem maquiagem e de camiseta branca! Sem tentar esconder ou camuflar, só uma bela mulher mais velha.
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Mirian Goldenberg
Adorei querida
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Ernesto Dias Junior
Quem amadurece é goiaba. A gente envelhece. Eufemismo besta...
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Mirian Goldenberg
Maturidade nem sempre chega na velhice
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Marcos Benassi
Ôôô dona Mirian, queridíssima, paradoxo nádegas: isso só demonstra como é difícil ligar o Soda-fe em sua integridade, a todo tempo. Uai, marcou, e assistiu a si mesma de Soda-fe desligado. Deu no que deu - ou, nas palavras do ótimo grupo carioca, Aquilo Delnisso. Eu não vejo romance na veiêra: tô longe do pleno Soda-fe, mas não me torturo *muito*. Mas o desânimo, me acomete deveras: a volta do Bozo e bozolices, a morte nas escolas, isso me me mata. Por puro despreparo, sem paradoxo algum.
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Nilza Bueno
Todas nós em todas as idades temos um pouco de princesa e de bruxa. O que só nos torna melhores. A mesmice é chata. Não estimula, não desafia. E quebrar paradigmas raramente é fácil, mas é renovador, nos projeta para a vida.... Tenho a mais absoluta certeza que munidas dessa energia nossas pelancas são capazes de mudar o olhar sobre a velhice, e quem quiser permanecer ditando regras e padrões que fique mofando na sala. E não vejo contradição em querer ter um dia de princesa, se te faz feliz!!
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Hélio Barbosa
Ah, Mirian! A primeira parte do seu texto conseguiu destruir a inspiração das velhas sem vergonha. Isso só demonstra as nossas contradições. Por mais que lutemos contra, a ideia de que somente na juventude reside a beleza parece invencível. Fico triste, pois estou falando da pessoa que possui o pensamento mais esclarecido sobre a velhice que conheço, e muito me fortalece. Espero sinceramente que vc supere, que essa insegurança seja algo passageiro. Força, vc progredirá (para o nosso bem).
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Marcos Benassi
Ah, meu caro Hélio, a mim parece que foi só causo de "Soda-fe desligado", ocorrência ocasional. É nóis, Mirian Goldemberg fortalece sempre - só escorrega pra dentro, e ainda por cima mostra o roxo na perna, da batida no chão. Hahahahah!
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Mirian Goldenberg
É importante falar das nossas contradições Hélio
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Marenildes Pacheco da Silva
Não vejo romantismo nem beleza (física) em envelhecer, me incomoda todos os atributos: flacidez, celulite, enrugamento e etc. por enquanto estou envelhecendo com saúde, não sinto dores, sou meio gordinha, mas não me exercito, meu hobby é sofá, sou sedentarissima, apesar da culpa; acumulo uns quilos devida a lentidão do metabolismo, tudo bem, nada é perfeito. Talvez a tranquilidade de não ter mais que correr atrás da sobrevivência seja a cereja da velhice, desde que não se queira vida luxuosa.
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Mirian Goldenberg
Eu consigo enxergar beleza nos meus amigos nonagenários
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Marenildes Pacheco da Silva
Estou adorando envelhecer, além de ter incorporado a frase que atribuem a rita lee de que envelhecer é bom e é ruim: é ruim porque viramos uma ameixa seca e é bom porque ameixa ajuda a ca... pro mundo; a covid me deixou uma lição: pra quê maquiagem? raramente se tem alguém com os lábios vermelhos naturalmente, então porque tenho que pintar os meus? Uso só alguns cremes (meu marido me chama de marecreme kkk) para atenuar as linhas do tempo principalmente e perfume e estou feliz. Ah! ainda
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Mirian Goldenberg
Adorei Marenildes, ainda estou só na parte ruim da ameixa
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Maria Isabel Carvalho
Mirian, você é mesmo revolucionária1 Obrigada por expor suas inseguranças e mostrar - a mim e, certamente, a muitas pessoas - que somos humanas, falíveis, contraditórias. E é nisso que reside a beleza da vida, em qualquer fase: a possibilidade de nos questionarmos, nos desafiarmos e, se quisermos, nos reinventarmos. Ou, não querendo, assumir que a maquiagem e a escova não são companheiras obrigatórias, assim como a opinião alheia não nos precisa nos definir aos nossos olhos.
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Mirian Goldenberg
Verdade querida Maria Isabel, mas não é nada fácil ter tantas contradições e vergonhas
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Carlos Telles
Já que você é libertária em relação a velhice e certamente a aparição no programa rendeu um convite do Conte, que é um dos melhores, mande o resto às favas, e fique tranquila com seu coque, pelancas e tudo mais.
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Mirian Goldenberg
O coque tudo bem, mas as pelancas
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Maria Isabel Carvalho
Mirian, você é mesmo revolucionária1 Obrigada por expor suas inseguranças e mostrar - a mim e, certamente, a muitas pessoas - que somos humanas, falíveis, contraditórias. E é nisso que reside a beleza da vida, em qualquer fase: a possibilidade de nos questionarmos, nos desafiarmos e, se quisermos, nos reinventarmos. Ou, não querendo, assumir que a maquiagem e a escova não são companheiras obrigatórias, assim como a opinião alheia não nos precisa nos definir aos nossos olhos.
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João Vergílio Gallerani Cuter
A velhice com direito ao nome é limitação, debilidade, dor, doença e morte. Essa é a velhice que precisa aparecer, pois vivemos numa sociedade mentirosa, que fala compulsivamente sobre festas, mas não sabe falar da morte, da finitude que nos define enquanto seres humanos irrepetíveis. Por isso vestimos individualidades postiças, vistosas, compartilháveis: para mentirmos em coro sobre o que vem amanhã. Nenhum de nós é realmente velho. Se fôssemos, nem sequer estaríamos falando sobre o assunto.
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edilson borges
de perto, nem com o multifocal. tem uma distância específica que dá prá enxergar bem sem óculos, mas não dá prá olhar a beleza dos outros assim tão de perto. de longe, tudo fica mais belo, meio embaçado.
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