Hélio Schwartsman > Livro de filosofia da física explora as metafísicas geradas por fenômenos quânticos Voltar
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"teorias pressupõem ontologias, isto é, precisam especificar a "realidade" sobre a qual falam." Se o que o autor fala, muitas das ideias discutidas na fÃsica ("teoria das Supercordas, por exemplo) não pode ser considerada teoria. Confesso que concordo com o autor.
Júlio, na verdade. Não estava sugerindo nenhum tipo de trisal!
Ótimo para você, Nádia/Fernando
[Julio, marido de Nádia escreve]: Discordo.
O bom, ótimo do colunista é exatamente não "fechar". Não à -toa está no topo da página 2, ao lado dos Editoriais. Sugiro tocar nos misticismos quânticos que assolam camadas médias na crença dos apelos que psicólogas(os) e suas "terapias quânticas" , astrologias, etc. Dizi meu pai , repetindo um professor, que o que mais se aproxima da idéia do Infinito é a tolice humana. Claro, precisamos crer nalguma coisa, utopias, esperanças, "De ilusão também se vive"(retiro de tÃtulo no Brasil de um filme).
'...descreve oito experimentos que carregam a essência dos fenômenos quânticos e seus mistérios.' Acho que essa abordagem é perfeita. Uma das dificuldades da fÃsica quântica é que ela explica eventos totalmente fora da experiência quotidiana. Por exemplo: qualquer um pode observar a decomposição da luz em cores, com um prisma. Mas para ver finas linhas escuras nessa decomposição só com um espectrômetro. E o modelo atômico de Bohr, um dos primeiros grandes sucessos 'quânticos', as explica.
Um trabalho espetacular sobre esse assunto são os dois volumes de "Conceitos de FÃsica Quântica", de Osvaldo Pessoa Jr., livro que ganhou o Prêmio Jaboti quando foi lançado. Agora está na 4a edição. Eu tabalho com o assunto e recomendo.
Falou, falou, mas não disse nada
Enfim um ambiente saudável! Comentários excelentes! Parabéns ao colunista que conseguiu atrair para o debate pessoas de elevado nÃvel intelectual !
O colunista certamente deve ser brilhante, mas seus texto só conseguem abrir algo complexo e nunca fechar com alguma amarração satisfatória. Ao fim, ainda que bons temas ler esta coluna é sempre frustante. Talvez seja mesmo um profissional de grandes textos e este curtinho nao dê fit com ele. Enfim, uma pena, bons temas.
Se a realidade é composta de doze variáveis, o ser humano, se calhar consegue perceber intuitivamente não mais do que três, daà que nossas explicações sobre tudo são sempre insuficientes e temporárias. Hoje é possÃvel provar isso em laboratório, mas quando era hipótese, detratores disseram que isso seria o fim da filosofia. O humano se acha imagem e semelhança de Deus, por isso confia em ontologia teórica. Se esse livro não toca nessa questão, leituras adicionais são necessárias ao leitor sério.
Antes que me esqueça: acho excelentes as ilustrações de Annette Schwartsman.
Prezada Maria Almeida, também acho excelente a ilustração intuitiva, da gravidade quântica de Annette Schartsman. Um mundo de quanta de espaço na espuma do espaço-tempo. Um mundo que um conjunto de equações descreve ou uma teoria. Um pulular de quanta, luz, sombra, espaço, tempo, ondas, partÃculas e interações. Mundo novo e estranho. Como num sonho onde bolas brancas minúsculas seguem uma corrente elétrica rumo ao infinito. Mundo repleto de mistério.
Muito obrigada!
Mas o e é a Filosofia moderna senão esse movimento deflacionário de suas pretensões ontológicas? Espanta o ar de novidade. Em q pese a pobreza da tradição filosófica anglo-saxã, há dois séculos à Filosofia confere o trabalho de extração das potencialidades metafÃsicas de conceitos cientÃficos. E a tara pelo fim da Filosofia e da arte expõe aqueles que, por razões diversas, desejam eliminar da linguagem o lugar em q fala e pensamento encaram seus limites. A tara pelo reino absoluto da utilidade!
Acredito que aprendemos coisas em filosofia, mas as coisas são complexas quando falamos sobre a realidade e as ontologias que as teorias pressupõem.
Carlo Rovelli é o novo "Stephen Hawking". No livro O Abismo Vertiginoso:Um Mergulho nas ideias e efeitos da fÃsica quântica, ele fala das relações entre a fÃsica e a filosofia. No Livro A Realidade não é o que Parece, ele diz que Pitágoras foi o responsável pela criação da palavra filosofia. Filosofia é amizade pela sabedoria. Filósofo é amigo da sabedoria. Sou amigo da fÃsica e filosofia.
Até mesmo Putnam muda de posições sobre o realismo cientÃfico e o que é a realidade, ao longo da vida. Laudan refuta o realismo de Putnam, afirmando que a noção de referência é complexa e insatisfatória. Quando falamos da realidade, na verdade usamos um pacote de princÃpios, e não apenas o realismo ingênuo. Philip Kitcher, por sua vez, ataca Laudan. Ficamos com um punhado de teorias, umas defendendo o realismo, outras, antirealistas, defendendo o pragmatismo.
Putnam defende o realismo cientÃfico. Isso leva ele a ter concepções metafÃsicas sobre as entidades matemáticas e conceitos teóricos na fÃsica. Os anseios realistas nasceram dentre os ideais equivocados da metafÃsica tradicional. Putnam no livro Pragmatism fala sobre o desastre da influência da ontologia na filosofia analÃtica. Propõe abandonar a ontologia para afirmar a objetividade da matemática. A tentativa de fornecer uma justificação externa à matemática é desorientadora.
O professor de Hawking, em Saint Albans, Dikran Tahta, mostrou-lhe que a matemática era o projeto de construção do próprio universo. Hawking diz que o princÃpio da incerteza abala o sonho de Laplace de um modelo determinista do universo. Para Hawking a partir do séc. dezenove a fÃsica se tornou técnica e matemática demais para os filósofos. Wittgenstein disse que a única tarefa que resta para a filosofia é a análise da linguagem.
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