Para um país continental, de difícil acesso, inclusive para os dias de hoje, alguns poucos missionários não teriam nenhuma capacidade de impor regras aos povos indígenas e fazer mutações culturais. Citações esparsas de declarações não tem o condão de tornar verdadeira as assertivas. A pretensão de uma análise onisciente e onipresente deixa evidente a fragilidade metodológica.

O texto bem fundamentado demonstra com maestria os males que a imposição de um único modo-de-vida pode causar. Sociedades ancestrais nos ensinam que podemos evoluir com nossas escolhas, monogâmicas ou não, de maneira a respeitar nossos desejos e afetos.

Interessante! Desde criança sou fascinado pelos "índios"; nos filmes de faroeste torcia a favor dos "índios". (As aspas são em respeito àqueles que exigem o termo "indígena"). A preclara articulista poderia, então, ter se dedicado a enaltecer a sua cultura sem condenar as outras. Atirou no que pensou ver e acertou no que não queria. Mas, de 0 a 10, dou nota 6

Excelente! Muito grata pelo texto! Adoraria mais artigos como esse, que trazem diversa perspectiva cultural.

Interessante... Todas as tribos indígenas que tiveram contato com o homem branco assimilaram costumes como ter televisão na taba central da aldeia, a maioria possuir smartphones, filmadoras, usam armas de fogo para caçar e guerrear, possuem motocicletas etc. tem até índio com canal no YouTube! Assistem ainda telenovelas onde se ensina todo tipo de perversão social, além de consumirem livremente bebidas alcoólicas industrializadas, liberadas pela própria FUNAI. (continua)

(continuação) Os indígenas também têm cotas raciais para ingresso nas universidades. Richard Rasmussen conta que cinta larga gosta de Coca-Cola e de Toyota. Agora só o contato com evangélicos é considerado aculturação. Muito curiosa essa abordagem antropólogica...

Os cuidados exigidos no longo processo de "criação" da prole humana, que se dilatam cada vez mais à medida em que as novas gerações chegam à faze adulta com trinta anos, implicam na ( desejada ) estabilidade da relação parental. Questão evolutiva, apenas. O resto é blá,blá,blá proselitista e de quem ganha a vida na picaretagem acadêmica.

Há forte catolicofobia nesse texto. E em vários comentários. Ah, desculpem-me: isso não é criminalizado!

A articulista se equivoca quando diz que o divórcio foi regularizado apenas com a CF/88. Até 1977 vigorava no Brasil o sistema de desquite, que permitia a dissolução do matrimônio. Todavia, os ex-cônjuges não poderiam contrair novas núpcias com outros parceiros. Em 28/06/1977 foi editada a Emenda Constitucional n. 9, que implementou o divórcio no ordenamento jurídico pátrio. Em 26 dezembro do mesmo ano, a Lei 6.515 regulamentou o novel instituto jurídico.

Artigo excelente! Com o frescor que o pensamento Indígena pode provocar à racionalidade ocidental. Mexe com com a cosmovisão hegemônica sem a preocupação de impor um outro certo.

Que se descolonize os afetos, mas também a existência da propriedade, da produção mercantil e do cristianismo

Viver um trisal pressupõe altos rendemimentos por parte do trio para que possa ter uma determinada prole. Senão, é renunciar a ter filhos, e viver uns para outros exclusivamente

A concentração de bens e renda para constituir os fundamentos do desenvolvimento científico e cultural, passa pela monogamia. O Ocidente, dentre muitos fatores, somente se tornou a cizilizacao que é pela exclusividade de pais para filhos. É um processo de sublimação em energia criativa.

Há ai um certo cinismo. Lideranças indigenas refetuam evangelização protestante, mas adoram o CIMI. O que tem de indio católico é um absurdo

Interessantíssima a parada, dona Geni, prezada: tantas coisas habituais passam sem reflexão aprofundada, a monogamia caiu nesse balaio. Digo, exclusivamente do ponto de vista da liberdade de viver os afetos como bem se entenda, a poligamia já entrou na pauta, com a ocorrência mais frequente dos trisais; todavia, nunca me ocorreria considerá-la a partir da ótica da dominação pelo invasor português católico. Acho que quem tinha razão mesmo era o Jorge Ben: todo dia deveria ser dia de índio.

Assim como os ocidentais se tornam ridiculos ao tentar imitar culturas orientais, penso ser idiota influenciar a cultura indigena. O missionarismo cristão deve ser uma oferta, não imposição ou manipulação do sistema. No entanto a monogâmia a culturaque o divulga é um bem importante para a organização cultural e moral da sociedade.

É serio?

Me tira o tubo!