Sérgio Rodrigues > Flaubert diria que vivemos uma era profundamente obscena Voltar
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Ola, Sergio. Falando sobre estrangeirismos, voce viu a embalagem do bis da Hershey's? É sabor Cookies and Cream, mas o "and" eles colocaram só um 'n, pra representar só o som, como se fosse n'sinc, como deve ser na embalagem americana, mas em vez de cream puseram creme, virou Cookies 'n' Creme. Eles quiseram manter o 'n que fica chique, mas facilitar pro cliente saber o que ta comprando. Ou entao é só uma brincadeira, eu nao sei. Ficou parecendo aquela musica Juntos e Shallow Now.
O dia que acabar a mentira na mÃdia sobra quem ?
Batalha inglória. Mas a soberania do paÃs deve prevalecer. Todos conhecemos a falta de escrúpulos das grandes empresas.
Excelente!
Tem nova tecnologia que causa muitos estragos até sua regulamentação. O RX descoberto em 1895 foi usado indiscriminadamente por mágicos de circo, colocados à disposição dos clientes em sapatarias para visualizar o pé dentro do sapato e adequar a numeração, usado para tratamentos estéticos, etc. Os afoitos se lambuzaram e pagaram caro pelos efeitos colaterais até sua regulamentação morreu muita gente. Redes sociais está indo pelo mesmo caminho.
O combate ao crime é mais fácil quando os criminosos são uma pequena minoria. Quando grande parte da sociedade está envolvida direta ou indiretamente, como no contrabando ou tráfico de drogas a dificuldade é muito maior. A disseminação de mentiras cai nesse segundo caso. Tentar controlá-la me parece tão difÃcil como enxugar gelo.
Sim, uma era em que o retorno à democracia de um paÃs é colocado sob a responsabilidade de um Lulla da Silva e sua turma só pode ser obscena, muito obscena. E não me venham com "Ah, Bozo que era melhor, então...". Fiquem com seu cinismo obtuso pra vocês. Bom dia.
Sugiro que você fique bem, Fernanda.
E o que a senhora sugere?
Não há como proibir "fake-news" em plena era das redes sociais. A mentira acompanha a humanidade desde os seus primórdios e sempre foi usada para garantir uma posição de "Poder" para alguem ou para um determinado grupo social. O surgimento das redes sociais é o evento libertador mais marcante para a humanidade desde Gutemberg. Melhor relaxar e esquecer qualquer tentativa de "controle social da midia". Cada cidadão fará o que quiser com a informação falsa ou verdadeira que receber.
Serjão, meu bão, me permita um contraponto: a notÃcia falsa, velhÃssima, perde parentesco imediato com as "fake news" atuais num aspecto: antes privativas dos meios de comunicação de massa, agora são "democratizadas" no pior sentido: boa parte surge dos próprios grupos interessados, sem passar pelo jornalismo (ou passando depois de paridas externamente). Nossa atração pelo bizarro/horrendo, também já era explorada economicamente: lembra do NotÃcias Populares e quejandos? [Continuo]
[continuação] Também os livros já faziam uso das referências há séculos; a implementação técnica do hyperlink em meio eletrônico trouxe, contudo, uma mudança interacional bruta: a disponibilidade instantânea do referenciado transformou a interação e a leitura. O grande ganho econômico é agora derivado da interação social, digital e ampliadissima, e não do jornalismo de horrores (ainda que este perdure, vide Fox/jovem pan). É uma bela discussão, que infelizmente não cabe nestes formulariozinhos.
Mais um belo artigo desta grande coluna. Obrigada.
Em seu tempo, Madame Bovary foi obsceno, é proibido em muitos paÃses. Nem por isso a trama era irreal. Se o PL passar como está, nós caminharemos na direcao da censura prévia, o primeiro passo para o totalitarismo. Aà é pegar o boné e vazar.
Falando da verdade da arte, aparentada mas diferente daquela da filosofia, o romancista Gustave Flaubert escreveu: "A partir do momento em que uma coisa é Verdadeira, ela é boa. Os livros obscenos só são imorais porque lhes falta verdade. Adorei a coluna.
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