Giovana Madalosso > Os escravos de luxo da Faria Lima Voltar
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Acho que a autora precisa rever seus conceitos de degradação. Trabalhar demais porque se quer, porque se quer ser reconhecido no mercado, pagar as férias na Europa, usar Lacoate e ganhar um prêmio não é o mesmo que trabalhar numa plantação de cana com salário que mal cobre a subsistência. Quando existe salário. Condições ruins de trabalho e violações trabalhistas são uma coisa. Trabalho degradante é outra.
Concordo com você sobre haver situações piores que a relatada, porém a autora não está errada em questionar essas condições, até porque seguem a mesma lógica das situações no campo. A diferença é que para ser explorado e humilhado, o trabalhador de escritório teve diploma e infelizmente as pessoas no campo não tiveram a mesma oportunidade. O fato é que precisamos domar a fúria do CAPITAL ou ele irá continuar mastigando a vida de todos: pobres e classe média.
É tudo a mesma matéria fecal.
Acho Justus, muito JustusÂ…
Kkkkkkk muito bom!!!!
Um bom lugar para o ministério do trabalho inspecionar.
Algumas vezes, em minha vida pensei em trabalhar em publicidade. pois tenho consciência, em razão de inúmeros testes aos quais me submeti, de ter inteligência verbal bem acima da média,. Ao ler o depoimento
Parabéns pela coragem, mas acrescento que não é só nesse meio. Quando resolvi sair do mercado, secretária executiva, que sequer podia ir fazer xixi sem o telefone sem fio e obrigada a interromper o xixi pra atender o telefone. haja coragem! superei e deia volta por cima, ufa!
Reitero os parabéns à autora, mas lembro que o melhor, o mais eficaz é denunciar nominalmente as agências (não estou pedindo que faça isso: é papel dos sindicatos). Tudo o que elas não suportam é publicidade negativa. E processá-las segundo as normais trabalhistas, que resistem apesar dos ataques sofridos. E ainda: reclamar vigilância por parte do Estado. Que sejam duramente multadas.
Se processar tem de rezar (só assim) para o juiz não ouvir e acreditar apenas no que as grandes corporações trazem como verdade absoluta. São poucos, a maioria dá ganho para as empresas, que coisa, não? Já se foi há muito o tempo em que os juÃzes que julgavam causas trabalhistas ouviam corretamente os empregados.
Nessa área, os sindicatos são pelegos e os trabalhadores, em sua maioria, acreditam fazer parte de uma elite intelectual .
Parabéns, Giovana. Anos atrás, fui demitido de um jornal porque, embora eu tivesse avisado que ficaria apenas até determinado horário pois tinha outro compromisso profissional, o chefe do plantão - era um plantão - achou que podia me obrigar a ficar e eu me recusei. Ele foi um bocado destemperado e revidei no mesmo tom. Saà para o compromisso - um ensaio teatral. Na segunda-feira estava demitido. Dei adeus aos capatazes. Pensam que podem tudo. Viriam outros, mas a gente enfrenta.
O que não faltava (será que mudou? acho que não) nas chefias de jornais eram chefes homens destemperados, que gostavam de humilhar os mais jovens em especial. E eram sempre promovidos, as direções gostavam deles. Mas como os jornais estão reduzindo tamanho, tiragem e tudo o mais, as direções viram que erraram feio? Não, imagina, eles nunca erram. Todos se acham gênios e o resto dispensável.
Bem entendido: eu sairia (e saÃ) depois de cumprido o horário regular de trabalho.
O mercado publicitário sempre foi desprezÃvel.
escravos modernos ...
Tem outra coisa “legal” que essas agências fazem que é contratar como PJ e querer administrar os profissionais com CLT. Quem quiser fazer um bonus de saÃda é só montar um kit documental e depois de um ano ou dois entrar na justiça.
Sofrimento da carga horária abusiva, deve ser denunciado. Não achai adequada a analogia ao trabalho escravo do campo, por exemplo, uma vez que os trabalhadores de escritórios precários não são ameaçados de morte para trabalhar e recebem remuneração pelo que fazem. Sempre podem se demitir e aceitar ganhar menos, mudar de padrão de vida para baixo, como muitos trabalhadores fazer em certas fases da vida.
Perfeito.
