Mariliz Pereira Jorge > Rita Lee e os progressistas caretas Voltar
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Fumar cigarro costuma ocasionar câncer no pulmão. Assim como cerveja ocasiona cirrose. E são legais e estão presentes na maioria dos lares brasileiros.
A questão não é a manchete, mas a matéria como um todo. A matéria sim é reacionária, moralista, explorando questões pessoais sem mencionar questões relevantes da vida e da obra da queridÃssima rainha do rock, ela, sim, irreverente, e não pelas questões apontadas no texto da Laura Mattos. Ainda acredito em jornalismo sério, e para isso, precisa haver pesquisa, aprofundar um pouco, mesmo considerando a urgência da matéria, senão não vale a pena a publicação. Faltou, inclusive, um papel editorial.
Por que o tráfico mata pretos e pobres? Fingir que usar drogas é a coisa mais normal do mundo num paÃs onde o seu uso/comercialização é crime talvez seja o inÃcio da resposta.
A crÃtica não foi por noticiar que ela consumiu drogas, mas que se deixou GUIAR pelad drogas. É muito diferente. A autora se faz de desentendida, uma estagiária de jornalismo sabe a diferença entre as duas abordagens. Tome tenência
tudo deve ser encaixado numa narrativa. qdo a elis morreu, em decorrência do abuso de drogas de uso recreativo, podia ligar ela ao consumo, afinal corroborava a narrativa mainstream. com a cássia eller a mesma coisa, ninguém veio reclamar que elas eram grandes artistas, personalidades complexas e coisa e tal. a rita que não morreu do barato, teve uma relação civilizada e muitas vezes divertida com a coisa toda, e não pode ser associada que não corrobora a idéia da droga destruidora da sociedade.
"Ainda não havia para mim, Rita Lee/A tua mais completa tradução/Alguma coisa acontece no meu coração"( Caetano Veloso).Alguma coisa acontece no meu coração.Chove em São Paulo como choveu há 6 meses no dia do velório de Gal Costa.Foi chuva sem Gal, hoje é chuva sem Rita. Está puxado. Precisamos cuidar das nossas cantoras.
será q a relação dela com drogas era o mais relevante q a ser escrito no dia de sua morte? pra quem só deseja click e like parece q sim.
Sou nem 8 nem 80 nessa história. Acho que não foi uma chamada verdadeira sensÃvel, precisa para captar a relação com as drogas (ela não foi uma Amy, fumando crack). Mas tampouco foi horrÃvel, pesada. Poderia ter sido melhor. E é só.
Engraçado com algumas pessoas ainda classificam entre bem e mal, como se morassemos no Projac e a vida fosse uma novela do Manoel Carlos. Como pode alguem de equerda ser contra as drogas? Ele nao leu o manual? Vamos expulsa-lo. Infelizmente, e bem mais complicado que isso. Li dois obituarios nesta Folha. Um dizia que ela era muito divertida por causa das drogas. Outro, mostra como elas, principalmete apos o nascimento da filha, injetam dor e desespero em sua vida e na de quem a rodeia. Escolha.
Ah, Mariliz, muito me admira você não perceber que a manchete quis evidenciar justamente o viés preconceituoso contra as drogas. A história da Rita vai muito além desse recorte. Também não é de hoje que a FSP vem publicando manchetes extremamente desonestas sobre vários assuntos. Essa é somente mais uma.
Esse assunto da Rita associada a drogas ilÃcitas revela um preconceito sobre a geração que participou da contracultura. Essas pessoas, em geral, eram artistas e jornalistas, trabalhavam com jornalismo alternativo (maior exemplo, o Pasquim, mas havia outros no Rio, em São Paulo, em BrasÃlia), com música e outras artes, moravam em comunidades hippies e experimentaram psicodélicos e outras drogas. Era uma forma de autoconhecimento e de também alimentar a verve criativa.
E tem um detalhe aÃ: em geral, associa-se drogas ilÃcitas com falta de cuidado de si ou com riscos para a saúde. Sem dúvida, há uma conduta de risco no consumo de drogas ilÃcitas. Ocorre que existem pessoas que sabem lidar muito bem com esse consumo, não transformam em um vÃcio, não se autoaniquilam nem aniquilam as relações familiares, de estudo e trabalho, conseguem tirar de letra de alguma forma. Isso depende muito da pessoa que consome e do "espÃrito de época".
