Juliana de Albuquerque > Desafios de escrever sobre livros de que não gostamos Voltar
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Gostei, artigo original, foge da mesmisse de grande parte dos artigos da Folha, talvez por ser difÃcil ser original
Um bom colunista entrega bons textos e só. Se é desafiante ou não, isso pouco importa para o leitor. Ainda mais neste caso. Afinal, o que é o "sofrimento" de resenhar um livro qualquer comparado ao Holocausto? Como dizem por aÃ, me poupe! De resto, o nome do tal "martelo" é bem conhecido entre os músicos. Chama-se diapasão. Custava traduzir? A colunista se esforça pra parecer muito judiciosa, mas o que salta aos olhos mesmo são a autocomplacência e falsa modéstia tão comuns aos ditos acadêmicos.
Pessimo livro
O belo artigo se Juliana também se aplica a resenhas de filmes, peças de teatro, e a complexidade de fazer uma tese de doutorado sobre determinado autor que não gostamos.
Adorei o artigo. Como só escrevo sobre os livros de que gosto muito, fica-me a lição da autora.
Não li o livro mas assisti o filme. Não recomendo, é tortura ver crianças morrendo nas câmaras de gás. Fiquei vários dias em uma tristeza sem fim. É a verdade da maldade humana mas dói demais.
Eis a sina do crÃtico literário, que precisa ler coisas que não quer e dar opinião sobre aquilo de que não gosta. É do "metier". Já imaginaram se os médicos se recusassem a tratar de pessoas de que não gostassem? Há os que se atrevem a tanto, mas ficam sujeitos à correição dos conselhos. No mais, não acho que Boyne ou outro autor seja obrigado a seguir uma cartilha ao escrever sobre os crimes dos nazistas ou qualquer outro assunto. Por quê? Isso seria censura.
Há médicos bolsopatas recusando atender pacientes não-bolsopatas, até mesmo recusam fazer cirurgias em pacientes 'esquerdistas'. Com certeza nunca ouviram falar do grande advogado Sobral Pinto.
Não li nenhum livro de Boyne, só vi o filme baseado no primeiro, o que me parece suficiente. Tenho a sorte de não ser crÃtico literário, por isso leio apenas o que quero. Mas acho um despropósito que se queira impor uma espécie de manual de como escrever sobre certos assuntos. A que ponto se chegou no Ocidente sobre certas coisas! Se está na moda, espero que alguém elabore também um manual de tratamento correto da questão palestina, que há décadas tem sido tratada apenas como terrorismo.
Devo escrever em breve sobre um autor que só aprecio em parte. O artigo dá uma boa dica, ao alertar sobre como lidar com situações assim.
Sendo bem raso nas analogias: no ensino médio eu detestava FÃsica, até que um bom professor ensinou de um jeito que entendi e passei a gostar. Mas nunca consegui ter nenhuma quÃmica com QuÃmica. Sempre pensei e penso: Como é que pode alguém gostar desta matéria??? Ainda bem que tem!!! Mas acredito que ler este livro deve ser bem melhor que estudar quÃmica.
Tão importante o papel do crÃtico literário! Uma pena a redução do seu espaço nos jornais brasileiros. Tomara que algum dia a Folha volte a ter um colunista que faça a resenha de um livro por semana. Quanto ao livro mencionado, não li e nem pretendo. Mas apesar das suas imprecisões, até que gostei do filme. Obrigado por mais um texto esclarecedor, beijo.
"Assim, não fosse o convite para escrever a resenha de 'Por Lugares Devastados', eu jamais teria lido o livro." Cara Juliana, só achei estranho q você não goste do livro antes de lê-lo (se li direito). Claro, pode ser q outro livro do autor não lhe agradou, daà a resistência. Existem capas e sinopses q não nos atraem. Contudo, podem esconder histórias muito interessantes. Assim como pessoas sobre as quais fazemos julgamentos (e quase todos(as) fazem), mas se tentarmos ter "outros ouvidos"...
Eu tinha um preconceito gigante com um colunista da FSP, mas ontem resolvi ouvÃ-lo numa entrevista, e ele disse algumas coisas q me ajudaram a enxergar o meu preconceito. Todos temos alguns. Sendo bem simplório, podemos usar a metáfora do martelo de Nietzsche q nos trouxe, mas de outra forma: livros são como pessoas. Todos podem conter coisas ruins e/ou boas. Se a gente puder falar das boas... Porque não? Mas sobre as ruins, à s vezes é melhor nem falar. Alguém talvez venha a ouvir o q eu não vi.
Ao desmerecer uma obra passasse a não dar atenção que comumente se dar para aquela que estamos gostando na leitura. Que se deve manter. mesmo não apreciando, sempre há aprendizado. Belo texto para reflexão! :)
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