Celso Rocha de Barros > O presidencialismo de coalizão morreu? Voltar
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para mim o que existe no Brasil é um parlamentarismo ditatorial, onde a rainha e o primeiro ministro não passam de aspones medÃocres. e claro os parlamentares vendilhões de ralos fedorentos...
" Lula vive no pior dos mundos: um Congresso ainda sem ideologia suficiente para dispensar a distribuição de cargos e verbas," colunista acredita mesmo que o centrão, ou qualquer polÃtico no Brasil, tem qualquer outra ideologia que não seja ter uma verba cada vez maior para a suas maracutais e se manter no poder?
Vai ter que aparecer algum presidente com coragem e apoio popular para enfrentar nas ruas o congresso. Infelizmente a extrema direita tem grande apoio popular devido a nossa sociedade preconceituosa e atrasada. Qualquer indivÃduo que berrar deus, famÃlia e pátria será eleito. O Brasil vai voltar a era medieval, onde um povo miserável passava fome e enriquecia os que colocavam os crucifixos de ouro no pescoço.
Até o governo Dilma havia grandes projetos da tradição histórica desenvolvimentista, mesmo que controversos, como Belo Monte. O que me parece hoje é que as medidas do executivo são tão pontuais e desconectadas de um planejamento geral como são as emendas parlamentares. Essa do carro popular parece uma espécie de emenda de um deputado Lula. É como se o executivo descesse ao nÃvel da atomização orçamentária existente no congresso.
Ficar aceitando as imposições obscuras do Centrão para não perder apoio é fraqueza. Não há solução para resolver isso sem um confronto duro e contÃnuo, nem que tenhamos que aguardar para o próximo mandato um caminho honesto e que vá de encontro aos anseios populares.
Pô, carÃssimo, sei não se "mais ideologizado" é uma qualificação exata: parece-me mais oportunista e destemido em seus casuÃsmos. Nas três derrotas mencionadas, bem como no controle fragmentário de recursos federais, só consigo ver ganância e predação, com o fim de atender a lobbies e interesses particulares. "Ideologia", como conjunto conceitual a sustentar práticas: ao desproteger ambiente e seus cuidadores, fugindo da responsa pública no orçamento, apertaram o botão ideológico do Soda-fe.
Verdade, são partidos fisiológicos e nada ideológicos. Celso diz que estão por agora mais ideológicos porque parecem dispostos a irem para a oposição, mas agora o executivo tem menor capacidade de controlar os recursos das emendas, eles inclusive tornaram-se obrigatórios. Antes tampouco funcionava porque a coalizão pós eleição não precisa perder tempo com ideologias, era confortável também para o chefe do executivo.
Para alguma morrer é preciso ter nascido. Não existe coalização na polÃtica. Existe sim relação de forças que se confrontam em busca de poder. O que ocorre no atual governo Lula é a presença de uma maioria de extrema direita no Congresso com apoio do Lira, cujo objetivo é minar qualquer proposta que sirva de base para releição em 2026. Esse foi um dos legados deixado por Bolsonaro. O outro foi a autonomia do BC. A travessia vai ser turbulenta, ótimo cenário para as mÃdias hegemônicas.
E o povo? Um mero detalhe.
Não!! A classe média, dos meus irmãos, é que ficou mais egoÃsta, elegendo mais os da direita. Isso devido a crise econômica mundial estar se agravando, por essa própria direita egoÃsta!! Vejam que apenas a China social vem dando certo, infelizmente por via autoritária.
Quando leio um comentário como o seu entendo o porquê da "classe média egoÃsta votar na direita".
Morreu? Não, agora ele revela o sistema disfuncional que sempre foi. Para morrer precisa ser substituÃdo por outra coisa, e essa mudança institucional deveria ser a prioridade do atual governo, mesmo não sendo fácil. Uma mudança para recuperar o protagonismo do executivo? Não, uma mudança para que a disputa polÃtica se dê entre partidos não entre poderes. Alguma forma de parlamentarismo me parece ser o único caminho.
A coisa não funciona Marcos porque o executivo suporta o ônus de ter de adotar as saÃdas impopulares (até via veto), para surfar o prestÃgio de quem é responsável pelo que houver de bom. Quando a geringonça parece funcionar é confortável. Para rearrumar a distribuição orçamentária é precisa rearrumar as responsabilidades. O Congresso precisa começar a ser responsabilizado pelo que sai errado.
Não sei quanto à saÃda que você enxerga, caro Alberto, mas creio igualmente que presidencialismo de cooptação não morreu, não: firme e forte, abre caminho à exploração dos recursos públicos por uma casta. Cuja qualidade, aliás, piora a olho nu.
O problema maior é que setores da direita, aproveitando se de situações de violência, e falta de soluções urbanas nos estados e prefeituras, ocuparam um vácuo, e tiveram êxito em se apresentar como solução, daà a eleição de tenentes, delegados, coronéis, etc, como deputados de primeiro mandato! O Congresso Nacional e o espelho de uma sociedade desesperada, mas sem uma luz no final do túnel, pois, rarÃssima exceções, elegeu, meros lacradores de mÃdias sociais!
Infelizmente, no bojo do Bolsonarismo veio o quê há de pior: pastores corruptos e fundamentalistas, coronéis violentos do latifúndio, especuladores financeiros elitistas. Só faltam traficantes de drogas agora, do "Bonde Ade Jesus". Infelizmente, nossas elites não são cultas, nunca leram "Madame Bovary" nem "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e, sequer, falam o português corretamente, mas sabem gastar dinheiro em Miami, mesmo sem falar inglês.
Propostas boas? É serio?
É.
Algumas propostas da esquerda são escabrosas: acabar com o marco do saneamento e a farra das estatais. Agora, meio ambiente, terras indÃgenas, projeto contra lei das fale news? Para mim não são pautas nem de esquerda, são pautas democráticas que uma extrema direita com tendências autoritárias (quase fascistas) quer barrar para demolir a pouca civilização que temos nestes tristes trópicos.
Sabemos que nem tudo são flores, mas você poderia contrapor idéias melhores na parte ambiental. Queremos um Brasil progressista, porque nos atrasamos algumas décadas nos últimos quatro anos.
Acha as propostas para o meio ambiente ruins? Deve estar saudoso do Ricardo passar a boiada Sales!
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