A es cravidão fora das fazendas de café. Por isso que amam os que adoram retirar di reitos trabalhistas. O pior é que 30% da população segue esta cartilha, mais 20% é totalmente influenciado e inebriado. Iso foi o que mostrou as últimas elei ções
Retrato perfeito e fundamental do quão nocivo é o mercado publicitário brasileiro. Espero que estimule profissionais ativos a não aceitarem mais e, que ajude a fazer com que os lÃderes se envergonhem e deixem de cometer todos os abusos que veem cometendo a tanto tempo.
Está falando isso porque não suporta Janja fazendo compra em loja de luxo. Até ontem toda a classe média alta e alta torrava dinheiro nessa loja sem censura, assim como em muitas outras. A Folha e seus articulistas. Haja falta de espelho. São as bolsas Gucci, que sonham em viver na América sem ter que trabalhar para fazer dinheiro.
O marcos é daqueles que agradece ao capital pelo seu emprego: "Obrigado! por esse valioso incentivo, grande K! O que seria de mim sem você? Você me dá condições mÃnimas e, se eu for um bom garoto, até condições medÃocres de subsistência, em troca do meu corpo e obediências fÃsica e intelectual. Juro defender meu carcereiro, que me trata tão bem por pura simpatia, diante de qualquer ingrato companheiro! E quando eu me ver frustrado, com certeza a culpa será dos colegas vagabundos que pedem mais."
Acho que você leu o texto errado.
Escravizado moderna que ainda persiste nas grandes marcas mundiais, cadê a OIT para intervir?
Isso, a culpa da condição do trabalhador é dele mesmo, que reproduz o modo de produção capitalista por escolha pessoal. Se ele não quer trabalhar 18 horas por dia pq simplesmente não faz um canteiro em casa e assa os vira-latas para a ingestão proteica?
Gostei muito do artigo. Uma denúncia necessária para explicitar o que ocorre nos bastidores e cubÃculos desse mundo de "glamour". Semelhante ao mundo da moda, espaços de assédio, opressão e exploração. O acesso a bens de consumo e marcas de grife esconde relações de trabalho de super exploração. Todavia, distante luz das condições dos trabalhadores pobres escravizados no campo e na cidade.
Só esqueceu de dizer que 99,9% dos coleguinhas sonham ser o chefe e repetir o esquema,o que não ao pode faltar é pô se e ostentação.
Não compro nada fruto da publicidade, sei o que está embutido
Tadinhos, trabalham que nem todo mundo nesse paÃs escroto, só que bem vestidos.
Fabuloso relato que retrata a triste e criminosa atitude daqueles que são chicoteados e vivem defendo quem os chicoteia. Esses executivos são o motor do sistema que nos mata, inclusive a eles, se não por completo, os tira a humanidade. Tristes explorados que defendem quem os explora.
Acho que a solução seria a classe trabalhadora se unir e enfrentar isso. Mas enquanto houver um único escravo condizente com o sistema, querendo se submeter pra passar à frente dos demais, isso não vai funcionar.
Santa ingenuidade.
Pessoas que trabalham no centro moram em bairros distantes todo dia pegam trasporte lotado no metrô Santa CecÃlia caminham em ruas super perigosas ja de manhã,trabalham como porteiros facilitador de acesso vendedor ,telemarketing e sempre com um sorriso no rosto e nunca são lembrados. Isso sim trabalhar para fomentar o luxo de gente que nem sabe o que andar pelo centro com medo.
Excelente e fiel relato. Quem trabalhou em agência sabe o descalabro que é. Eu citaria também a ignorância da maioria dos diretores/feitores, em geral uns malas que se acham. Vi cenas de horror nesse antiético e cruel mercado. Saà fora faz tempo, ufa! Parabéns por ter conseguido também
Muitos serão chamados.....poucos escolhidos.
Excelente relato, parabéns. O Deus dinheiro fazendo suas vÃtimas e comprando almas.
CoitadosÂ… por dinheiro, qq coisa se faz.
Vc dá sua vida por ele, Eliane?
Vc consegue viver sem dinheiro?
Não sou do meio, mas lembro q anos atrás uma dupla de estagiários ganhou um prêmio publicitário importante em Cannes. Bons p ganhar prêmio internacional mas ainda sem merecer contrato de trabalho de gente grande. Acho q isso dá um bom retrato das agências de publicidade.
