Giovana Madalosso > Os escravos de luxo da Faria Lima Voltar
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Uai, você não sabia?
O primeiro passo começa com a autoestima do publicitário que não se reconhece como trabalhador, não se organiza no sindicato e não busca por melhoria dos direitos. AÃ, os grandes da agência deitam e rolam. Além disso, o esquema de prêmios que soa mais como consolação para os criativos: mas levanta o ego, né? Ir pra Cannes é legal, ter o nome na ficha técnica de um filme premiado, que delÃcia. Mas continua dormindo a base de rivotril e acordando a base de ritalina.
Não podemos esquecer que não é a toa que Bolsonaro defendia o fim do Ministério Público do Tabralho e que tentou via decreto afrouxar ainda mais as regras trabalhistas. O plano do neoliberalismo é realmente legalizar este show de violações. Não chamo de escravidão moderna, porque não é. A escravidão foi algo bem mais cruel.
Ah!, como faltam mais textos como esse sobre bancos, empresas de telefonia, empresas aéreas, de plano de saúde... empresas que os jornalistas não têm "autorização" para investigar...
Isso é um absurdo tão desmedido que nem se sabe o que falar. Isso porque as leis trabalhistas existem né. Esse povo é horrÃvel. Parece aquela agência de clones do filme A Ilha.
Só um reparo: as grandes empresas clientes sabem sim, ou deveriam saber, o que acontece. Teoria do domÃnio do fato. No mÃnimo, são omissas.
Parabéns pelo artigo que nos deixou impactados ! Me ocorre refletir o que a busca de "status" faz com o ser humano, prova de que a formação acadêmica não tem se preocupado em desenvolver conceitos de valorização da qualidade de vida. Vc teve a oportunidade de revisar esse estilo de vida ao adoecer, e decidiu pela vida.
É esse frouxo que vocês chamavam de mito?
Gostei do texto, mas muito me incomoda ver a banalização dos termos relativos à escravidão. Entendo o intuito de provocar, mas acredito que nosso vocabulário permite outras opções para mesmo feito.
Aos que titubeam chamar isso de escravidão: do que mais intitular tal fenômeno? É, de fato, uma escravidão transvestida de "bem-estar de status".
Parabéns por falar o que ninguém fala! É um assunto muito oportuno em um momento que os transtornos mentais crescem assustadoramente na sociedade.
Excelente e desnudante texto. O capital, como Cronos, devora até seus filhos diletos. Já que Zeus está morto, que venha a primazia da consciência polÃtica.
Parabéns. Amei o texto. Enquanto os profissionais trabalham sem horas extras, diuturnamente as chefias: oh, ganhamos o prêmio x.
Isto se resume em uma palavra , neoliberalismo, nada além disso. Os governos autoritários pregam como o alfa e o ômega do bem estar social, é a tendência deste século, aonde vamos parar proletariado?
As polÃticas neoliberais a serviço do capital financeiro destruÃram os direitos trabalhistas com Temer e continuaram com os milicianos do Planalto e do atual Congresso e ainda têm o apoio do paulistano médio que vota em seus algozes executivos da Faria Lima para combater uma abstrata "corrupção" udenista.
Este texto da um filme.
Já dizia Milton Santos… “Por uma outra globalização”.
Quem viveu para escutar essas histórias, e algumas, viver na própria carne, sabe.
tem um ponto muito diferente dos escravos de verdade: eles não podem pedir demissão, ou estão enclausurados num fim de linha ou devendo muito pro agenciador. isso certamente não se aplica aos criativos aà da pauta... na verdade, o texto fala é da máquina de moer gente capitalista que é o cerne da publicidade, não da escravidão pré capitalismo moderno, só que falar mal do capetalismo é contra a religião desse povo.
Me dá um nó na garganta ler esse texto - que por sinal super corajoso e excelente - e não poder fazer tanto e falar nem aqui nos comentários tudo que eu sei ao ver a pessoa que eu amo quase ir a loucura por trabalhar no setor de marketing de um famosÃssimo grupo empresarial. Ela teve depressão, crises de ansiedade, compulsão alimentar e realmente quase enlouqueceu. Foi diagnosticada com uma doença mental seria decorrente disso, não foi afastada e continuou, até q se deu conta e pediu demissão.
Pensei que fosse falar sobre a Faria Lima de verdade. Ninguém liga para agência de publicidade. Se você escolhe um trabalho que por natureza não tem objetividade precisa saber que o dimensionamento do seu volume de trabalho nunca vai ser tão palpável como um trabalho que produz algo concreto.
Hã? “Ninguém liga para agência de publicidade?” Do que vc está falando? Você não entendeu o texto?
que?
O assédio moral invisÃvel caracteriza o cerne do seu artigo, o que impressiona é o meio empresarial saber de tudo isso e muitos não denunciarem pelo receio de perder o trabalho e aqui fica o adorno da escravidão moderna: junto com o assédio, vem a chantagem emocional, pela necessidade do emprego, que conta por vezes com a conveniência de certos governos, ao sucatearem a estrutura dos órgãos de fiscalização. Fatos.
