Cida Bento > Há muito a dialogar sobre programas de inclusão dos negros na economia Voltar

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  1. Tadeu Humberto Scarparo Cunha

    Cara Cida seu texto é muito eloquente e realista, mas como alguém em outro comentário mencionou somente com uma revolução na educação pública nas periferias poderemos resgatar essa população prioritamente de afro-descendetes das garras da pobreza e falta de oportunidades.

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  2. Mario Garcia

    Penso que o racismo começa ao se identificar a cor do indivíduo em seu registro civil. Isso devia ser eliminado. Pode não parecer importante em razão da tragédia dos atos racistas. Mas seria uma atitude concreta do Estado para amparar a igualdade e emancipação das pessoas vulneráveis.

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  3. Luis da Gouveia

    O maior processo de inclusão dos negros seria universalizar a educação pública de qualidade. Se a maioria dos pobres são negros e eles em sua maior maioria ainda estudam em escolas públicas, defende-se que o melhor caminho para inclusão seria a escola pública realmente fazer a diferença na vida dos seus estudantes. Infelizmente, não é o que se constata pelo país afora, principalmente nos guetos e periferias das grandes cidades no qual a criminalidade é fator desestabilizador das comunidades!

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  4. José Cardoso

    Os negros sempre estiveram incluídos na economia. Afinal são historicamente a classe trabalhadora do país. O que precisa aumentar é sua participação na propriedade dos meios de produção. Em vez do português no caixa e o negro trocando pneu na borracharia, haver mais negros também no caixa.

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  5. Flavio Ferrando

    A situação é complicada, primeiro porque nem todo negro é pobre e nem todo pobre é negro. Negros são a maioria no país e também são desproporcionalmente mais pobres. Se os programas de cotas fossem direcionados por renda, e os cotistas compulsoriamente trabalhassem para o estado por um período mínimo igual ao período da educação, com salários compatíveis com a função. Poderíamos ter mais negros no serviço público e menos tensão racial. É somente a minha opinião.

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  6. Alexandre Pereira

    Há muito o que falar sobre inclusão de pobres na economia? Com certeza. Distinguir entre vulneráveis com base na cor da pele é desumano.

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    1. Alexandre Pereira

      Pois é Flavio, da mesma forma, dois errados não fazem um certo. O proselitismo vigente usa os carentes para a auto-afirmação das camadas superiores da sociedade. Que enxerguemos pobres a partir de suas necessidades, não a partir de narrativas, pois desumanizá-los com base na cor da pela é monstruoso.

    2. Alexandre Pereira

      Lilian, não existe racismo do bem, mesmo quando serve de ferramenta para narrativas. A pobreza une todas as etnias (raça é coisa de eugenista) e não reconhecer isso é vil e essencialmente racista. Tirar o pão da boa de um pobre hoje, baseado no passado, é endossar o nazismo, o fascismo, o maoísmo e outros ismos. Os vulneráveis não tem culpa da história e esquecer isso é desumanizar os carentes para satisfazer o proselitismo burguês.

    3. Flavio Ferrando

      Lilian, desconsiderar o racismo é criminoso, mas existem maneiras de fazer o programa funcionar sem exacerbar tensão racial. O salário mínimo americano foi criado como ferramenta racista, pois se o empregador ter que pagar o mesmo salário para o pobre branco, negro ou latino, porque contratar negros e latinos. Portanto é necessário muito cuidado no desenho de políticas públicas para que o fins sejam alcançados. O ótimo é inimigo do muito bom.

    4. LILIAN SANTIAGO

      Esse tipo de comentário me lembra os pedintes dos anos 1970 que punham uma criança loira no colo pra pedir dinheiro, porque sabiam como a mentalidade brasileira funciona. Desumano é desconsiderar o racismo em nossa sociedade.

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