Li isso em 2008: "Há dois aspectos curiosos na situação desses jovens. O primeiro é a demonstração de que recém-formados podem vencer a disputa com profissionais consagrados. O outro é a comprovação de quão improvisada é a batalha para conquistar um posto na carreira. Suzana e Tommaso, embora jovens, não são exatamente novatos na atividade. Já acumulam experiências anteriores. Mesmo assim, têm de trabalhar na condição de estagiários, prática comum nas agências, para se firmarem no mercado."
Triste constatação de uma coisa que todos sabem e fingem que tal situação não existe. Talvez com esses relato alguém que viva essa situação, acorde e vá viver uma vida real. Parabéns pela coragem de escrever o artigo e principalmente de mudar de vida !
É um sistema de exploração que sempre encontrará suas vÃtimas porque , admitamos, os saláriios são altos (vis a vis, a outras profissões). Para superá-lo, regramento das relações de trabalho é a única solução.
Parabéns pela coragem de denunciar, Giovana Madalosso. Achei impactante a matéria.
Brilhante artigo. Há muito tempo eu não lia algo tão contundente e tão brilhantemente sustentado. A parte sobre as agências supostamente verdes e anti-racistas - pq isso é conveniente, nada mais - foi cirúrgica e sem anestesia.
Como tem sido hábito, importamos o que há de pior do modelo norte-americano e não vai ser diferente do modelo de trabalho de Wall Street. Assim como o relatado na reportagem, lá só se mantém empregado aqueles que sobrevivem ao burnout, aos derrotados a forca. Nada muito diferente do que tem acontecido em diversas fazendas do interior como vem sendo noticiado semanalmente nos jornais. A diferença são a estética e os contracheques do trabalhador, na essência se igualam.
Marina, perfeito. Eu deveria destacar a questão do livre arbÃtrio, que no caso dos escravos do campo simplesmente não existe.
Olha, no caso dos libertos de situações análogas à escravidão em fazendas, o que há é uma literal coerção e ameaça à vida das pessoas. No caso dos publicitários, ninguém promete os matar se pedirem demissão (coisa que eles sempre podem fazer, ao contrário dos escravizados, que só podem fugir). Então, não, não são a mesma coisa. Esses funcionários da Faroa Lima, "tadinhos", podem parar de se sujeitar a esse tipo de exploração e até denunciá-la, quando largarem mão de suas vaidades e ilusões.
Excelente texto, parabéns pela escrita! Essa discussão joga luz no subsolo da Faria Lima, cujo jornalismo econômico trata como os deuses do olimpo.
Um saldo positivo de quem foi redatora por longo tempo: o domÃnio pleno a escrita, da concisão e da argumentação.
Não seria ritalina no lugar de rivotril?
Talvez os dois ? Um para trabalhar e o outro para conseguir parar!
Creio que há uso das duas coisas para sobreviver ao ritmo dessa servidão.
Os escravos de luxo estão em todo lugar: no SUS, no Hospital Privado, nas Cooperativas Médicas, nas Grandes Redes de Drogarias, nas Grandes Redes de Laboratórios de Dianósticos... Enquanto tentam eleger Presidente, Governadores e Deputados para votar contra o trabalhador, o SUS está sendo desmontado, os picaretas que administram as ONG´s e PPP´s da Saúde ficando ricos e os trabalhadores terceirizados, sem direito algum... E todas as Leis de desmonte, referendadas pelo Judiciário. SOS SUS ...
E o nome das empresas e chefes abusadores?
Todos. É um sistema.
Suas escolhas. Ninguém te obrigou. Não adianta culpar outros pelo que você aceitou. Fica o resumo de 10 sessões ( ou mais) de psicanálise até você chegar à mesma conclusão. No se culpe tanto quando finalmente entender isso. Você fez o melhor na sua versão daquela época. Fica a dica.
A autoestima de quem acha que pode dar "dica", pra uma escritora que passou por tudo isso, e que escreve na folha, através de um comentário no site em que o texto foi publicado.
Deve ser sócio de agência de publicidade. Ou é herdeiro de gde fortuna e jamais precisou trabalhar, ou é escravo com esperança de ser patrão algum dia. Em qq caso, é de uma insensibilidade social grotesca.
Mais um escravo que ama seu senhor!
Presunçosa, carente de empatia, cruel e cega sua opinião. Gostaria de vê-lo submetido aos duplos desse sistema de exploração - 1)a cenoura da remuneração, que como lemos é o valor da compra da totalidade da pessoa, de seu tempo, de sua famÃlia, de sua individualidade; e 2) o chicote da opressão diária. - para ver como reagiria. Por outro lado "suas escolhas" são claras: sentar na arquibancada e apoiar a opressão no trabalho.
