João Pereira Coutinho > Para Susan Neiman, esquerda woke adotou as ideias da direita Voltar
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Muito bom. Um esquerda das antigas agradece. Ando incomodado com os protofascistas identitários que invadiram o mundo. Esquerda estadunidense não poderia mesmo dar certo. Fica reduzida a marketing, a um rancor tÃpico do lumpen e à cultura pop. As grandes fortunas e a riqueza cada vez mais concentrada, continuam a todo vapor, inatingÃveis. Não há cota no controle acionário de uma empresa, nem nos grandes fundos de investimento. Mas há no filme do Peter Pan, e todos estamos salvos.
A pauta identitaria é, sem nenhum engano, sobre poder, já, aqui e agora. Esta esquerda é bem mais barulhenta e combativa do que a outra, mais tradicional. O problema é que toda tentativa de tomada de poder, subita e repentina, causa reação contrária do status quo, e daà temos o fenomeno inverso, a direita reacionária, igualmente combativa e barulhenta. Este livro deve valer a leitura.
Pedir autoanálise e autocrÃtica pra esquerda partidária e pregar no deserto. Taà o pt que não me deixa mentir.
E por acaso a direita faz autocrÃtica em algum lugar do mundo??
Wake rapaz! À esquerda não é uma só. Ela plural, comporta várias vertentes e nada é estático e permanente. “Tudo muda o tempo todo no mundo”.
W*ks são, acima de tudo, ch*tos (a palavra w*ok é cen su ra da pela Folha aqui nos comentários)
Coutinho, meu caro, acho que eu não "acordei" direito: sabe que tenho a impressão de que esse bagulho de "woke" é, essencialmente, um olhar direitista pra coisa? Não que não haja um identitarismo abrutalhado pelaÃ, que traz até problemas à luta por direitos de minorias; todavia, parece-me um balaio que atende a desejos de anulação dessas mesmas lutas. A moça, como outros bons crÃticos de vertentes diversas, deve ter seus bons argumentos. Mas implico com esse olhar, sabe? Deve ser burrrice minha.
Faz tempo - estimo que desde a época de Marcuse, Adorno, Escola de Frankfurt, etc. - que a esquerda perdeu o rumo. Bela coluna do nosso mais inteligente gajo.
O artigo me parece uma mistura de futurismo dÃstópico de filmes coreanos com sugestões do Conselheiro Acácio.
Hahahahah, sei lá se é isso, mas a blague foi boa.
Finalizou o artigo com uma sugestão impraticável: esquerda fazendo autoanálise. (por Maria José)
A " esquerda" pós moderna é apenas uma nova direita com comportamento regressivo que representa um recuo, não só em relação a esquerda marxista, mas também em relação áo próprio liberalismo clássico, o foco identitário/corporativo irracionalista e anti liberal é base do nazismo, o cópia/cola mesmo que reverso é próprio da vanguarda do atraso!
Boa, Celso Almeida!
"...por mais problemático que seja o racismo nas sociedades contemporâneas, ele era bem pior cem anos atrás, ou 200 anos atrás, ou 300 anos atrás." Esta Folha paga para alguém escrever esse "tratado sociológico"?
Essa esquerda chamada identitária foi quem ganhou a eleição em quase todos os paÃses da América Latina. Como no Brasil a esquerda não defenderia como pauta prioritária a questão do racismo e da degradação ambiental? A questão de classe não foi abandonada, tanto que Lula foi o mais votado entre os mais pobres. O engraçado é que quem critica a esquerda identitária é a direita que prefere aquela esquerda que só fica na oposição porque nao ganha eleição.
Fora o Chile, onde a esquerda identitária ganhou eleições na América Latina?
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