Subscrevo a mensagem de Marcos Benassi!

Infelizmente não é somente nas grandes cidades que vemos todo tipo de ser humano vasculhando sacos de lixos em busca de comida ou de alguma coisa que possam vender para alimentar a si e aos seus filhos. Nas cidades do interior, de Minas por exemplo, que conheço isso está acontecendo cada vez mais, humanos, cães e gatos disputando os restos da elite que olham uns para os outros ou para seus celulares, para não presenciarem visões tão chocantes e degradantes, não é?

Óia, Ana, pra mim, isso é O Horror. Fome, no meio da nossa abundância do século21? "Incômodo"? Absolutamente, não, um murro no estômago não pode ser assim tratado: cada famélico que nos cerca é um murro, ou deveria ser, nas nossas noções de ética, de concidadania, de - por que não? - compaixão. Bonança combinada com indiferença é doença civilizacional.

A elite não só despreza os problemas que assolam populações que caberiam em grande número de países, como faz uso da situação do outro para jactar-se de seus privilégios, para vendê-los para si mesma e para seu público como méritos. Tanto assim é que a ascensão é muito difícil, porque sempre haverá um narcisista a ver seu espaço e seu status de raridade como ameaçados pelos novos. Filhos de funcionários e patrões estudarem na mesma escola? Jamais nesse pobre país.