Algumas vezes eu penso que seria melhor se eu tivesse nascido na década de cinquenta do século passado.

Sensacional, Prata! Experimentei por alguns dias o Twitter e me senti, a propósito desse título magnífico, no meio de um tiroteio de farvésti, somado a hordas com rastelos e tochas ávidas por um linchamento e, ao fundo, um guru no topo de uma montanha sendo reverenciado. Tudo isso comentado pelas tias recalcadas com a cara na janela e ironizado pelo tio do pavê. Credo em cruz!

Pratinha, caríssimo, eu luto pra ouvir podiquest, mas não me sinto podendo nada, sabe? Leitura, a gente faz como quer, vai rápido ou devagar, o olho pula pra trás e pra frente num átimo - também os cegos devem poder fazê-lo em braille com a mesma agilidade, creio. O podiquest, nóis tem que ir lentamente, naquele ritmo dos sujeitos, sei não. Eu, impiedosamente sedentário - tenho muita sede de cerveja e preguiça de andar - tenho que fazer exercício, e tentei podicaminhadas, mas ainda nao deu certo

Pois eu prefiro o mundo como era antigamente, algumas décadas atrás, quando sabíamos das coisas pelo jornal impresso do dia seguinte, fazíamos pesquisas em bibliotecas, frequentávamos livrarias e conhecíamos pessoas cara a cara. Esse mundo atual do Google, de notícias em tempo real, de encontros virtuais e, principalmente, de redes sociais nos transformou em robôs digitais avessos a livros, bichos raivosos, que fazem da tela do nosso PC e do celular uma extensão do nosso cérebro.

Caro Prata, prometi q iria para de comentar aqui neste jornal on-line q não deixa de ser rede. Afinal, eu leio, eu comento, crio engraxamento (facilito o deslizar das ideias alheias contra ou a favor), crio engraçamento (gastando energia tentando fazer outro(a) desocupado(a) rir), crio engajamento (muitos(as) vêm me xingar e outros(as) curtir), e por outro lado não ganho nem um "q belezura" sobre o meu álbum (Rafael DiElos). "Assim não dá, assim não pode ser" diria FHC apud Hubert do Casseta.

Então meu caro, lendo - nesse sábado à tarde - tudo isso que você escreveu hoje e relembrando o que escreveu na semana passada, consigo fazer várias conexões.

O rádio faz parte da minha vida e não abandono por podcast nenhum deste universo/constelação midiática, pois em minha casa não orbita nem a tv e muito menos as outras drogas lícitas como tweet, zap, telegran, tiktoc. Só o rádio. Mas quando locutores(as) começam ditar cátedra demais (como diria Dadá Maravilha), com seus "ismos" subliminares, eu desligo. O silêncio pode trazer sensações e informações mais saudáveis.

Sobre o q disse sobre o modus operandi do twiteiros, zapeiros e grupelhos do zap, faces e seus ativismos trending topics fhasion, sintetizo com + um termo importado mas q diz tudo sobre a hipocrisia mundial da qual as redes, podcasts e a rede mundial estão impregnadas, trata-se da expressão: virtue signalling ou santidade performática, como queiram. Então "dos cegos do castelo me despeço e vou" forever. This was the last. "Please don't cry anymore", goodbye!

Lula criou o governo paralelo em 1994, e eu inventei a coluna paralela na Folha Uol! Ah! Ia me esquecendo: No mais, ouçam meu álbum: "Leonídia... Um Sonho Dedicado" por Rafael DiElos.

Ótima coluna, mas surgiu uma dúvida: estes argumentos também não serviriam para comentários em colunas e notícias de jornais e revistas?

Concordo, Antônio. Mas faço uma ressalva: acho que compartilhar nas redes nossa indignação com o desgoverno bozo, apontar o dedo para as incoerências do discurso pseudo religioso e moralista e suas verdadeiras ações ou inações criminosas, cutucar os amigos quanto às suas próprias contradições diante da divulgação de fatos, entre outras, penso ter colaborado, um pouco, para não reeleição da criatura inominável. Se não rendeu votos à oposição, no mínimo rendeu votos em branco. Já foi um progresso!

Desde q foram mal utilizadas por extremistas de direita , as redes sociais se tornaram um campo minado ,capaz de desinformar, criar falsas narrativas e dar munição a tipos como trump , bolsonaro e outros vilões . Pior ainda com montagens q parecem reais . Por mais q se tente , é difícil corrigir esta distorção. A imprensa com pessoas sérias ainda faz seu papel de verificar o q é fake, mas é insuficiente pro combate. No fim das contas , parece q acabam sendo um mal necessário mas tóxico.

Excelente!

Perfeito