Antonio Prata > Racismo e liberdade de expressão Voltar
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Também podemos citar Ricardo Pereira Júnior que se indignou com a punição do comediante e pouco se importa com o racismo.
"O grito do antirracismo ecoa das galés. Os racistas cantam num trio elétrico". É exatamente isso!
Você citou as colunas de Schwartsman e Lygia, sugiro outra publicada aqui pelo Wilson Gomes: "O mercado mais aquecido hoje é o mercado de virtudes". Penso q a direita utiliza como matéria-prima para construir seu palco justamente o discurso performático de uma (eu disse uma) "esquerda" patrulheira, persecutória e totalmente descomprometida com o q "defende". Personagens como leo lins, a coisa desgovernante, nikolas se regozijam e chafurdam nessa groselha. Quem perde? A civilização, a sociedade.
Diziam otimistas q a IA iria democratizar a comunicação e q tudo seria lindo, divino e maravilhoso. Gil (q amo) fez "Pela Internet", depois "Pela Internet II". Democratizou para o bem... às vezes. E para o mal... várias vezes. Nunca vi/ouvi o tal "humorista" e nem pretendo. Eco deu o veredito (não vou dizer aqui para não levantar bola para um(a) im... chutar minhas nádegas de prima) sobre aqueles(as) q seguem im...s na rede. Alberto Manguel disse algo assim: Porque as pessoas precisam rir tanto?
Lembrei de algo que li há tempos do Mário Quintana. Que o humor é quando rimos de nós mesmos, quando é sobre os outros é ironia. Talvez o humor judaico seja tão interessante porque eles são capazes de rir deles mesmos.
Ótimo comentário. Aprendi mais uma.
Elementar meu caro Watson (não tão elementar assim, Maria). Simone Weil defendia a ideia de que na interpretação de todo texto existe o que ela denominava graus de significância. Sem falsa modéstia, de acordo com aquela filósofa, em qualquer texto há significados ocultos num "crescendo" perceptÃvel em conformidade com o nÃvel de perspicácia do leitor. Obs.: segundo o Oxford English Dictionary, os termos que compõem a expressão "pale face" não são separados. Grafa-se assim: "paleface".
MagnÃfico, como sempre.
Brilhante e didático,
Às vezes, me pergunto: pra que fazer piadas com negros, gordos, mulheres feias, homens "cotocos", gays, anões? - e a lista é interminável... Pra que fazer piada com cor de pele, orientação sexual, beleza exterior? Tem tantos temas do cotidiano como 'corneadas', mal humor no trânsito, 'cantadas' mal dadas - e a lista é interminável... Pra que fazer piada com minorias? Não seria mais fácil fazer piadas com a autoproclamada 'elite', que seguem Olavo de Carvalho e se diz culta?
Não se deve fazer humor com quem está por baixo. Humor é passar a mão na bunda do guarda, já disseram. É verdade. E, como aprendi num comentário ali em cima, humor é rir de si mesmo, ao que acrescento: e do poder.
Realmente as piadas machistas e racistas, preconceituosas de todo tipo, só vão desaparecer quando a cultura so povo mudar. Gentileza, democracia e inclusão não são, definitivamente, valores cultivados no coração da maioria da população brasileira.
A questão não é se as piadas racistas ou de mau gosto em geral são execráveis. É claro que são. Mas se devem ou não ser criminalizadas. Não acho que devam, sob o argumento de que podem levar a crimes. É como o hábito de beber, que sem dúvida se correlaciona a acidentes de trânsito. Mesmo assim não acho que a venda de bebidas alcoólicas deva ser proibida.
Apoiado, Prata!
Achei o texto ótimo, mas confesso que rio demais com Léo Lins.
Todo racista ri demais.
Criminalizar piadas é tÃpico de ditaduras sanguinárias. O resto é conversa pra ganhar aplausos dos convertidos.
Bravo, Antonio! Embora você seja mestre também na observação fina e inteligente das pequenitudes da vida, já sentia falta de uma crônica sua sobre questões sérias como estas.
Uia, caro Zé, o RAP usou o "a modest proposal" semana passada? Por algum motivo, lembrei-me hoje desse texto sensacional. Grato da informação, vou lá lê-lo, quase não vi jornal semana que passou.
Amigo Bernardo, a sua interpretação do texto do Antônio Prata não detém o monopólio da verdade. Eu entendi e interpretei-o exatamente do modo que descrevi no meu comentário. Nada a retÃficar, portanto.
