Luiz Felipe Pondé > Só sendo irrelevante você escapa da censura Voltar
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Esse texto do Pondé tem de ser colocado num quadro e fixado na entrada dos tribunais de justiça do Brasil. Simplesmente perfeito ao retratar de forma cabal a nova cara da censura: "democrática" "do bem".!!!
E ainda tem gente que pensa que se pode regular alguma coisa no mundo digital. Qualquer regulação só vale até amanhã; de manhã.
É impressionante a energia que esse cara gasta pra desqualificar quem se levanta contra agressões a minorias. Nunca vejo a mesma disposição para combater o reacionarismo que paira sobre o nosso mundo contemporâneo. Pondé é um bolsonarista enrustido, ninguém me tira isso da cabeça.
Estou começando a acreditar nisso tb. Alguém, do nÃvel intelectual dele, não enxergar os malefÃcios, para a civilidade do debate e da democracia, causados pela lacração ilimitada...Isso me lembra a passagem do "endomoniado de gadareno" lá do Novo Testamento. Lá, tal qual os bolsonaristas, o demo tb achava q tinha um suposto direito de continuar oprimindo aquele homem, vÃtima dele.
Pondé, simplesmente perfeito! Vivemos tempos estranhos, onde se impõe a ditadura da minoria, sobre a maioria onde se cerceia a liberdade de pensamento, de expressão e de opinião. Pois se eu tiver uma visão de mundo diferente da sua ou de quem ocupa cargos de poder, corro risco de ser denunciado por heresia, queimado na fogueira publica midiática da televisão, que não suporta, nem sabe lidar com o debate contraditório e antagônico aos seus valores e a sua visão de mundo, muito tenebroso.
Isso é puro exagero de quem quer defender um direito (ilimitado e inexistente) de lacrar, só se for, pq não vejo ninguém censurando alguém "só pela sua visão de mundo". O que se está em debate, e o Judiciário, felizmente, tem assegurado o mÃnimo existencial civilizatório, são os limites entre crÃtica e lacração. A democracia sempre conviveu muito bem com as crÃticas, as mais ácidas possÃveis. Mas o fenômeno da lacração é novo e deve ser combatido sim.
Creio que pensamos na liberdade num contexto de "mundo analógico". A tecnologia da indústria de comunicação digital de massa tornou-se o elemento de ruptura com a teoria da liberdade desenvolvida à partir do século XVIII. Deverá haver uma nova reflexão para sua extensão e aplicabilidade.
Vou te dizer... Deus morreu.
Cuidado com a intolerância religiosa! Pimenta nos olhos do outro é refresco. Ou a crÃtica e o contraditório só vale pra um lado?
Mais do mesmo em sua forma lÃquida. Luizinho se valendo de um brilhante inteligentinho que foi Zygmunt Bauman, para deslocar a discussão para o campo conservador. Luizinho tem sempre a pretensão de ser relevante, afinal irrelevante é sempre o outro para ele.
?... Não acredito que eu vá encontrar no texto de hoje algo concreto que justique a inferência de que o outro seja irrelevante para o Pondé. Mas enfim,... é vc sendo vc. E eu sendo eu mesma. Rssssss...
Diferentemente da reflexão do colunista, o que parece infestar em nossa sociedade é o sentimento da 'relevância a qualquer custo', mesmo que seja com uma frase ou piada racista, discriminatória, uma mentira que desafie a Ciência ou a História, ou que agrida a vida alheia. Enfim, é aquela vontade de aparecer; a angústia de ser 'relevante' está levando as pessoas a fazer e falar uma estupidez maior do que a outra buscando essa tal 'relevância'...
Concordo que há uma guerra cultural em curso e intimidação de perspectivas diferentes, em todos os nÃveis, pra todos os lados. Mas gostaria de uma proposta do autor sobre um modo de regulação de conflitos da espera pública, ou estamos falando da defesa da liberdade neoliberal que abandona ao acaso e ao escárnio os grupos mais vulneráveis e o fomenta pelo livre discurso toda a opressão?
De, "O preço da liberdade é a eterna vigilância", para, --o preço da liberdade é a eterna irrelevância.
Pondé é pensador liberal conservador; categoria que parece contraditória nos seus termos, mas não é. Laissez-faire decimonônico com o deus mercado operando num limbo misterioso e no campo das idéias, coisa parecida. Essa filosofia de Smith e Ricardo já foi esgotada e criticada ad nauseam mas como Fênix, sempre renasce nos pseudo filósofos deste século em todo o orbe. O Capitalismo e sua ideologia agradece o serviço. Agora é "censura lÃquida", amanhã...
