Ilustrada > Revisão de livros para excluir termos racistas inflama debate no mercado editorial Voltar

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  1. Alberto Melis Bianconi

    Uma sensibilidade mórbida, que busca a todo custo apagar o passado, nossa origem. O puritanismo do século XXI quer se ver novamente como o centro do universo, a obra prima da criação. Está desconfortável dentro do próprio corpo, feito de carne, sangue e ossos. Triste e ridículo.

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  2. Paulo Garcia

    Guardem com cuidado seus livros. Em breve livros de edições antigas valerão várias vezes mais do que de edições novas. Somente gente muito rica poderá fazer compras em sebos, os outros terão que se contentar com as livrarias comuns.

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  3. Pedro Rivera

    Pequenas adequações não destroem uma obra, podem melhorá-la. Claro, devem ser feitas com critérios, por um corpo de profundos conhecedores do autor. Também não apaga a edição original, que segue resguardada. Gostaria de fazer um paralelo. Vamos imaginar um edifício tombado, o Theatro Municipal, por exemplo. Nele foram criados sistemas de condicionamento de ar e adaptações para PCD. Isto compromete o edifício ou torna ele mais acessível e inclusivo?

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    1. Paulo Garcia

      Avaliações por "profundos conhecedores" para efeito de vedar textos inadequados foram feitas pela Igreja Católica para criar e fazer manutenção do "Index Librorum Prohibitorum". Naquelas épocas também havia gente considerada bem-pensante que defendia com entusiasmo a iniciativa. O próprio Machado de Assis, durante um tempo, foi censor de peças de teatro; e não remunerado. Rumo a "1984".

  4. ELISMAR MEIRA PEREIRA

    Sem sentido um revisionismo deste. Retratar de maneira críticas tais manifestações racistas seria o ideal. A literatura serve também para retratar uma época. E o que vão fazer com os trechos e pensamentos racistas de muitos filósofos.

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  5. Geraldo da Silva

    Estamos caminhando para F. 451

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  6. Mauricio Ferreira Da Silva

    Os preconceitos se tratam de covardia ou ignorância, e estamos sempre buscando evoluir, precisando até mesmo de leis criminalizando esses preconceitos, uma vez que não é seu direito externar esses preconceitos, sendo que o direito da outra pessoa a não ser ofendida é defendido pelo direito! Entendendo então que esses escritores escreviam com esse direito assegurado de poder ofender, suas obras devem ser revistas pra se enquadrar na legislação atual, já que sua obra continua a ser vista!

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  7. Mario Garcia

    O revisionismo é o caminho para Farenheit 451.

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  8. Geraldo Junior

    Absurdo querer apagar o texto. Foram escritos na época, agora os racialistas e supremacistas negros querem mudar a obra. Caso clássico como racismo reverso!

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  9. Rafael Gallina Delatorre

    Se o próprio autor atualiza é compreensível, mas modificar a obra sem consentimento do autor é o mesmo que modificar a História, como fazem regimes totalitários.

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  10. Cristina Paraguassu

    A extrema direita queima livros (vide Harry Potter e outros no Canadá e EUA) e a esquerda identitária censura os reescrevendo. Precisamos reagir a estes extremismos (autoritários e ignorantes).

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  11. Miguel Gossn

    Só na cabecinha alucinada dessas patrulhas cirandeiras o mundo vai melhorar com censuras a clássicos literários. A propósito, alguém faça o favor de avisar esses idi otas que a esmagadora maioria da população brasileira (para ficar "só" aqui) não lê absolutamente nada. E a grande maioria dos leitores mais assíduos abomina esse revisionismo idi ota.

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  12. Miguel Gossn

    Concordo plenamente com todos os comentários aqui publicados. Sinal de que ainda existe vida inteligente (não posso falar sobre eventuais comentários posteriores ao meu). Só gostaria de deixar claro a essas editoras que jamais comprarei essas obras adulteradas, isto é, destruídas pelas idi otices tirânicas do politicamente correto. Aff...

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    1. Marie Santos

      Ler uma obra (antiga) com conteúdo racista não cria racistas automaticamente. Principalmente se for permitido ao leitor exercitar seu espírito crítico.

    2. Claudemir Araujo

      Vc é racista, cara. Quando as obras respeitarem as pessoas, só vai te sobrar ler os racistas do passado.

  13. Maria Cristina Gennari

    Bom, já que é para ser politicamente correto, temos que corrigir a bíblia que ofende várias raças e tribos, além de ser machista e cheia de crueldades. E, então revisaremos e alteraremos os Lusíadas, Don Quixote, a Divina Comedia, A Ilíada, A Odisséia, os dois Priíncipes, o antigo de Maquiavel e o moderno de Saint-Exipéri, além dos gregos machistas e pedófilos como Sócrates e Platão. Deixemid a nossa História e a nossa Literatura em paz e vamos corrigir os verdadeiros problemas do Brasil

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  14. Jorge Rodrigues

    Jamais leria um livro censurado e modificado pelos seguidores de políticas identitárias. Tais políticas são sectárias, insensatas e têm o péssimo hábito de enxergar o passado através da ótica da atualidade.

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  15. Giovani Ferreira Vargas

    Petezada em ação! Letras de funk, então, nem pensar: liberdade total. Kkkk

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  16. Gilberto P Santos

    Então inicia-se o processo com alterações de obras-primas da literatura. Prossegue o revisio nismo de pinturas que possam ser consideradas ofen sivas. Continua a marcha com letras de músicas que apresentem indícios de eventual ¨agres são¨. Parte-se, em sequência, para o branquea mento das ¨incor reções¨ da história. Implanta-se, ao final, a plena auto cracia. Não vimos este cenário antes?

