Não vi o filme, mas pela descrição, o problema parece mais riqueza x pobreza do que campo x cidade. O Jacinto de Thormes do Eça gostou de trocar Paris pelas serras de Portugal, mas tinha uma bela propriedade.

Ôôô, Coutinho, mas "maledicência" e "força bruta" tão absolutamente entranhados na vida urbana, impessoal e "libertária ", uai. Os métodos são eventualmente diferentes, ambas ocorrendo até de modo incorpóreo, via telinhas e telonas. Como estímulo a assistir à obra cinematográfica, agradeço demais pela resenha. Mas como justificativa pela ojeriza ao bucólico, 'dianta não, meu caro: O Horror tá em tudo que é canto... Haha!

Assisti ao trailer de As Bestas. Na abertura vemos alguns homens tentando domar um bando de cavalos bravos. Ficamos na dúvida ao que se refere o título do filme. Preciso assistir para desvendar ou desfazer essa dúvida razoável. Uma tarefa difícil desfazer a noção de além de qualquer dúvida razoável. Um filme como um experimento do pensamento..

O Coutinho tem um quê de brasileiro: se orienta pela cordialidade, pelo menos no que diz respeito à Natureza. Ele se deixa levar pelo coração neste relacionamento e o resultado é como ele descreve: não gosta e não gosta de quem gosta. Seria interessante que ele seguisse a lógica anglo-saxã que ele tanto preza também neste campo: não é preciso gostar da Natureza, basta compreender o quanto o meio ambiente é fundamental para a vida de todos e se empenhar na sua preservação.

Talvez a bestialidade humana provenha do homem neandertal que viveu em comunidades fragmentadas na Galicia. Praticava o canibalismo e talvez por isso contraiu patógenos para sua extinção. Nos dividimos entre amantes do campo e da cidade. Trazemos traços da genética neandertal; falta pesquisa para determinar se nossa bestialidade é devida ao suposto homem Sapiens. Estou ansioso para ver o filme "As Bestas". A glaciação pode ter extinto as pequenas comunidades de neandertais na Galicia.

Excelente! Morar em cidade pequena é : nem precisa instalar o Tinder. Todo mundo já te conhece. E como estamos órfãos de grandes filmes! Ainda bem que a Europa e a Ásia dão um freio na decadência. Do EUA só vem carro explodindo e gente voando. Das últimas edições do Oscar, o que mais as pessoas lembram foi quando erraram o nome do vencedor, e quando um ator deu um tapa no outro. Melhor continuar com as séries.