Uma boa mudança seria cobrar uma alíquota única para todo tipo de renda, seja salário, PJ, juros, aluguéis ou dividendos. Também acabar com isenções médicas e outras. A ideia da progressividade entraria com um desconto padrão fixo em vez de proporcional à renda bruta. Digamos 2 mil reais por mês, que seria como o custo básico de vida. O que excedesse esse valor seria a base de cálculo do imposto e abaixo disso haveria isenção.

Pô, caríssimo, inda por cima tem essa história de "renda do trabalho": mmmmmm, trabalho é "renda"? Evidente, pode-se dizer que sim, e fechar a discussão; mas que é suspeito, é, né não? Enquanto isso, seguem fortuna, dividendo, distribuição de lucros e quetais. Isso mereceria uma discussão que nosso legislabóstico, nessa legislatura (legislarréia seria mais preciso) não dá conta de fazer nem a Fal. E segue o bonde, meio fora do trilho.

Temos aqui uma versão pouco sofisticada do velho canto conservador: diminua os encargos trabalhistas q os empregos "surgirão aos milhões!". Depois da tragédia humanitária causada pela Reforma Trabalhista de 17, achei q teriam algum pudor e retornariam com essa mais tarde. Espantoso é saber que, num pais tão desigual, tais "encargos" garantem dignidade mínima pra muita gente. Quer dizer, seres vivos que alguns entendem q são gente, e que só esse fato deveria garantir salario maior q R$ 1320,00.

Os trabalhadores estarão sempre financiando as mordomias de uma classe política que só pensa em si. A reforma tributária com essa espécie de gente que habita esse concreto pecaminoso jamais triunfará em prol dos que realmente constroem este país com o suor de seu rosto.

Os impostos no Brasil são injustos, o pobre paga demais porque paga o IVA,IPVA, IPTU e o imposto de renda destre outras mais de cinquenta taxas. No Brasil todos pagam imposto, até os mais ricos. O que muitos querem é cobrar impostos sobre direitos já tributados no passado. Muitos acham que o principal+ rendimentos deveriam ser tributados, mas o principal já pagou imposto quando foi ganho.

"O segredo das reformas tributárias é fazer uns pagarem pelos outros e apresentar isso como uma ciência das finanças". (Lester Thurow). Todos os tributos e contribuições federais, estaduais e municipais previstos no capítulo tributário da Constituição Federal de 1988 têm sido cobrados, desde então. Com a única e solene exceção do artigo 153, inciso VII: o IMPOSTO sobre GRANDES FORTUNAS que já deixou de arrecadar quase DOIS TRILHÕES nos últimos 35 anos do paraíso fiscal dos SUPER-RICOS.

É hora, que já tarda de há muito, de tributar a alta renda, acabar com subsídios tributários restritos a nichos de mercado e arrecadar para o Estado de maneira justa. Precisamos de um estado forte que induza o crescimento da economia e para isso é indispensável ampliar a parcela da população que tem condições socioeconômicas mais favoráveis.