Muniz Sodre > CPI, o campo de batalha na guerra de narrativas Voltar
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Fica o desafio de conciliar o "compromisso continuado com a verificação, os desdobramentos e os rizomas do fato selecionado" com as demandas do jornalismo de 24 h por dia e 7 dias por semana, a proporção de 5 comentaristas para cada jornalista, o ativismo polÃtico travestido de jornalismo e um público ávido por manchetes e não por textos.
Putz, sêo Muniz, elegante ippon: bota no chão o Jornalismo que, em minúsculas, perigas ser pautado por estorietas contadas sem rigor ético e compromisso social amplo. Seremos entulhados por mensagens falsas, sejam difundidas via redes interindividuais, sejam-no via jornalismo corporativo, um-pra-muitos. O papel institucional JornalÃstico, da seleção e organização de fatos e sua interpretação, será posto à prova. Cabe resistir agentemente à tergiversação e franca mentira Bozolóides.
Cabe ao jornalista não colocar o seu veÃculo a serviço da distorção polÃtica dos fatos, feitos de forma intencional pelos agentes. Daà se vê a importância do grande jornalismo.
Considerando a profundidade do que Muniz Sodré está pondo, sobretudo em termos de compromissos éticos por parte da imprensa, só posso chegar a uma conclusão: a folha é uma grande por ca ria.
Bem, caro Braulio, não são poucas as vozes crÃticas no jornal. De um ponto de vista lato, mesmo nós, leitores, temos um papel no Jornalismo contemporâneo, cuja dimensão interativa não deve ser desprezada. Muito embora seja visÃvel a atuação de editores "chapa-branca" - tÃtulos enviesados, discrepantes do conteúdo, são uma constante - há uma resistência dentro do próprio veÃculo. Vamos botar pilha naqueles de espinha ereta, e enfiar o dedo no'zóio de quem se curva.
Ainda que Muniz Sodré e mais uns poucos produzam reflexões absolutamente necessárias e responsáveis do ponto de vista ético, jamais conseguirão fazer frente à enxurrada de jornalismo pequeno produzido pela maior parte dos jornalistas da folha.
Descrição muito precisa do cenário atual. Gostaria de destacar estes trechos, muito eloquentes: " E frente ao dano cognitivo infligindo pelo descontrole das redes.." "Tão extenso é o alcance da deformação factual que a vida polÃtica já foi gravemente contaminada.." De fato, descontrole e contaminação gravÃssimos...
As afirmações desse texto parecem corretas e o jetivas, exceto uma - a mais importante. O cronista afirma que o problema da distorção, geradora das fake news , é exclusividade das redes sociais. Como se o fato de um comentarista ser vinculado a um órgão da imprensa tradicional, vacinasse esse mesmo cronista contra a possibilidade de cometer distorções odiosas. Ao mesmo tempi , o fato de não pertencer à imprensa tradicional, gera, a priori, a suspeita do cometimento de falsidades, mentiras, fake
Julia, prezada, uma questão é relevante: atualmente, as redes sociais, a comunicação interpessoal direta mediada pelas plataformas, é a origem de muito, senão todo, o discurso diversionista/mentiroso. O mau jornalismo reflete, institucionalmente, aquilo que é criado fora de suas fronteiras. O analista ("cronista" não me parece adequado) faz a crÃtica a um jornalismo que, desprezando compromisso e método, adere a discursos originados em grupos de interesse. A "vacina" é justamente o rigor.
Não só vão dar holofotes, como vão fazer aquela cobertura meio dúbia, dando o mesmo peso para ambas as narrativas. Como se os dois lados merecessem tratamento igual. Como se fosse isenção jornalÃstica. Truque velho. Mas, infelizmente, muita gente vai.
Caro Carlos, nem vejo problema em ambos os lados deste confronto receberem tratamento igual: desde que seja crÃtico e analÃtico, igualmente impiedoso, tá de bom tamanho. Na verdade, estamos falando a mesma coisa, estou só buscando clarear a noção de "mesmo peso" que você aponta: se a crÃtica for feita igualitariamente, a versão de mundo Bozolóide tem dificuldade de parar em pé.
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