Piada com aparência, forma fÃsica, condição social, filhos etc. é pauta de quem visualiza um mundo inexistente, onde a falta de respeito e a deturpação moral são tidas como normais. A lei, neste paÃs, ainda é muito branda com "humoristas" desse nÃvel. Ofensa é piada para aqueles que não têm repertório, capacidade suficiente de elaboração de textos ou contexto. Mesmo assim, milhares ainda seguem esses picaretas. Justifica-se a eleição do último mandatário à presidência.
Três comentários idiotas
Me refiro a FF Junior
Pratinha, Pratowski, meu Pratativa de Avaré: ando tão de saco cheio das coisas que nem me informei sobre os casos do humorista e do boleiro, sabe? Orra, mano, xingar preto de macaco é coisa de1823 não de2023 ,nãotem cabimento algum. Assim como não cabe liberar barbaridades ambientais, manter um legislabóstico disfuncional e obtuso, deixar faltar dinheiro em educação e pesquisa. Isso merecia a façanha da piada, carÃssimo, coisa hercúlea: como dar risada com essas coisas? Dor de estômago, é fácil.
"Vini jr" é nome de fantasia de personagem da cena recreativa e de consumo da Espanha. O ser humano que sofre e luta contra o racismo atroz e boçal é o brasileiro VinÃcius Júnior, cidadão de São Gonçalo - RJ,,, Confundir isso é levar os leitores a se enganarem com os simulacros que interessam aos proveitosos lucros da sociedade do espetáculo e seus aparelhos mediáticos.
De forma sutil e subliminar, ficando, de certo modo, em cima do muro, o articulista revela que "a Lei só vale para meu pacote ideológico".
E onde vc leu isso, pale face??
O articulista critica piada racista, porém, por via oblÃqua, passa pano em piada abortista, doa em quem doer. Dois pesos e duas medidas...
Releia com atenção, Joel. A piada citada não é abortista, assim como a piada de Swift, citada pelo Ricardo Pereira no domingo passado, não era favorável a que se devorem bebês..
Bons humoristas devem ter competência, repertório, cultura, inteligência, etc
Escriba excelente e claro. Parabéns, Prata OûOûOû
Antônio Prata tem uma escrita sofisticada, mas deixou seu recado: o racismo é nossa criptonita. Lutar contra o racismo não implica em abrir mão da liberdade de expressão.
Implica sim, dona Maria. Nem tudo convém dizer.
Pelo jeito, o colunista vai ter de escrever outra crônica pra explicar esta. Já aconteceu uma vez de o AP explicar que estava sendo irônico em texto anterior.
Texto confuso, não? Mistura tudo. Tentarei ajudar: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra. Uma coisa não implica em outra, nem essa na outra. E, finalmente, uma coisa não elimina a outra, nem vice-versa. Espero que tenha ajudado. Se não, deixo a mensagem: não à censura! Aos criminosos, a lei!
Hahahahah, iço! Agora, entendi. Fiofósofia profunda e certeira. Hahaha!
Coitado do seu Jorge
Leia novamente e vai entender. Boa sorte.
Li agora a coluna dessa sra. Lygia Maria, Aestimulado pelo Prata. Ela é uma dessas que me faz seriamente pensar em cancelar minha relação com a FSP. Não sei o que viram nela: necessidade de contraponto? Tem gente muito melhor!
Bravo, meu rei. Você é a pessoa que dignifica esse jornal, a voz da razão e do talento entre tantos textos mal escritos e pessimamente embasados desse folhetim que se mostra cada vez mais perverso e voltado aos incautos.
Exato!
Vi o show do Chris Rock(NETFLIX) e achei ácido demais, muito embora o humor americano não é limitado pelo politicamente correto, além de culturalmente ser diferente do nosso. Ele mesmo contou uma piada raci*sta, além dessa que o colunista citou. Sou cinquentão, e quando era jovem, quase ninguém contava piada raci*sta. Já era de mau gosto nos anos 80. Mas piada é piada. No máximo seria de mau gosto.
O Lugar de Fala é levado a serÃssimo na America: se um branco faz uma piada racista ou um italiano faz uma piada sobre judeus, as consequencias são pesadas.
Colunita q misturou alhos com bugalhos
Antonio bronze. E olhe lá
Leia Pondé e deixe o Prata pra nós.
Ihhhh, recaiu
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