Por que é preciso ser relevante? É preciso? Não quero ser relevante, não quero salvar o mundo - até porque ele não quer ser salvo. Não posso apenas cuidar, apenas, do meu jardim?
Artigo forte, dos melhores que li sobre o tema. A propósito, quando, em 1984, foi lançada a última versão do filme baseado na obra de George Orwel, muitos disseram que era datado pois, afinal, a "guerra fria" já havia acabado, a União Soviética se esfacelado e as democracias estavam em ascensão. Hoje, o livro parece mais assustador do que nunca. O filme completo está disponÃvel no YouTube falado em alemão, mas a legenda pode ser convertida para o inglês.
Assustador. E pra piorar, lendo alguns comentários, parece que o inferno continua sendo os outros.
Não seja desmancha prazer só porque não consegue se divertir.
O que eu falo, faço e até o que penso, provavelmente há gente do governo sabendo! Por que então os criminosos do telefone continua aplicando golpes? Desconfio, que não há interesse em combater crimes, pois este rendem muita matéria para jornais e para os historiadores. Será isso?
Faço votos que o articulista convença aos racistas, machistas, reacionários e golpistas a voltarem ao seu lugar de irrelevância, o esgoto da invisibilidade, pra onde suas diarréias mentais devem refluir definitivamente.
A recÃproca é verdadeira!
Isso já não era observado por Toqueville sobre os Estados Unidos do inÃcio do século 19? Na medida em que esse paÃs se tornou hegemônico, seus costumes se espalharam pelo mundo. Por exemplo:'o que mais me repugna na América não é a extrema liberdade que lá reina. mas a pouca garantia que encontramos contra a tirania'. Ele falava sobre uma tirania da opinião pública, que é algo 'lÃquido', uma pressão que vem por todos os lados.
Meu caro ministro, a garantia contra a tirania está na 2a. Emenda, que permite ao cidadão o uso de armas, inclusive para derrubar governos ditatoriais.
Seja um racista, homofóbico, apoie o nazismo, a escravidão e defenda poluidores contumazes, mas seja irrelevante, e assim escapará do julgamento moral da sociedade e suas consequências. É isso Pondé?
Não, não é. Para entender é preciso sair do cubÃculo onde vc está e entender que o que escreveu aà em seu comentário, é apenas o replicar de um monte de mentiras que meterm em sua cabeça, talvez via alguma madraça petista, talves via mÃdia cooptada, talve por pura ignorância quanto aos fatos.
Pena que a censura lÃquida nunca alcance os bagres ensaboados. Estes, esguios, sempre passÃveis de fazerem as crÃticas mais ácidas a quem sabem, que nunca os perseguirão. Mas sempre arranjam bons motivos para amainar as crÃticas a quem.gosta de usar o chicote da verdadeira censura.
Nesse mundo, quanto mais irrelevante, mais feliz, contanto que tenha bons meios de sobrevivência!
Sou crÃtica contumaz da colunas do Pondé, sempre carregadas de maldade e preguiça, além de baixa inteligência. Por isso, me sinto na obrigação de dizer que achei esta bem melhor. Sigo discordando do autor, mas pelo menos enxergo um argumento e não uma espécie de vômito em cima do leitor. Como a Folha insiste nessa convivência errática, peço para que siga assim nos próximos.
Você é solidamente relevante?
Sua crÃtica é tão lÃquida que mais parece censura disfarçada de crÃtica. Se fosse possÃvel tenta pegar sua crÃtica com as mãos ela escorregaria se transformando como um camaleão em censura.
Pondé, será que está falando do Brasil? Senão está, parece que sim! Observe que o cercadinho do Lula já entrou em ação. Parabéns pela coragem de sempre!
Se esse texto contivesse a assinatura do Olavo de Carvalho ninguém estranharia. Aliás ele já foi vizinho de coluna do articulista, por quem obviamente se deixou mansamente influenciar...
Gostaria que o autor começasse por definir censura. Porque não o faz intencionalmente. Satisfaz aos de menor rigor intelectual. E vida que segue na FSP.
Lulaplanistas enxergam censura somente em ideologias alheias. Classicamente se consideram seres superiores que vieram para ensinar. Raramente olham o espelho. Não suportariam a verdade.
