As gravadores não só deixaram, e deixarão ainda mais, de ditar quais músicos e músicas lançar, mas também de impor o que é cultura e o que as pessoas vão ouvir. As redes sociais e plataformas permitem o contato direto do público com o artista e seu conteúdo - é o público que decide o que faz sucesso, o que vende, de forma muito mais democrática do que as gravadoras.

Anota aí: como tudo edtá mudando, quem no futuro ficará sem emprego serão as gravadoras. Parabéns a Anita.

Esse evento é uma das consequências da mudança nas relações de consumo. Ao leigo, é importante esclarecer que o comércio (em especial o varejo), apresenta frequentes mudanças. Mudanças essas nos sentidos horazontais (comerciais - todo o complexo de marketing), quanto os verticais (produção e distribuição de produtos e serviços). Qualquer outra análise fora desses aspectos determinantes, é chute.

O capitalismo, sobretudo o brasileiro, tudo suga e tudo quer. Vislumbrar um modelo alternativo de sociedade, é como estudar sexo dos anjos. Essa saída que músicos estão encontrando é semelhante à agricultura familiar. O agronegócio avança velozmente, impõe sua produção e alimentação restrita à commodities, invade terras e põe a culpa no vizinho ou na vítima, enfim músicos, pequenos proprietários de terras, de comércio, de todas as áreas precisam se unir e lutar por um país de fato humano.