Mario Sergio Conti > Os motoboys são metonímias do Brasil paralítico e sem futuro Voltar
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Alternativa no Peru, o triciclo (motocar, ou tuktuk), domina em todas as periferias, servindo a população mais pobre (a maioria), e com muito mais segurança. A elite proÃbe circularem nas zonas centrais. Algumas cidades fizeram pistas exclusivas. Em Lisboa e China são elétricos. Alento.
Interessante comparativo. E em meio século nada mudou. O próximo passo desta distopia será a substituição de toda essa massa de prestadores de serviço, ou seja, nós, por inteligências artificiais. Quem sabe o destino da humanidade seja mesmo a do Planeta dos Macacos. Talvez merecêramos mesmo.
Como bem lembrou abaixo um leitor é espantoso como a organização e os movimentos sociais hoje estão restritos às pautas identitárias. Talvez décadas de demonização e ação anti sindical e, mais recentemente, de enaltecimento de um suposto empreendedorismo, tenham influenciado no cada vez mais danoso individualismo.
Byung-Chul Han já falava sobre isso há mais de 10 anos em seu "Agonia do eros".
Excelente texto Caro Conti. Excelente ilustração Bruna Barros. Aqui em BH temos um pronto socorro (João XXIII) que é referência em atendimentos de acidentes graves. Temo que ele não suporte ou não dê conta de atender todas as vÃtimas deste capitalismo ou neoliberalismo que determina que a vida deve se equilibrar em duas rodas, o que só é possÃvel se submetermos os corpos à velocidade imposta pelo neocolonialismo dos apps. Agora temos os Uber tax. Não sei onde vão parar o futuros.
- É claro que esses profissionais, precisam ao menos ter alguma suguridade social, não é aceitável que sites tão ricos, não lhes possam auxiliar em nada.
Intelectual de butique tentando expurgar seu enorme peso de consciência, através da transferência de culpa para a classe média. Onde foi que vimos este filme antes não? Vc já conversou com pelo menos um dos milhares de motoboy s que precisou na vida, caro MSC?
Olá Marcos. Entendo sua resposta, mas a responsabilidade é de todos nós. Não acho ser questão de Classe. Mas questão de atitude. Grato.
Releia o texto, se é que já o leu. Quem sabe você o entenda.
Excelente texto, Conti!! Precisamos dar visibilidade ao sofrimento cotidiano desses jovens trabalhadores, excluÃdos do sistema de proteção social e do trabalho. A ocorrência de acidentes de trabalho no trânsito é um enorme problema de saúde pública e precisa ser visto e encarado pela sociedade. É escandalosa a morte de quem sai de casa pra ganhar a vida. Muito boa sua contribuição!!
Melhor q fazer panfletarismo politico
Se todos fizerem, eles no minimo duplicaram seus ganhos
Eu tenho o costume de sempre dar uma gorjeta. Meu grso de areia no oceano
Ajuda a pagar o enterro
Mais um belÃssimo texto de Mário Sérgio Conti!
Professor ;SP está virando um cidade assustadora ! Milhões de motoboys alucinados e rebeldes, milhares de carros blindados,( não sei p/ q? ...uma industria que cresce com a desgraça dos outros ) ; apartamentos de 50 milhões de um lado da via ..do outro; favelas... Isso não é qdade de vida ..sorry!! Não se consegue ir de um ponto ao outro em menos de 50 min.... Estou de saÃda..porem ,eu posso..! Adeus SP;;só a passeio / Triste realidade..
Está virando? Algum dia não foi? Aqui estão presentes todas as mazelas e contradições do paÃs, como muito bem explanou o Mário.
PaÃs que troca picanha por abóbora num estalar de dedos. Simples assim.
Parabéns pelo texto, só corrigindo, motos poluem proporcionalmente muito mais que os carros que possuem dispositivos que amenizam as emissões.
O texto tem uma única falha: um moto polui dezenas de vezes mais que um veÃculo médio. Se comparado a um moderno chega a 70 vezes mais. Uma moto sozinha gera mais ruÃdo que dezenas e dezenas de carros juntos. Pena que no afã de acertar o colunista falou groselha. Se não sabe, não chute. É feio e estraga um texto quase perfeito.
Porém, consomem muito menos combustÃvel. Há tecnologia para que seus efeitos sejam amenizados, como nos carros. Resta saber por que as montadoras não são obrigadas a equipa-las como o são os carros.
Um texto romântico, que peca pelo exagero. Um motoboy realmente profissional ganha mais de $ 300 por dia e ainda dá nota fiscal de MEI. E certamente contribui para a previdência como contribuinte individual. Portanto, não entre nessa de generalizar.
Há uma lei que regulamenta a formação de cooperativas de prestação de serviços, com todos os direitos. Na linha Proudhon. Só não fizeram por que continuam dormindo. Inclusive o LuÃs Marinho.
Também nunca entendi por que não se organizam. Parece que os trabalhadores, não apenas os motoboys, se deixaram encantar pelo canto do empreendedorismo e pelos discursos anti sindicais que há décadas são martelados pelas elites econômicas.
Me pareceu mais um conjunto de platitudes do que um bom texto.
A diferença do motoboy para o "motociclista" é basicamente a renda. Em termos de comportamento não vejo muita diferença. A falta de empatia com o restante dos usuários da via quase empata.
Assim como a absoluta falta de empatia dos motoristas para com os pedestres. Aliás, não restrita a eles, diga-se, já que o poder público municipal não investe um milésimo do que o faz com o conforto dos motoristas em condições mÃnimas de caminhabilidade aos pedestres.
A beleza do texto é ofuscada por uma informação errada: motos poluem até quatro vezes mais que os automóveis.
Pois é a moto por lei pode emitir 17x mais CO2 em g por km rodado que um carro.
Sim, por causa dos catalisadores. Mas me pergunto se o Ãndice de poluição usado para comparar os veÃculos é por Km rodado ou por litro consumido. Isso pode fazer toda a diferença na análise sobre a poluição. No mais, o texto é impecável.
Concordo com o leitor André Costantin. BelÃssimo texto. E, ao mesmo tempo, desalentador.
BelÃssimo texto!
Motoqueiros, os principais responsáveis pelo stress no trânsito.
Troque cada motocicleta por um automóvel e você verá o que é "stress" no trânsito, rsrs.
Texto magnÃfico. Brasil: pais uberizado, ifoodizado e atrasado.
Culpa do excesso de população. Se não tem condições não tenha filhos, pare de jogar a conta para a sociedade. Fica muito fácil o pensamento "nasci, agora tenho direito a tudo, pago pelos outros, é claro!" Por isso o Brasil não vai para frente nunca, é uma questão de mentalidade.
Mas, infelizmente, conseguiram convencer os motoboys e os URBERs de q eles são a casta superior dos trabalhadores, pois chegam a ganhar sei lá qtos reais por dia e fazem o seu próprio horário. E isso suplanta a falta de direitos e garantias. Parte considerável desses vota no trast#e q gosta de jóias das arábias por considerar q a luta por trabalho digno é mi¥mi.
P o r r a. Enfim, alguém escreveu algo que preste neste jornal. Ave
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Conti é um dos melhores (talvez o melhor) articulistas daqui.
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