Que coisa! A Folha acha legítimo questionar um governo por indicar ao conselho do BC candidatos alinhados com seu projeto político! Deveria fazer um sorteio?

FSP e BC juntos na cruzada para boicotar o governo LULA.

A FSP não cansa de boicotar o Governo Lula.

O governo cometeu um equívoco ao discutir juros e a política fiscal com tamanha veemência pela imprensa. Se a inflação subir a vítima será o partido político do governo nas próximas eleições, mesmo que a inflação venha a subir por um aumento de custos.

Por que o Editorial - representante do mercado = Faria Lima - não está vigilante e focado em fazer um diagnóstico sobre o atual patamar da Selic, que está em 13,75% ao ano? Por que a Folha não se questiona sobre as causas dessa taxa e buscar estratégias para mudar tal patamar que estrangula qualquer cenário de saída de nossa estagnação econômica, a redução da desigualdade social e a distribuição de renda?

Lula colocou a lupa lá dentro, logo saberemos se eh o CFO do Santander quem determina os juros e redige a ata. Como não há nada similar no mundo, alguma explicação tem que ter, a nação brasileira quer saber.

Entre defender o país e o capital especulativo, a FSP fez sua escolha. Lamento assinar um jornal que chama o governo de oportunista por defender a redução da taxa de juros, quando esse mesmo jornal fazia o mesmo nos governos passados do PT. O período bolsonaristas fez muito mal a FSP.

Criticar as maiores taxas de juros do planeta, em um país com dívidas na moeda nacional, com reservas internacionais elevadas e reservas internas portentosas para a folha trata-se de oportunismo rasteiro. Isso cabe em um panfleto lobista de baixa qualidade, que já não respeita mais o jornalismo. Parece que foi o Bolsonaro que escreveu esse editorial.

Em relação aos juros e às privatizações, a Folha se tornou dogmática. Ora, ela foge das perguntas principais: por que precisamos ter as maiores taxas de juros reais do mundo e por que omite a l discussão sobre inúmeras privatizações que fracassaram?

novos integrantes poderão identificas quem define a politica de juros e dita as atas do compom. Para a população parece que quem as faz é o CFO do Santader. No BC os caras do compom parecem operadores. Não tem outra explicação possível. Esta elevada taxa de juros não é para combater a inflação, não existe similaridade ao redor do mundo, tem que ter outra explicação. O neoliberalismo está com os dias contados no mundo desenvolvido, mesmo contra a vontade dos admiradores da jovem guarda do jornal.

Cruzada populista? Até os bancos privados contraem a oferta de crédito porque identificam queda de demanda. Sempre foi queda de demanda. Com os juros reais mais altos do mundo, o BC do neto de Bob Fields acaba sufocando atividade econômica e a redução do desemprego. Está na Lei da autonomia quer o BC tem que perseguir 3 tartarugas - inflação, atividade econômica e emprego. Campos Neto só toma conta de 1 tartaruga. As outras fugiram.

Engraçado, não lembro da Folha exaltar a "independência" do Campos Neto em relação ao governo Bolsonaro, que era marcada por sua participaçâo num grupo de whatsapp de ministros. Sinal de que ele tinha muuuita independência do governo (#sqn), mas sem a gritaria histérica da Folha.

A contestação de Lula, nesse caso, é técnica. É simplesmente comparar as relações taxa X inflação dos demais países (civilizados). A nossa é o dobro daquelas e isso aponta para um erro técnico, que sempre tem indução política na sua concepção.

A cruzada diária que a FSP empreende contra Lula é legítima; afinal, de cima de seu muro amarelo ela lutou bravamente pela democracia e foi eleita com seu corpo de editorialistas à presidência do país; assim, pode ditar as regras e até reconduzir paulo guedes para gerir a fazenda...

Lula deve parar de colocar energia nessa questão. O presidente do BC foi indicado por um presidente democraticamente eleito e que representa um perfil de eleitor. Democracia é isso. A ironia é que os empresários do interior de SP, região onde Bolsonaro ganhou em algumas cidades com 70% dos votos, pequenos comerciantes e industriários, são quem sofre com essa taxa de juros, mas eles estão felizes porque tem um bolsonarista no BC, um astronauta no senado e um carioca como governador do estado.

É preciso desconstruir a mentira tornada verdade mil vezes repetida na mídia: "o bc age opera com razões técnicas" ou "pode-se questionar o bc, mas com argumento técnico". Agrada aos ignorantes e aos cevados em renda fixa, mas não é verdade. Ou é verdade e todos os demais bancos centrais do mundo são fanáticos ignorantes da boa teoria, pois: BCE da zona do euro, o da Inglaterra e FED americano, com inflação mais alta têm juros negativos, um terço do juro estratosérico de campos neto e da folha.

Não se trata de preocupação com a inflação, mas com o fim da gorda ração dos rentistas e de seus intermediários os diversos banquinhos e corretoras. Este banquete, que Delfm chamava de "último peru com farofa do mundo" aumenta o já alto desemprego, inviabiliza qualquer investimento, concentra renda e joga a combalida economia na recessão, o que diminui as chances de reeleição do atual governo, talvez este o objetivo real do bc e do editorial.

Usando lupa, a folha, dia sim outro também, mantém a cruzada anti Lula, aliás, anti Luis Inácio Lula da Silva, Como preferem se referir. Abaixo o povo e viva a elite! Advertência: contém elevada dose de ironia.

Sra. Folha: Por que o Editorial - representante do mercado = Faria Lima - não está vigilante e focado em fazer um diagnóstico sobre o atual patamar da Selic, que está em 13,75% ao ano? Por que a Folha não se questiona sobre as causas dessa taxa e buscar estratégias para mudar tal patamar que estrangula qualquer cenário de saída de nossa estagnação econômica, a redução da desigualdade social e a distribuição de renda?

A grande 'mídia' perdeu o senso: populismo é vender produtos fátuos e vulgares, como BBB, em lugar do que outrora se chamava de 'notícia'... Lula tem alguns rasgos retóricos populistas, como a maioria dos estadistas, mas a crítica e a campanha contra os juros do BC não estão entre eles. A grande mídia tá escancarando demais a luta de classes - que deve permanecer intransparente segundo a cartilha básica do sistema da ordem...

Em alguns países, ao passar um tempo neles, conclui-se que ali dificilmente se consegue ficar rico, mas que a qualidade de vida é garantida. Vejo que essa é a agenda da esquerda no mundo todo, o que contraria os ânimos dos mais ambiciosos. Porém, é menos pior respeitar o rito institucional e aguentar suas externalidades, do que quebrar regras democráticas. Se o Lula concentrar-se agora em arrumar a casa e deixar o BC para lá, pelo menos o mercado não derruba a bolsa, e a ortodoxia não grita.

Perfeito!