Arnaldo, parabéns pela visão de sustentação da posição da autora, mas não vamos reduzir a questão à misoginia. O sistema age sobre todos e, ao que eu saiba, o contingente masculino de servos também é atingido por essas formas de exploração do trabalho.
Ou, alternativamente, pode seguir a vibe do Sr Arnado. Culpar o mundo,, lamber as feridas em uma catarse coletiva na Lacrolândia e comprar um ursinho e um quilo de açúcar.
Parabéns Marcelo, vc daria um excelente diretor de criação. Em q agência vc pratica suas 15 horas diárias de misoginia?
O famoso - trabalhe enquanto eles dormem - tudo em nome dessa superprodutividade enaltecida pelos ricos donos das empresas. Que dormem enquanto os funcionários trabalham sem regra para horarios , sem hora extra.
Muita gente sabe disso. Mas , como disse ela , ficam calados. O que mais me impressionou, entretanto, foi a Folha de São Paulo divulgar o nome do Remédio para TDAH que é usado para melhor desempenho no trabalho e estudos. É propaganda gratuita, mesmo né?Pras pessoas se auto medicarem. Que desserviço... Folha ruim.
Ritalina é o nome da substância ativa, não é? E não precisa de propaganda extra: - psiquiatras em todo o paÃs são o veÃculo de difusão mais efetivo. Receitam ritalina para a crise da dolescência, para a depressão, para a ansiedade, etc, como se a substância se prestasse para qualquer problema psicológico. Existe até um questionário digital aplicado aos pacientes que finaliza com a fatÃdica prescrição desse fármaco.
Por essas e outras abandonei a publicidade. É um serviço fútil, desinteressante, inútil do ponto de vista social, explorador e escravagista.
Colocar o dinheiro no altar dá nisso.
Nunca entendi esse regime de opressão em ambiente de trabalho. De que adianta fazer dinheiro a esse custo?
Texto excelente. Parabéns pela coragem. Tudo que vc relatou é a pura verdade só vou complementar que hoje quase todas as agências só contratam como PJ para fraudar a lei trabalhista e não arcar com obrigações sociais; Se a pessoa não aceita fica sem trabalho... compactuando da fraude contra ela mesma.
Não são apenas as agências que só contratam PJ. Isso acontece em todo lugar e empresa.
Capitalismo é o sistema que aloca recursos para extrair o máximo de lucro. O problema é que até quem está em cima vive nesta lógica. Queriam acabar com os sindicatos, agora tudo vira um texto que nem papel para cocô de cachorro serve. Ótimo texto, boa denuncia, mas a verdade é que a coisa ainda vai piorar.
Ótima e sincera abordagem!
O Relato de Giovana Madalosso desnuda de maneira sutil a superexploração do trabalho , essa faceta do capitalismo rentistico , sendo o ultra-liberalismo , uma realidade que acentuou na última gestão do Presidente capitão Jair bolsonaro e seu fiel escudeiro Paulo guedes todos apoiados com louvor pela Faria Lima ! Crise aguda e maquina de moer gente ,Brasil nação subdesenvolvida e dependente !
O sistema é bruto. Cabe a pessoa olhar a volta e sair dessa. Na verdade ele é escravo das contas absurdas que fez por conta de status e consumo elevado. Ninguém precisa disso. Mas como são jovens, dificilmente percebem e largam isso. Tá cheio de empresa moedora de carne no mercado, isso é sabido e notório. Fica quem quer.
Fica quem quer é avaloiação superficial. Eu diria fica quem cai numa armadilha dessas. São vÃtimas de luxo, sim, mas aqui também não cabe culpar a vÃtima.
Giovana, belo texto! Integro. Justamente o que falta na propaganda e no marketing que estao na base de sustentação dessa forma de vida miserável que criamos. Uma maquina de ilusões e frequentemente de mentiras. Enganação. Não surpreende a regime de exploração radical por trás de tudo.
É, enquanto isso Gisele Buinchen fatura em 3 horas, por aparição bebendo água no camarote da Brahma na SapucaÃ, mais de R$ 10 milhões. Frutos do capitalismo: os escravos da matéria e a supermodelo de nada.
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