O óbvio, tudo que processamos no nosso corpo pode ser enquadrado no lato senso de drogas. Rita fez uso de algumas que o fascismo e a caretice estabelecem como ilÃcitas. O uso delas abriu portas da percepção e o exagero fez o corpo pagar um preço, à s vezes. Que inveja, que coragem. Deixou marcas na história vivendo a vida que queria e fez muita gente feliz
Me mandaram uma cópia de um cara na rede criticando a repórter pela matéria da Rita Lee, mas não entendi o que era. Li os textos na Folha ontem e não percebi nada que desabonasse a conduta dela. Lendo agora, vejo que mais uma vez o Tribunal da Internet erra.
Viva Rita Lee!
Hahahahah, Mariliz, dedada certeira. Nada acompanhei acerda da morte da Rita, fico meio cheio de pudores; afinal, a pessoa acabou de partir e a gente fica escarafunchando? Sei não. Mas aposto que o pessoal que recramou toma seus gorós, se enche de café, e uns psicotrópicos - legais, pero psicoativos. Vão que vão... fão! (Como diriam a Rita e o Pasquim)
Se vc tentou justificar o injustificável, fracassou miseravelmente. Rita Lee foi além de apenas uma usuária de drogas. Ninguém merece ser reduzido a um vÃcio, ela tem um trabalho de uma vida a ser admirado. Acho que vc se incomodaria se sua vida fosse reduzida a tintura do seu cabelo. Tenha bom senso e pare de passar vergonha
Ué!!acorde, lave o rosto e leia de novo.
Você leu o artigo? Pelo seu comentário descabido acho que não.
Descordou de MarÃlia. O tÃtulo da Folha não pretendia revelar o que todos já se sabiam. Me faz lembrar de Caetano Veloso: 'Pelo fato de poder ter sempre estado oculto, quando terá sido o óbvio'. No entanto, o tal tÃtulo reduziu Rita Lee à s drogas e alucinações. Rita foi maior que o diminuto tÃtulo da reportagem a quis submeter.
Achei o polêmico texto da jornalista um tanto debochado, com um tipo de deboche que só Rita Lee poderia ter sobre si própria. Sinto pelp jornal ter demitido a autora.
Tenho certeza que a Rita adorava ser chamada de velha drogada, devia rir, debochar e se orgulhar disso. Alguém disse por aà que teria se entregado às drogas devido a problemas na infância. Eu diria que talvez os seus problemas de infância tenham sido a causa dos seus problemas com as drogas, o que significa que estas para ela nunca foram um problema ou uma fuga mas estiveram intimamente relacionadas à sua busca por liberdade, alegria, descontração, imaginação, criatividade, diversão …
A Rita Lee era tão brilhante que não merecia uma menção por ninguém enquanto estava viva. Voltem a falar do Chico Buarque a cada espirro que ele der e deixem a Rita descansar em paz.
Rita Lee, a iluminada.
MarÃliz Tudo pode e deve ser debatido mas o que irrita é a o texto da manchete! Parece feito pra vender, não pra analisar.
Hahaa eh muita ma fé querendo levar para essa argumentação haja visto o histórico e a mesquinhez dessa jornal que um dia assinei.
Uma mulher brilhante que viveu intensamente e amorosamente. Pouca gente pode dizer isso. Não importa o que digam. Ela não se importava, estava acima disso há muito tempo.
A maioria dos puritanos só devem conhecer duas ou três músicas da Rita Lee. Nada a respeito de sua vida, louca vida. Nada sobre suas falas destemperadas. Nada sobre como via o mundo.
Mariliz, não há nenhum problema em se falar das drogas. No entanto, o tÃtulo da matéria restringiu-se a isso, motivo para tantas crÃticas.
A citada manchete incluÃa discos voadores ( menção a um episódio de infância narrado logo no inÃcio da matéria) e falava de sua rebeldia, caracterÃstica marcante da personalidade de Rita. Ou seja, mesmo se falarmos apenas da Manchete e não do imenso texto, que aparentemente não existe para as pessoas que estão polemizando, não houve nenhuma restrição.
Sou um progressista caretÃssimo, mas não acho que a biografia de ninguém, nem a minha, tenha de ser higeenizada.
Fail. A tentativa de criar um paradoxo da caretice progressista falha miseravelmente diante do mau gosto gritante da "matéria" sobre Rita x drogas/comportamento. Como diz o ditado, não adianta tentar polir o c*c*. Quem tá na chuva é para se molhar... a matéria é horrorosa e o repúdio é legitimo.
Parabéns! Rita vai fazer muita falta!
urrú, bolar unzinho ao som de 2001, que meu sangue ainda é de gasolina fervendo que nem sar de fruta num copodágua.
É isso, phoda-se a caretice!
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