Muniz Sodre > O racismo e uma cidade no estado mais negro do Brasil Voltar
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Não há necessidade de moderação. O comentário reflete o que afirma o articulista. Utiliza a palavra apartheid, de modo necessário, em contexto absolutamente pertinente. O algoritmo 'seleciona' palavras. Não sabe interpretar textos.
Uma prefeita governar a sua cidade exilada em outra, com proteção de guarda-costas, é algo totalmente disfuncional. Isso fica pior se ela é negra e a população de sua cidade também o é, em mais de 80%. A Lei Afonso Arinos já tem mais de 70 de vigência. Esta lei pune "atos resultantes de preconceitos de raça ou de cor". Editada no longÃnquo 1951, está muito aquém da realidade. O combate ao racismo há que endurecer, sob pena de vermos surgir aqui um 'apartheid' tropical tardio.
Seo Munir, como diz o meu estimado amigo Marcos Benassi, mas a prefeita é do republicanos que era base do Bolsonaro, e a gente lembra bem a" gentileza de comportamento" que eram eles!
A esquerda que cultiva, após Frankfurt, a polÃtica identitária é a mesma que apoia tiranos cruéis e sanguinários como Putin! Onde está a coerência? Pregunto yo!
Acho reducionista atribuir a perseguição à etnia da prefeita ou a ismos semelhantes. PolÃticos se movimentam por poder, por ganhos econômicos, pelo butim. Deve ter perturbado as estruturas existentes e, talvez, seja alguém sério, tentando resolver os problemas da cidade, o que bastaria para atrair a ira dos oligarcas locais. Reduzir isso à narrativa de preconceitos é simplório, para dizer o mÃnimo.
1.1 Bem, o texto do autor me parece habitado pelos espÃritos mencionados de Achile Mbembe. Chico Mendes ou Dorothy Stang morreram pelas mesmas forças que ameaçam a prefeita de Cachoeira. Eles não representam o interesse econômico das elites locais (no entorno do clã Pereira, cheia de pardos). Celso Pitta, por exemplo, estava bem assistido por médicos brancos no hospital SÃrio-Libânes. Entretanto, como Toninho do PT ou Celso Daniel, mesmo brancos, não tiveram a mesma sorte.
1.2O Sul é fascista?Seria condenar todo um povo por movimentos, de fato, questionáveis.Assim como nem todo homem branco é culpado pela escravidão (passada ou presente).Ou ainda, como se todo homem fosse um potencial estuprador, por apenas ser homem. Foram proeminentes abolicionistas brancos dentro e fora da monarquia que foram determinantes para esse processo de libertação (e.g.) Ao reduzir um mundo complexo em poucas classes analÃticas perde-se muito rigor. Mas insufla a militância.
1.3 Em relação ao ponto: “simplesmente afrouxar a camisa de força das hierarquias raciais, sexuais e coloniais periga ressuscitar o pior. Reacionário não discute: é só aparelho de ódio.” Dá para fazer um belo contrafactual contemporâneo em certas tribos das Américas do Sul e Ãfrica onde o tal homem branco pouco interagiu. Me parece (sic) que até mesmo nascer albino ou gêmeo significa uma sentença de morte e insegurança à s famÃlias. Mais iluminismo, por favor.
A Bahia, (e também Pernambuco) são desafios para qualquer sociólogo. Não só a direita, mas também a esquerda é rarefeita de afro descendentes. É só dar uma olhada na cara dos governadores e ex-governadores desses estados: não é a cara do povo que se vê nas ruas. Como as eleições são livres e secretas, a única explicação é que os mais escuros votam nos mais claros. Há uma hierarquia de cor entranhada na cabeça do eleitorado.
Então 'pela cara dos governadores' conclui-se que preto não gosta de preto?
Muniz toca na ferida. O discurso da esquerda neste século 21 calcado em uma mistureba que deságua, invariavelmente, no maldito paternalismo, mesmo que de forma desconexa. Não poucas causas justas já tiveram sua inserção na percepção coletiva retardada ou mesmo tornadas em vão apenas por terem sido defendidas da forma errada.
E olha que a prefeita é de um partido da base do ex-presidente que morou na Flórida. Já que o autor falou em banho de cachoeira que Mamãe Oxum cuide da prefeita.
Exatamente meu caro. Todo mundo armado.
