Racionalizar sim o debate de descriminialização das drogas e do aborto. Mas somente avançaremos neste debate se um dia tivermos um Parlamento menos conservador, menos hipócrita, menos cínico nas opiniões e ações políticas. Militares-políticos e religiosos- políticos são entraves neste debate. Predomina a ignorância sobre os conhecimentos sistemáticos ou pesquisas cientificas sobre tais temas. Infelizmente.

Texto lúcido e alinhado com a melhores práticas adotadas em países centrais, exceto Brasil que prefere continuar encarcerado pretos pobres pela posse de um baseado.

Quando vejo a Cracolândia no centro de São Paulo, fico cada vez mais convicto da ineficácia deste atual sistema de combate às drogas.

Se a venda de drogas fosse liberada e regulamentada os traficantes deixariam de existir, metade da polícia está empenhada no combate às drogas, todo esse efetivo iria para crimes contra a vida e prevenção da corrupção. Quem mais ganha com a proibição às drogas é o traficante.

Parabéns, precisamos urgentemente avançar nesse debate, se pautando pela ciência e pelo bem comum.

É, Senhores, Prezadíssimos e doutos, o bagúio é lôko, e nóis, idem: não tá no gibi a má qualidade da discussão. É, creio, principalmente uma questão de cunho econômico, por um lado, e de viés moralistóide, por outro. Tanto um quanto outro, beneficiam meia-dúzia e ferram com milhões: vejamos a dificuldade de uso medicinal dos extratos de cannabis. Igualmente, o veto ao uso do MDMA em processos psicoterapêuticos. E da ayahuasca, psilocibina e congêneres. É um treco burrro, mas só anda pra trás.

Um dos graves problemas brasileiros está na incapacidade para o diálogo. Estamos tomados por verdades, muitas vezes obscura, que nos conduz na vida. Precisamos com urgência de uma educação libertadora pautada no questionamento.