Texto coerente, mostrando a tendência autoritária das nossas democracias. Faltou dizer que os excessos identitários de nossa sociedade, mesmo quando agressivos, nunca são censurados. Por que será? Pondé bem sabe a causa da censura lÃquida das democracias modernas, e ela está em Nietzsche: O homem irrelevante não almeja a liberdade, mas a segurança.
Sensacional, aterrador, uma sÃntese da percepção atual, e algo que estado brasileiro vem mimetizando à perfeição. E lá vai a democracia ladeira abaixo, sob os rapapés da soberba judiciária, extinguindo o desconforto da liberdade de expressão. Sem seu pilar fundamental, restará se submeter à verdade do estado. Nada mais maoÃsta, nada mais totalitário.
Deve ser por isso que o Pondé não é censurado. Já eu nos comentários, não tem um dia sem ser censurado pela moderação.
Ué?! O mesmo que vc meu caro Fernando. Não é óbvio?!
Não sei o que essa tal de Carolina Figueiredo ganha para ficar atacando todo mundo que crÃtica a coluna do Pondé todas as semanas.
Tadinho, vÃtima dos algorÃtmos.
A filosofia é aquela bactéria de laboratório que não sobrevive fora de condições milimetricamente controladas. Fora da placa de petri não há esperança. Eis que toda a verborrágica metáfora só sobrevive no campo do pensamento. Infelizmente não há ser humano que não idealize uma jaula, coleira ou algemas. Liberdade é um sonho cobiçado somente enquanto sonho.
Mais um excelente artigo do senhor Ponde’! O governo hoje se sente todo poderoso para controlar e ditar até mesmos nossos sentimentos. O governo, com o apoio dos ditadores da internet, arvora-se a regular nossas garantias e direitos individuais. Caminhamos para um mundo cinza da irrelevância como bem disse o Ponde’. Continuo a acreditar na defesa dos discursos que odiamos!
Depois que encontrei "no que tange a censura" parei, mas também já estava no fim.
Sério, para alguém que ainda busca alguma coisa relevante neste ser, acho vale buscar a coluna dele: Quem crê em conspirações acha que é Einstein, mas não come ninguém. Depois de ler não tem como não ter ojeriza pela figura, e olha que gosto de churrasco.
Sim Carolina, tenho sempre a mandioca comigo, junto com carne seca dá um bom escondidinho. Não tenha preconceitos com mandioca, ela é muito recomendada, estou certo que conseguiras gostar quando experimentares, tem até umas receitas de um tal de Freud. Pelo menos nos divertimos aqui, já que a coluna nem li. Becitos.
Detalhe o id não é imaginativo, ele condensa,desloca,armazena. A imaginação não é algo que se consegue culpar o id. É fruto de todo o conjunto do ser. Quanto "à " mandioca cada um pensa no que gosta.Acho que a censura não tem cobrado imposto sobre o pensamento. Ainda, não!
Não tenho titularidade para tal. Nem bagagem. Portanto não me identifico, mas admiro. Sinto prazer na leitura.
Carolina, tens a censura da complexidade da negação do imaginário do id no parâmetro da modernidade no subjetivo da mandioca, fácil? Nem tanto. Tu tens o meu voto para substituir o Pondé na folha.
Porque não seria possÃvel a identificação com a figura, sendo a ojeriza nada menos e nada além do que a própria identificação na forma de negação da identificação? Só é permitido se identificar com a figura na forma de negação da identificação? Não seria próprio censura? Complexo, ne?! Só que nem tanto.
Sim Carolina, mas é menos pior do que se identificar com esta figura, tendo milhares de outras a disposição.
Contraditório você. Sente prazer em ter ojeriza pela figura?
Também não é para tanto, né seu Rosa!
Quando a civilização grega arqueava com a demagogia no seio da sua democracia participativa, Platão, em A República propôs o que viria a ser a democracia representativa, que já vimos não ser perfeita, especialmente quando dominada por fisiologistas e corruptos. A imprensa profissional, a publicidade, também seguem esse modelo com a auto regulamentação, mas vivemos momento difÃcil de enfraquecimento das instituições, representações e surgimento de um novo autor, que propõe um retorno à demagogia.
Caro Alexandre, se você é bolsonarista, seu comentário é mais do que esperado, se não é, sugiro que reveja seus conceitos. Se não é o Estado a governar, vai ser quem? A milÃcia?
É um paÃs livre, camarada. Tem todo o direito de escolher a coleira do estado, desde que somente você seja forçado a usá-la.
Refiro-me às big techs e sua tal liberdade de expressão irrestrita.
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