Óia, meu caro Vanderlei, se bobear precisa mêmo de proteção de Oxum: a depender do quimorde dos desafetos, a prefeita corre sério risco. Voltamos ao faroeste, com a benção da Taurus/CBC, Rossi e bancada da bala.
Xiiiiiii, Sêo Muniz, "mobiliza estratos silenciados", mas sei lá o que é que as vozes da prefeita e eleitores comunicam: não nos esqueçamos de que os nossos Republicanos, num ponto de contato com os xarás sobrinhos de Sam, são de uma religiosidade neo-primitiva, né? Ressalva feita, creio que o senhor tá certÃssimo: a troca discursiva da esquerda deu uma estropiada na consistência da luta. Nem mesmo o meio-ambiente, pragmático e urgente, tá sendo capaz de dar unidade ao esforço civilizatório
Hahahah, Tha, minha cara, agradeço a apreciação, mas genial é o Seu Muniz, com estilo e estirpe; eu, se couber em jênyo, já tá de ótemo tamanho...
Queria conhecer vc Marcos… vc é um gênio!
Sodré, sempre visceral... sempre genial.
Parece coisa do ChatGPT.
É o que acontece com qualquer leitor falto na arte de interpretação de textos. O escrito de um humano inteligente é indistinguivel do de uma máquina 35tup1da. É falta de Machado. Se é que me entende.
Ótima reflexão...E como disse aqui outro leitor, hoje temos os jagunços digitais, o ódio e preconceitos vão a galope acelerado e repercutem nos quatro cantos do paÃs... É o faroeste das redes. Nada mais nocivo, nada mais urgente para regular...
Bem colocadas arguições. O fascismo é ágil e sádico. Não aguarda um segundo para se manifestar, quando descoberto ao brotar do esgoto. Basta uma piscadela na reação asquerosa dos seus jagunços digitais, após uma cidade histórica e heroica reagir ao instinto sanguinário dessas bestas contemporâneas.
Que texto infeliz
Folha, não dê espaço ao Muniz! Ele enxerga guampas em cabeça de cavalo!
Como dizia aquele brilhante escritor, toda a generalização é burra, e as vezes os articulistas também. O preconceito contra as pessoas do sul também é preconceito ou não?
Gente, moro no sul, nas cidades o racismo é forte mais não majoritário, não da para falar das "pessoas do sul", isso é errado.
Clécio, estive em Juazeiro - CE ano passado. O taxista estava me contando q naquele mesmo dia ele havia um pegado um passageiro q chegava de SC. O rapaz não aguentava mais. Muito preconceito, discriminação e violência contra ele q estava a serviço da empresa em q trabalha. Ele é engenheiro. Esses relatos vemos cotidianamente. O sul é assim, por isso abraçaram o tra#ste com tanta veemência. É um representante legÃtimo daquela região. É óbvio q existem as exceções. Jeferson Tenório é uma.
Não, Clécio, prezado, é*conceito* mesmo: um conjunto de caracterÃsticas definidoras que pode ser usado para identificar alguma coisa, por seu aspecto ou funcionalidade. O colega Braulio, abaixo, teve a gentileza de fazer uma rápida lista de indicadores: o peçoau çulizta tá nos dando mostras contÃnuas de que o conceito de reaça cabe perfeitamente.
Não é não. As pessoas do Sul fecharam com o fascismo. É lá que estão os grupos neo-nazistas mais atuantes. É de lá que vem a bancada mais fascista para destruir a polÃtica em nome do coiso. Cidades pequenas têm mais de duas lojas de armas. As médias, umas dez. Estive lá, conversei com os empregados mais subalternos (pretos, é claro). O racismo come feio.
Bah... Temos muita coisa a salvar no paÃs... Parece inacreditável o caso dessa prefeita... Em meu entendimento, com base no que temos de estatÃsticas no Brasil, o paÃs, assim como a quantidade de assaltantes, assassinos, estupradores e outros bandidos temÃveis, tem uma quantidade muito, muito pequena de racistas, mas estes são tão cruéis, quase tanto quanto os recém citados, que causam medo... Não tem como não temer pessoas estúpidas sem um pingo de escrúpulos...
Vanderlei, veja, mesmo poucas pessoas podem fazer estragos enormes... Olha o resultado do "trabalho" dessa horda de estúpidos bolsominions (não chegam a 15% da população) na sociedade...
Com nosso histórico de escravidão negra e indÃgena, não entendo que a quantidade de racistaqs seja assim tão pequena.
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