Muito bom o texto, também consegui fugir desse inferno.
Parabéns pelo artigo
pode ser risÃvel, mas... e o ministério público do trabalho?
Parabéns pelo artigo. Não imaginava que chegasse nesse nÃvel de exploração.
Que texto forte e preciso.
Isso é coisa do Brasil. Trabalhei em várias multinacionais e nos outros paÃses, hora extra é pedida com parcimônia e justificada. Já no Brasil, chega perto do feriado o gerente já fala "então, se alguém puder trabalhar, o projeto precisa..." Aà vai ver, a data de entrega do projeto é daà a seis meses.
Trabalhei com outros criativos a nÃvel LATAM, colômbia, argentina, ecuador... seguem a mesma cartilha, as vezes até pior.
Hahahahah, Giovana, prezada, o trabalho corporativo é mesmo um lixcho de luxo, tá comprovado. Mas acho que entendi o porquê de terem enchido tanto o saco da Janja por conta da gravata que comprou pro maridão: era Hermenegildo zegna. A "Opinião púBica" não quer a escravização do presidente. É tudo pelo bem da nação! (há uma versão que diz "pela boa danação", mas é controversa) hahahahah!
Texto magnÃfico. Trabalhei como manicure durante 8 anos em um salão frequentado por milionários. Tive carteira assinada de forma fictÃcia pós dois anos. Depois trabalhei sem qualquer garantia ou seguro nesse mesmo salão. Hoje como professora não é diferente. Quase sempre os finais de semana são usados para planejamento de aula e correções de atividades. Não é a toa que a sociedade está doente.
Um texto brilhante e realista que prova o que ninguém quer aceitar: a sociedade humana é totalmente controlada por interesses financeiros. Quem manda é o dinheiro. Sempre foi, é e sempre será. Se alguém ainda é ingênuo para acreditar que ciência ou as empresas querem construir um "mundo melhor", deveriam cair na real e ler mais artigos como esse. Pena que a maioria fica em redes sociais vendo conteúdo que não agrega nada e sonhando com coisas que, na verdade, podem leva -las até a morte
É verdade, Fernando. A sociedade é guiada pelo dinheiro. Mas será que devemos aceitar isso com um sentimento fatalista? Será que não há outras alternativas? O homem se pôs nisso, logo ele também pode criar saÃdas.
A religião de muitos, sem que o saibam, é a hipocrisia. Não é possÃvel que não se saiba que há seres humanos trabalhando no mesmo ambiente que você que por ser terceirizado não tenha os mesmos direitos, benefÃcios. Há quem receba quarenta reais de vale-refeição, há quem receba vale-coxinha, e tenha que vender e levar marmita, com apenas arroz e feijão e um ovo. Há quem venha de carro novo e tem vaga na garagem, e há os que chegam a pé, ou de ônibus lotado, que moram distantes na periferia
Não é só na Faria Lima que isso ocorre. Muitas agências de várias cidades seguem o mesmo esquema. Não só agências. Jornais, revistas, toda a mÃdia também usa de artifÃcios para conseguir horas extras intermináveis e quando a pessoa não serve mais, joga fora e não paga os direitos trabalhistas. Os trabalhadores fora do campo também são explorados desde sempre, se deixam enganar com a esperança de que um dia serão valorizados. Muitos acabam deixando a vida nas mesas das redações.
A janja comprou uma gravata desta marca pro molusco
Vc não entendeu nada quando da citação da marca Zegna! TÃpico Bolsominion!
O seu Ãdolo queria vender joias valiosas que não eram para ele, eram do Estado brasileiro. Já que prefere um ge no ci da...
Parabéns pelo texto. Isso tem que ser denunciado e exposto. Dá um toque no Ministério do Trabalho também, agora com Lula talvez voltem a trabalhar. As fiscalizações estão voltando. Existem várias formas de trabalho escravo no mundo contemporâneo, uma escravidão oculta muitas vezes por um local de trabalho bonito por fora, salários acima da média, mas em contrapartida violações sistemáticas à lei, aos direitos dos trabalhadores e ao custo de tirar a saúde da pessoa.
funcionários flexÃveis, resilientes ,meritocraticos vós ainda herdareis o mundo
Belo texto da Giovana. Principalmente a última frase quando ela diz que hoje pode falar pelos que não tiveram a mesma sorte que ela teve. É muita sensibilidade poder olhar pelos que ainda sofrem quando conseguimos nos libertar do sofrimento. Parabéns a jornalista que fala pelos explorados ao invés de falar pelos exploradores. Uns podem pagar para serem defendidos, outros são defendidos por quem tem consciência social e crÃtica.
Deviam colar este texto nos murais das agências. De todas elas, os processos são os mesmos. Desde sempre.
