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Quadrinhos ou gibis, tem deu espaço como forma de entretenimento. É um absurdo coloca-los no mesmo patamar de uma obra como Grandes Sertões Veredas, de Rosa, ou obras de Machado de Assis ou, Jorge Amado. Estão, mais uma vez, baixando a barra, e prejudicando a Literatura, tal como sempre a entendemos. Esse é o caminho da pobreza intelectual que mantém o Brasil longe de um Nobel...
Sensacional e muito oportuno o artigo. Viva os quadrinhos
Persépolis, de Mariane Satrapi, é uma obra literária e é em quadrinhos. Uma história riquÃssima do Irã de antes e depois da revolução islâmica. Tem edição nacional. Gustave Doré e Wilhelm Busch são dois eminentes ilustradores do século 18 cujos trabalhos se encontram na seção de literatura da livraria.
Art Spiegelman transformou a biografia do pai e a sua relação com ele em um livro desenhado, Maus, que conquistou aclamação unânime da crÃtica e ganhou prêmios de literatura. Antes dele, Will Eisner fez as melhores narrativas visuais sobre a vida em Nova York, também com qualidade literária - ele foi o inventor da "graphic novel".
Repito o comentário lembrando os méritos de famosos quadrinhos produzidos com roteiros originais que poderiam ser livros de sucesso da mesma forma e eventualmente foram filmados pelo cinema. Osamu Tezuka, Moebius e Milo Manara entram nesse rol. O interessante sobre as obras literárias é que elas podem ser visualizadas de forma diferente por artistas diferentes.
caicilds, não falou do dão jão do Brasil desenhado pelo spaca com consulta histórica da lilia moritz... entende nada de hq...
Quadrinhos são excelentes caminhos que nos conduzem à literatura. Foi por causa deles que virei leitor. Depois dei quadrinhos aos meus filhos e todos se tornaram leitores.
A qualidade literária da HQ pode ser vista com maior evidência em histórias originais, criadas para ser veiculadas nesse meio. Eu citaria como paradigmas de excelente literatura os trabalhos de Alan Moore e Neil Gaiman, ambos britânico, mas que se destacaram nos EUA, na DC Comics. São trabalhos densos, eruditos e profundamente envolventes. É uma visão tacanha achar que a literatura restringe-se ao escrito. Por esse corte, Shakespeare não seria um literato, pois escrevia para o teatro.
Alexandre, se alguém não reconhecer o texto de V de vingança, A Piada Mortal, e Watchmen como literatura, ou não leu ou está mal-intencionado. Não preciso lembrar os mestres adultos, você já o fez. Então lembro Carl Barks do tio Patinhas, que com suas aventuras fantásticas me levaram a ler Moby Dick quando criança.
Chris Claremont obteve êxito de décadas roteirizando os super-heróis X-Men e correlatos, e o segredo do sucesso dele foi aplicar técnicas de teatro e literatura ao seu desenvolvimento de personagens e diálogos. Todas as criações dele têm enorme sofisticação psicológica e elevaram a narrativa dos quadrinhos mainstream nos EUA.
Millor Fernandes, o maior intelectual brasileiro, curtia quadrinhos. Para mim já é suficiente.
Era escritor e desenhista ao mesmo tempo.
Sou fã de quadrinhos, e até hoje leio mais quadrinhos do que livros. Todavia, acredito que quadrinhos não sejam literatura. Os quadrinhos são uma forma de expressão artÃstica única, assim como literatura, música, cinema, artes plásticas, etc. Na arte dos quadrinhos usa-se diversos elementos literários, pois as artes se intercalam. Contudo os quadrinhos são únicos em sua essência e merecem o seu lugar entre as grandes formas de arte, e não um “puxadinho” debaixo da literatura.
Você foi cuidadoso e paciente. Eu perdi o equilÃbrio, com o que reputo ser irresponsabilidade educacional do articulista. Uma ideia construtiva seria estimular a criação de uma associação sul-americana para agregar os quadrinhistas (roteiristas e desenhistas). Há excelentes no Brasil e na Argentina. Para concluir, a Bélgica cultua Hergé de maneira superior a Simenon, mas não confunde alhos com bugalhos. E Asterix aumentou muito o meu interesse por história. Grato a Goscinny e Uderzo.
Hoje em dia não há discussão. Os quadrinhos têm grandes, méritos. Sou um fã. Mas associam a narração de um história à sua demonstração gráfica. É, em geral, uma obra coletiva. Um bom escritor descreve um personagem sem o auxÃlio das imagens. Mas não há como discutir hoje em dia. A racionalidade perde todas para o querer impositivo. Então pronto, é literatura. Não há mais porque empurrar Machado de Assis à s pessoas, muito chato e complexo, cansativo. Fiquemos com os quadrinhos e está liquidado.
No gibi "A turma da Mônica" aprendi em criança que 'aliá' é o feminino de elefante... Kkk
IndiscutÃvel! Certamente quem não tem uma formação leitora nas histórias em quadrinhos (não leu ou leu e não gostou) pouco sabe de "fabulação" e, consequentemente, de literatura.
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