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  17. Graça Sette

    Educação pública de qualidade já, para formar leitores literários capazes de contextualizar as obras. Conhecer o passado é uma ferramenta para entender o presente e projetar um futuro de respeito e igualdade.

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  18. JAILSON DE BEZERRA

    Se gastássemos nosso tempo educando a população, dano-lhes subsídios para poderem amadurecer intelectualmente para saberem a diferença entre o verdadeiramente certo e o irremediavelmente errado, não perderíamos nosso tempo em pontos de vista hipócritas que guiam o politicamente correto. E não censurariamos os coitados dos livros. Eles foram escritos em tempo diverso do nosso. Seria reacender a chama na zis ta da queima de livros.

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  19. Júlio Pedrosa

    Será que passarão a limpo o trecho do capítulo 30 de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", em que Brás Cubas lamenta que Eugênia seja coxa, apesar de bonita? Ou, por se tratar de Machado de Assis, o assunto passará em branco? Talvez esses leitores sensíveis não leiam literatura brasileira clássica.

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  20. lucas emmanuel

    Pondé avisou que isso iria acontecer.. como diria a Banda Eva "é o fim da odisseia terrestre".

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  21. Antonio Nunrs

    Teriam que retirar da letra da música de Chico Buarque: " Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta"...

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    1. Paulo Garcia

      Se a obra inteira de Chico Buarque for revista aos olhos dos atuais revisores, ele terá mais músicas proibidas hoje do que teve nas décadas de 60 e 70. O paradoxo é que a proibição atual será feita por aqueles que protestavam contra a censura no passado.

  22. paulo da silva

    O apagamento da história é primeiro passo para o esquecimento. Aulas de história contando as coisas ruins para que, vamos contar só a riqueza e a pujancia. Mostrar os horrores do Nazismo pra que?

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  23. victorio carmo

    Sou contra essa pasteurização do passado. A obra de um autor reflete o caráter e o quadro de referências do mesmo. A posteridade vai avaliar a obra como foi feita e não a obra “corrigida”

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  24. Enos Mendes

    Como foi bom ler os livros do jeito que eram antes dessa idiotice...

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  25. Ricardo Baumhardt

    Estupidez revisionista.

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  26. Antonio Carlos Orselli

    Querem ser os novos Ruy Barbosa, aquele gênio que mandou incinerar todos os registros existentes sobre a escravatura no País.

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  27. antonio mateos

    Daqui a pouco proporão a eliminação de referências aos feitos/conquistas de Napoleão, Júlio César, Gengis Khan (notório estuprador) etc etc. Quanta besteira…

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  28. FERNANDA Salgueiro Borges

    Isso é Absurdo! Ninguém apaga a História ! Deve-se ensinar justamente História e interpretação de textos no Brasil e com urgência !

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  29. SERGIO VICENTIN

    Buscar consenso nesse tema é sonhar demais. Contudo, modificar os clássicos seria apagar fontes históricas de como era, agia e pensava a sociedade retratada em seus valores e vivida pelo autor. Revisarão a Bíblia, principalmente o Antigo Testamento, que está eivada de passagens racistas, de incesto, de violência (guerras, mortes, vinganças), de traições, de machismos, de etnocentrismos, etc ? A lista é longa.

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    1. SERGIO VICENTIN

      A próxima meta dos revisionistas será a de alterar obras artísticas, pinturas e esculturas antropocêntricas ? O tempora! o mores!

  30. Lucia Margarida C Japp

    Um crime! Tão absurdo quanto querer retocar as sobrancelhas da Mona Lisa.

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  31. Ernesto Dias Junior

    O século 21 criou essa nova classe de inteligentinhos: os críticod de defuntos.

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  32. Wilson Barbosa Soares

    Será que ainda leremos "Guerra nas Estrelas" sem Darth Vader? Ou sem a Princesa Leia? Afinal, seu primeiro texto diz que "sentiu o cheiro fétido de Vader no momento em que chegou". Com certeza, deve ofender alguém.

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    1. SERGIO VICENTIN

      Imagina alterar obras de Dostoievski , de Tostoi, de Dante, de Goethe ,de Freud, de Moliere , de Machado e de tantos outros?

  33. Beckenbauer Simas

    A última frase do artigo, de autoria da Thalita, me agrada muito. Eu concordo com ela.

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  34. Mario Luiz Frungillo

    Revisar obras do passado implica em apagar as marcas da história. Vamos reescrever então os livros de história também. Ficaremos com um passado limpinho. Bandeirantes serão papais noéis brasileiríssimos levando presentes de sei lá o quê (Natal é colonialista) aos indígenas. Essa atitude só leva água ao moinho da defesa fake da liberdade de expressão pela extrema-direita.

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  35. Ivan Zacharauskas

    As mudanças que queremos que sejam para um mundo cada vez melhor e mais aberto a abraçar todas as diferenças e semelhanças, somente existirá se reconhecermos e aceitarmos o que fomos no passado. Apagando o passado, apagando a História, não haverá nenhuma percepção das mudanças.

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    1. Beckenbauer Simas

      Sim. É preciso que o passado sirva como referência para mudanças e permanências.

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