"A humanidade é desumana, mas ainda temos chance. Sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer. Quando o Sol bater na janela do seu quarto, lembra e vê que o caminho é um só". Renato Russo traz essa mensagem de esperança. Mas esperança (do verbo esperancar), só muda a realidade das coisas se movida por ações (em todos os sentidos). Essa realidade relatada só muda de dentro pra fora ("lembra e vê que o caminho é um só).
Você é f*d@ e sou seu fã. Tive uma agência por 18 anos e sempre prezei pela qualidade de vida, chegando a criar uma jornada de trabalho de 7 horas, obrigando todo mundo a deixar a agência às 17h30 para, justamente, terem uma vida. Muito bom você trazer esta exploração para o público.
Obrigada por denunciar, torcendo para que ajude a mudar a realidade desses explorados da Faria Lima.
O regime de exploração do ser humano chegou ao ápice nesta avenida e em empresas ligadas. Tenho várias conhecidas doentes com sÃndrome de burnout. Lamentável o profissional não ter o descanso merecido!
Mais trinta e três milhões de famintos que o Lula vai tirar da miséria.
Se você ajudar, ele faz isso mais rápido!
Ainda bem que conseguiu largar essa droga de trabalho escravo revestido de falso glamour, seu livro Suite Tóquio é excelente. Você não precisa dessa gente horrÃvel.
O capital sofre de um narcisismo agressivo. O jogo da competição enche de orgulho quem está em vantagem e isso funciona como uma droga para estes que para obterem mais alguns segundos de êxtase empurram ainda mais para baixo o outro. Se não podem subir mais, que o outro afunde. Essa barbaridade ficou ainda mais explÃcita nos últimos quatro anos.
Vera, esse Nacib é um bo có mesmo! Mas em 2026 o genocida estará inelegÃvel e provavelmente preso! Bolsonaro nunca mais...
Nacib, Lula agradece mas prescinde de seu comentário bobão. Vota no genocida em 26, dá pra esperar?
Já está no programa de governo do Lula. Vai tirar trinta e três milhões da miséria.
Quando eu tinha a sua idade, escrevia 2 campanhas a pé depois do almoço que a gente comia rapadura com café e eu nem sabia ler.
Emanuel Mello: não entendi nada.
Estranho comentário, não dá nem pra apagar, né? Que feio, e mal escrito.
Todos presos por algemas de ouro. E assim passam a vida acreditando que são “bem sucedidos.
A publicidade que vende (pela imagem), não tem quem a compre (pela imagem). Mais um sintoma do capitalismo... Gramsci vive quando a felicidade pelo consumo (hegemonia), de quem vem de cima (do alto poder econômico e cultural), sucinta os de baixo (do baixo poder econômico e replicação cultural), que se veem presos a amarras que nem enxergam (alienação). E Fo.lh.a, não somos bestas, esse texto estava lá embaixo na pilha e só subiu por causa da compra primeira dama. Vcs são danosos ao Brasil.
Amigo, adorei teu comentário.
William Wars: muito perspicaz.
Por isso que não podemos ficar defendendo os donos do dinheiro. Quem não tem capital e precisa vender seu tempo de trabalho, precisa estar unido e organizados, para contrabalancear a força do Capital. Vendemos nosso tempo de vida em situações degradantes e alguns ainda defendem o modelo. A reforma trabalhista do Temer diminuiu a capacidade de nós trabalhadores defendermos nossos direitos!
Talvez esse seja o grande dilema do capitalismo: todo explorado sonha ser um explorador. E o ciclo exploratório se repete infinitamente. A pessoa terceiriza a educação de seus próprios filhos pelo prazer de um Renegade. Perde a saúde e a dignidade, mas a bordo de um importado e usando o último iPhone. Não vê os filhos dar os primeiros passos e balbuciar as primeiras palavras, mas tem um cartão de crédito exclusivo; trabalhadores do mundo, uni-vos. Nada tendes a perder, além dos vossos grilhões.
Seria coincidência a jornalista usar como exemplo de escravidão no “mercado de luxo” a mesma marca da gravata presenteada pela Primeira Dama ao presidente, que tantas manchetes ganhou ultimamente ? Ou seria só a Zegna que supostamente usa trabalho escravo? Ou seria, ainda, o velho truque desse jornal de tentar associar tudo que existe de mal no universo ao petê? Tá duro de engolir, hein Folha?
Cara Giovana parabéns pelo seu ótimo artigo,desmistifica o glamour barato de determinados trabalhos.Depois da reforma trabalhista do vamp o ministério do Trabalho no Brasil equivale ao ministério da marinha no Paraguai
Esse é o neo-escravismo. Quanto tempo levaremos para termos um sistema econômico verdadeiramente justo?
Não existe amor em SP, muito menos na Faria Lima, nos bancos de investimento, nas agências de publicidade. A escravidão e a servidão (bem ou mal remunerada) é o ideal de sociedade daqueles que votam maciçamente no bolsonarismos, como vem ocorrendo no estado de São Paulo. E agora podem vociferar ! Tarciso que os abençoe!
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