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Eles tem um problema que não temos: muitos imigrantes em proporção à população local. É o efeito colateral do enriquecimento do país, fruto do neo-liberalismo implantado a partir dos anos 70.

Na verdade professora, é um problema do caráter plebiscitário do presidencialismo americano. É sempre 8 ou 80. Precisamos de uma forma de governo onde seja capaz de organizar os interesses reais da população e torne possível uma negociação informada. E não o toma lá da cá das negociações de emendas do orçamento.

O resultado da eleição nada mais é do que a insatisfação com o Boulos local.

O Chile tem um Neruda. Mas ali naquela geografia metade deserto e metade de fazedores de desertos, os herdeiros de Pero de Valdívia, jamais cederam para qualquer tipo de araucanos, mesmo os mais aguerridos. Nada a ver com Aguirre a fúria dos demônios. A lição dramática e triste de Allende há cinquenta anos atrás, nos ensina ou tenta ensinar, que lá como cá, a única coisa que muda são as mudas das araucárias e da esperança, cada vez mais frágeis.

Poi Zé, dona Hermínia, melhor que aprendam rápido aqui na brazucolândia. Nós estamos em situação numericamente assemelhada; não sei, contudo, qual o nível de parecença em relação à legislabostice: nossa má qualidade legislativa parece ter algo de único e profundamente enraizado. Tentei localizar dia desses um estudo citado pelo Marcus Melo, em que se discute a ortodoxia do voto local frente a um progressismo do "nacional". É estratégia Bozofrênica a busca por pequenas prefeituras. Abrolhos.

A engenharia comunicacional fascista é conhecida e previsível. Sempre há um cenário a beira do colapso, a tragédia a bater na porta, inimigos a serem eliminados porque além de terem ideias que não funcionam em lugar nenhum, degeneram a moral e os bons costumes. Esse tipo de coisa não se combate com medidas pontuais. É necessária uma cultura anti fascista, que rechaça o exoterismo, e que valoriza o conhecimento científico e a igualdade acima de tudo.

Sra Herminia, meses atrás voltei mais uma vez ao Chile. Anos de desgoverno esquerdista desfiguraram aquele que era a Europa na América Latina. Desemprego, pobreza, sujeira nas ruas, barracas de milhares de imigrantes recebidos sem o menor critério. Violência. Nosso amigo chileno ao ver 2 do nosso pequeno grupo serem assaltados, confessou quer mudar para o Canadá. A esquerda aqui e acolá defende ideias que não deram certo em lugar nenhum, a vanguarda do atraso. Lá, cansaram do populismo.

Trocaram a mobilização pela constituinte, deu no que deu. Desmobilizou e permitiu a retomada no controle pelos de sempre. Jogaram para o futuro e podem voltar ao passado.

E desde quando o partido Republicano é de extrema direita? O partido de Kast é de direita. O resto é conversa de esquerdista querendo inventar narrativas mentirosas. (para variar)

A ilustre articulista tem razão em sua leitura. Da descrição dada vê-se com facilidade que grande parte do eleitorado que participa das eleições vota contra seus próprios interesses, elegendo políticos de direita e centro direita. Basta ver a composição do parlamento brasileiro, em que a direita é majoritária, inviabilizando governos emancipadores. Só a educação nos salvará dessa súcia de negociantes!